quinta-feira, 18 de abril de 2013

REZAS DE OGUM


Ogum

Saudação:
Tamboreiro - Ajúbà Ògún abàgáàn méje olóde, Oníìre, Ògún alagbede, onirá, adìolá’ fim, Ògún dê, Ògún ye! (Respeitamos Ogum, aquele que tem sete partes idênticas nos subúrbios, rei do Irê, Ogum ferreiro, você é sigiloso, guardião da riqueza do palácio, chegue Ogum, salve Ogum!)
Responder - Ògún ye! (Salve Ogum!)
T - Ògún tàlà b’odù Ògún tàlà Moore (Ogum do começo como os signos de Ifá, Ogum do começo engrandecido)
R - Ògún tàlà b’odù Ògún tàlà Moore (Ogum do começo como os signos de Ifá, desde o começo engrandecido)
T - Ògún Ògún fénem fè oní b’òla Ògún (Ogum gosta do trabalho hoje como amanhã Ogum)
R - Ògún Ògún fénem fè oní b’òla Ògún (Ogum gosta do trabalho hoje como amanhã Ogum)
T - Ògún loko meu loko! (Ogum usa a plantação, usa minha plantação!)
R - Òrò bè f’altar (Espírito rogo, use o corpo)
T - Ògún a rio, a rio l’okerè! (Ogum, nós lhe vemos ao longe)
R - Ògún a rio, a rio l’okerè! (Ogum, nós lhe vemos ao longe)
T - A má joko ní Ògún ou (Não caímos, temos Ogum)
R - Erúnmalè, a má joko ní Ògún ou, erúnmalè! (Espírito de luz, não caímos, temos Ogum, espírito de luz!)
T - Sàngó dê là, wá bájà sim Ògún ou, wá bájà sim yà òo (Xangô chega, aparece, oh! Vem lutar para Ogum, vem lutar para separar os preguiçosos [os que se sintam])
R - Sàngó dê là, wá bájà sim Ògún ou, wá bájà sim yà òo (Xangô chega, aparece, oh! Vem lutar para Ogum, vem lutar para separar os preguiçosos)
T - Ou Ògún orun odò wá má kónem èle, abògún wá ounà ijó wá jà meu bá ou! (Você, Ogum do rio, do céu, vem e não ensine a violência a seus seguidores que vem do caminho pra dançar, vem lutar me encontrando!)
R - Ou Ògún orun odò wá má kónem èle, abògún wá ounà ijó wá jà meu bá ou! (Você, Ogum do rio, do céu, vem e não ensine a violência a seus seguidores que vem do caminho pra dançar, vem lutar me encontrando!)
T - Ara Ògún orun odò! (Família do Ogum do rio, do céu!)
R - Arío, ara Ògún orun adò, arío! (Nós a vemos, família do Ogum do rio, do céu)
T - Erun dê oko èro èlò aga’ ré ou! (Oh! O carvão cobre o campo, peregrinação celestial, instrumento, trono de bênção!)
R - Erun dê oko èro èlò wà ga’ ré ou! (Oh! O carvão cobre o campo, peregrinação celestial, nosso instrumento de elevação à bênção!)
T - Ògún s’irin bò p k’oulha kó márájò, Ògún s’irin bò p k’oulha kó márájò, Ògún s’irin bò òrìsà Orí oko (Ogum forja o ferro, retorna a matar, recolhe as pedras sagradas, recolhe o viajante. Ogum forja o ferro e retorna, Orixá de cabeça e marido)
R - Ògún s’irin bò p k’oulha kó márájò, Ògún s’irin bò p k’oulha kó márájò, Ògún s’irin bò òrìsà Orí oko (Ogum forja o ferro, retorna a matar, recolhe as pedras sagradas, recolhe o viajante. Ogum forja o ferro e retorna, Orixá de cabeça e marido)
T - Ògún, Ògún a foríba (Ogum, nós lhe batemos cabeça)
R - Á mu ro á mu fé rere (Vem beber um gole, vem beber coisas boas)
T - Ògún, Ògún wá fá meu bá (Ogum vem, me encontre e me limpe)
R - Á mu ro á mu fé rere (Vem beber um gole, vem beber coisas boas)
T - Ògún Oníìre máa jà alágbedè (Ogum, rei do Irê, sempre luta pelo ferreiro)
R - Ògún omníra ouná isó kèrekè (Ogum de longe protege o caminho e a liberdade)
T - Ògún Oníìre máa jà alakoró! (Ogum, rei do Irê, sempre luta pelo chefe do povo)
R - Ògún omníra ouná isó kèrekè (Ogum de longe protege o caminho e a liberdade)
T - Só, só só! (Protege, protege)
R - Ògún omníra ouná isó kèrekè (Ogum de longe protege o caminho e a liberdade)
T - Ògún adé ìbà! (Ogum, coroa respeitada)
R - Adé p, Ògún fá rere (Coroa que mata, Ogum limpa as coisas boas)
T - Àdá ìbà, àdá ìbà! (Facão respeitado)
R - Adé p, Ògún fá rere (Coroa que mata, Ogum limpa o que é bom)
