sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

ORIXÁS (segunda parte)

     É maravilhoso poder escrever, sobre a religião africana, mas hà rituais muito particulares, nos quais muitos praticantes, nâo estão se preocupando em guardar o segredo, alguns estão colocando em público, rituais que os antigos levariam anos para passarem para seus yaôs que mostrassem sigilo absoluto, e que guardariam para confidenciar, apenas aos seus seguidores de merecimento. Todas as religiões importantes do mundo, doutrinam e ensinam, mas, os maiores segredos, um mestre só passa à outro mestre.
     Existem algumas cerimonias que regulam o relacionamento dos seres humanos com as divindades. As regras são muitas, numa espécie de quebra cabeças, com começo, meio e fim, montado com interpretações simbólicas dos mitos que envolvem os Orixás, e constituem uma grande rede integrada de deveres e direitos, obrigações e possibilidades, extremamente complexa e cheia de nuances, inclusive possibilitando diversas variações, que somente um iniciado poderá saber e executar. A forma organizada na Africa deve ser perpetuada. Não temos o direito de mudar algo estabelecido à séculos, mesmo que os leigos queiram rotular nossos rituais de primitivos e ultrapassados, temos que procurar manter a força espiritual que envolve a nossa religião, essa poderosa raiz deixada por nossos ancestrais.
     Um caminho que nos faz ter contato com os Orixás, é atraves da ocupação; este é o processo em que a divindade se manifesta em seu filho, que passou pelos mais diversos rituais de iniciação. Contudo hà casos de ocupação de não iniciados. É possivel uma pessoa estar assistindo uma cerimonia pela primeira vez, e se identificar com as forças espirituais energéticas referentes ao seu Orixá, e ter essa manifestação expontânea.
     Na maioria das vezes a manifestação dos Orixás, acontece somente em festas ou rituais. Nestas ocasiões podemos falar, pedir auxilio, consultar, pedir conselhos, abraçar e ser abraçado por eles; enfim pode se ter um contato direto com os Orixás. Uma das características específica que diferencia o batuque das demais religiões afro-brasileiras, é o fato de sob hipótese alguma deve se falar ao iniciado que ele é possuido pela divindade. Essa peculiaridade provém de longínquas aldeias do interor da África, e faz parte dos rituais desde o início da extruturação da religião no Estado do Rio Grande do Sul à mais de duzentos anos.
     Outro caminho que nos leva aos Orixás, são os búzios. A cerimonia do jogo de búzios é o instrumento usado no dia a dia para a consulta aos Orixás. Através dele podemos receber conselhos, orientações e advertências.
     Os Orixás cultuados no batuque no Rio Grande do Sul são: Bará, Ogum, Yançã, Xangô, Odé, Otim, Obá, Ossãe, Xapanã, Oxum, Yemanjá e Oxalá.
      O material aqui escrito faz parte da pesquisa de varios livros de nações de Batuque .no Rio Grande do Sul.
     Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo email buzionline@hotmail.com

2 comentários:

  1. Gizelda Braga 5 de Dezembro de 2011 21:23
    Como ficamos sabendo quem é nosso guia ou orixá? Guia e orixá é a mesma coisa?

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  2. Gi; respondendo suas perguntas: para saber-mos quem é nosso Orixá, é somente através do jogo de buzios, ja os guias, são as entidades que fazem parte de nossa trajetória na umbanda, são os caboclos, pretos velhos, ciganos e cosmes. Esses normalmente ficamos dabendo , quando consultamos alguma entidade, encorporada no médium, durante o culto umbandista.
    Respondendo a segunda pergunta, os guias são entidades que ja tiveram uma vida terrena, desencarnaram e adiquiriram luz, tornando-se guias no ritual umbandista, já os Orixás, são divindades que acompanham seus filhos desde o momento do nascimento até o momento da morte, o seu Orixá faz parte de uma linhagem, tipo, Oxum, Yemanjá, Ogum, porem terá um nome só dele e tambem algumas caracteísticas próprias que fazem com que voce se indentifique mais ainda com ele, como os anjos de guarda católicos.

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