T - Ògún tàlà bá ìsòro a bè se Ògún! (Ogum, do começo do caminho soluciona os problemas, rogamos-lhe que o faça)
R - Ògún tàlà bá ìsòro a bè se ou! (Ogum, do começo do caminho soluciona os problemas, rogamos-lhe que o faça)
T - Ògún tàlà jó (Ogum dança do começo)
R - Ògún lài, Ògún lài, Ògún (Ogum manifesta-te)
T - Ògún òní rà wá ketù ebo (Ogum se redime, vem recolher a oferenda)
R - Ògún òní rà wá s’ékú ebo (Ogum se redime, vem preparar a oferenda)
T - Meu òrò ou tàlà dê erúnmalè (Minha riqueza chega do começo, espírito de luz)
R - Meu òrò ou tàlà dê erúnmalè (Minha riqueza chega do começo, espírito de luz)
T - Ògún tàlà dê tàlà Ògún (Ogum chega do começo, Ogum)
R - Meu òrò ou tàlà dê erúnmalè (Minha riqueza chega do começo, espírito de luz)
T - Òní rò opé, òní rò opé, Ògún á níre òní rà wá chá wá Ògún á níre òní rà wá chá wá Ògún máa ilé (Pensador completo, vem Ogum possuidor de bênção, hoje se redime, vem te mantendo do lado de fora, vem Ogum sempre pra casa)
R - Òní rò opé, òní rò opé, Ògún á níre òní rà wá chá wá Ògún á níre òní rà wá chá wá Ògún á níre (Pensador completo, vem Ogum possuidor de bênção, hoje se redime, vem te mantendo do lado de fora, vem Ogum possuidor de bênçãos)
T - E Ògún meu bere (Ogum me submete)
R - Ara Ògún á níre (Ao corpo venha Ogum possuidor bênçãos)
T - E Ògún bere a máa (Ogum a se submeter venha sempre)
R -Ara Ògún á níre (Ao corpo venha Ogum possuidor bênçãos)
T - Ara nú arei ou, ara nú arei ou wá má fè kelè (Ao corpo lhe falta a coroa, venha não se descuide)
R - Ara nú arei ou Ògún dê! (Ao corpo lhe falta a coroa, que chegue Ogum)
T - E wá má fè kelè (Venha não se descuide )
R - Ara nú arei ou Ògún dê! (Ao corpo lhe falta a coroa, que chegue Ogum)
T - Ògún adémi ou! (Ogum é minha coroa)
R - Eléfà tàlà adémi ou! (Do começo minha coroa me atraiu)
T - E e ademi ou! (Você é minha coroa)
R - Eléfa tàlà adémi ou! (Do começo minha coroa me atraiu)
T - Ògún fara fara fara Ògún fara márájò (Ogum te aproxime ao corpo do viajante)
R - Ògún fara fara fara Ògún fara márájò (Ogum te aproxime ao corpo do viajante)
T - Oníìra opé, Oníìra opé, Ògún á níre Oníìra wá chá wá Ògún á níre Oníìra wá chá wá Ògún á níre (Pensador completo, vem Ogum possuidor de bênção, hoje se redime, vem te mantendo do lado de fora, vem Ogum possuidor de bênçãos)
R - Oníìra opé, Oníìra opé, Ògún á níre Oníìra wá chá wá Ògún á níre Oníìra wá chá wá Ògún á níre (Pensador completo, vem Ogum possuidor de bênção, hoje se redime, vem te mantendo do lado de fora, vem Ogum possuidor de bênçãos)
T - K’ lú’ lú (Enche o povo)
R - Ou yàn, a bè là mú jà (Você escolhe, nós rogamos que salve quem escolhe para a luta)
T - Ògún bé wò a yìn pàra Ògún àjo Ògún bé wò a yìn pàra Ògún àjo Ògún bá ga (Ogum corta e visita, nós elogiamos ruidosamente a Ogum, encontrando-o entre a multidão, Ogum passa soberbo)
R - Àdé wa rà wàrawàra àdé wá ra (Repara nossa coroa precipitadamente)
T - Kò yà kò yà kò yà Ògún dê yi á ko yà kò yà (Não se desvie, não se desvie Ogum, chegue resistente, venha e não desvie-se)
R - Kò yà kò yà kò yà Ògún dê yi á ko yà kò yà (Não se desvie, não se desvie Ogum, chegue resistente, venha e não desvie-se)
T - Dê yi, dê yi Ògun á bá ga Ògún dê yi (Chegue resistente Ogum, venha, passe soberbo, Ogum chegue resistente)
R - Dê yi, dê yi Ògun á bá ga Ògún dê yi (Chegue resistente Ogum, venha, passe soberbo, Ogum chegue resistente)
T - Lha lha lha sá yãnyãn Ògún tàlà jó sá yãnyãn (Dispara, lança, dispara, corre com as dificuldades, Ogum dança desde o começo do caminho, corre com as dificuldades)
R - Lha lha lha sá yãnyãn Ògún tàlà jó sá yãnyãn (Dispara, lança, dispara, corre com as dificuldades, Ogum dança desde o começo do caminho, corre com as dificuldades)
T - Ògún méje méje (Ogum se divide em sete)
R - Ara Ògún méje n’ Ire ou (O corpo de Ogum se divide em sete na cidade do Irê)
T - Tòní molé k’ewé tòní molé k’ewé tòní molé k’ewé olówuro (Desde hoje ocupa, constrói, corta ervas, dono da manhã)
R - Fara Ògún mo ìtan (Usa o monopólio Ogum, constrói uma história)
T - Ògún p rà yára Ògún o Ògún òní rà e ká s’àjo (Ogum mata, repara, rápido Ogum vai, Ogum hoje repara, você corta para o grupo de pessoas)
R - Prà yára Ògún o Ògún òní rà e ká s’àjo (Mata, repara, rápido Ogum vai, Ogum hoje repara, você corta para o grupo de pessoas)
T - Ògún fara fara fara Ògún fara márájò (Ogum te aproxime ao corpo do viajante)
R - Ògún fara fara fara Ògún fara márájò (Ogum te aproxime ao corpo do viajante)
T - Ògún dê yi aiyé aiyé (Ogum chega com tenacidade ao mundo)
R - Ògún dê yi onà isó (Ogum chega com tenacidade e protege o caminho)
T - Ògún òní rà aláse’ bo (Ogum hoje repara, dono do poder e da oferenda)
R - Ògún dê yi onà isó (Ogum chega com tenacidade e protege o caminho)
T - Ògún a bè ou Ògún onísé ou Ògún onísé ou Ògún onísé Ògún (Ogum nós lhe rogamos Ogum trabalhador, Ogum trabalhador)
R - Ògún a bè ou Ògún a onísé ou Ògún a onísé ou Ògún a onísé Ògún (Ogum nós lhe rogamos Ogum, nós os trabalhadores, Ogum)
T - Ògún máa ká máa ká kabiyesi l’abè ou (Ogum corta sempre, corta sempre, sua alteza real dono da espada)
R - Ògún máa ká máa ká kabiyesi l’abè ou (Ogum corta sempre, corta sempre, sua alteza real dono da espada)
T - Ògún èlè lái-lái Ògún eléfa lái là (Ogum a faca de folha larga lhe atrai para sempre, apareça)
R - E dê lái lái lái Ògún eléfa lái là (Chegue eternamente Ogum, atraído pela faca de folha larga, para sempre apareça)
T - E dê lái lái lái Sàngó e dê wè (Chegue eternamente Xangô, chegue a limpar)
R - E dê lái lái lái Sàngó e dê wè dê lái là (Chegue eternamente Xangô, chegue a limpar, chegue eterno, apareça)
T - Ògún òní rà Ògún lò rò (Ogum hoje repara, Ogum usa seu impulso)
R - Wá máà ké rè kèrekère Ògún lò rò (Vem, sempre corta o cansaço pouco a pouco Ogum,  você usa impulso)
T - Ògún Oníìre, Ògún lòró, Ògún dêem lò jà èpé Ògún Oníìre, Ògún lóró, Ògún dêem lò jà erúnmalè (Ogum é rei de Irê, Ogum usa seu impulso, Ogum cria, usa a luta, amaldiçoa, enfeitiça, Ogum cria e usa a luta com o espírito de luz)
R - Ògún Oníìre, Ògún lòró, Ògún dêem lò jà èpé Ògún Oníìre, Ògún lóró, Ògún dêem lò jà erúnmalè (Ogum é rei de Irê, Ogum usa seu impulso, Ogum cria, usa a luta, amaldiçoa, enfeitiça, Ogum cria e usa a luta com o espírito de luz)
T - Ògún dê aníre, íre íre Ògún lò akara de ou aníre íre íre Ògún lò (Ogum, chega possuidor de bênçãos, use Ogum a bênção, a bênção chegue força possuidora de bênçãos, Ogum use a bênção)
R - Ògún dê aníre, íre íre Ògún lò akara de ou aníre íre íre Ògún lò (Ogum, chega possuidor de bênçãos, use Ogum a bênção, a bênção chegue força possuidora de bênçãos, Ogum use a bênção)
T - A bè là mú jà, a bè là mú’rè (Rogamos que nos salve de ser apanhados pela luta, rogamos que nos salve de ser apanhados pelo cansaço)
R - A bè là mú jà òkerè ou! (Rogamos que nos salve de ser apanhados pela luta na distância)
T - Òkerè ou! (Na distância)
R - Aki sòro (Valente em luta difícil)
T - Fara riri má fara meu já, má fara meu já, má fara Ògún (Usa meu corpo que treme de medo, não destrua meu corpo, não destrua meu corpo Ogum)
R - Kóòro rò rò rò má fara meu já, má fara meu já, má fara Ògún (Completamente pensa-o, medita-o, não destrua meu corpo, não destrua meu corpo Ogum)
T - Ògún tàlà jó (Ogum dança do começo)
R - Ògún lài, Ògún lài, Ògún (Ogum manisfesta-te)

quarta-feira, 17 de abril de 2013

REZAS (BARÁ)

A pedidos vou publicar todas as rezas e as traduções novamente.





Saudação:
Tamboreiro - Ajúbà Bàrà-Légbà, Olóde, Èsù-Lànà, Bàrà Dage burúkú, Lànà Bàrà’ Jàlù Làlúpo, Èsù-Bàrà! (Respeitamos ao Bará, dono do látego, dos campos, Exu no caminho, Bará que corta o mal, abre os caminhos Bará mensageiro do tambor. Abre senhor do dendê Exu-Bará!)
Responder - Làlúpo! (Abre senhor do dendê)

NOTA: A seguir só será usado T para tamboreiro e para resposta
T - Légba kayo kayo (Legba recolhe a alegria)
R - Légba kayo kayo (Legba recolhe a alegria)
T - Légba siré Ògún (Legba divirta-se com Ogum)
R - Légba siré Ògún (Legba divirta-se com Ogum)
T - Légba’ siré siré (Legba venha divertir-se)
R - Èsù lànà dí burúkú (Exu fecha o caminho para o mal)
T - Àbàdò dì burúkú (Eterno bloqueador do mal)
R - Àbàdò òbe nfara (Eterna faca que usa o corpo)
T - Mojúbà Èsù! (Reverencio ao Exu)
R - Bàrà !
T - Lóde Èsù! (Exu de fora)
R - Bàrà!
T - Lanà Èsù! (Exu do caminho)
R - Bàrà!
T - Èsù Olóde! (Dono da rua, Exu)
R - Èsù, Èsù Obara lànà (Dono do caminho, rei do corpo, Exu)
T - Èsù abánà bánà Èsù abánàiyé (Exu encontramos no caminho, surpreende no caminho, Exu encontramos nos caminhos do mundo)
R - Èsù abánà bánà Èsù abánàiyé (Exu encontramos no caminho, surpreende no caminho, Exu encontramos nos caminhos do mundo)
T - A máa s’ère ou níba Èsù abánà dêem, a máa s’ère ou níba Èsù abánà dêem (Aos outros sempre fazemos uma estátua, ele é reverenciado, Exu encontramos no caminho criando)
R - A máa s’erè ou níbà Èsù abánà dêem,a máa s’erè ou níbà Èsù abánà dêem (Aos outros sempre fazemos uma estátua, ele é reverenciado, Exu encontramos no caminho criando)
T - Èsù adé minha se se minha ré (Exu é minha coroa, faz-me bem)
R - Bàrà adé minha se se minha ré (Bará é minha coroa, faz-me bem)
T - Èsù adé meu se se meu Bàrà (Exu é minha coroa, faz-me bem Bará)
R - Bàrà adé minha se se minha ré (Bará é minha coroa, faz-me bem)
T - Èsù jálànà fun wa (Exu, abre o caminho para nós)
R - Èsù jálànà fun Malè (Exu, abre o caminho para o Orixá)
T - Lànà Èsù mérin (Exu, abre o caminho em quatro)
R - Èsù b’erin, Èsù mérin lànà (Exu como o elefante, abre o caminho em quatro direções)
T - Aiyéraiyé, ou o Bàrà ou! Aiyéraiyé, ou o Bàrà a má se o ogun ou! A má se o ogun já! aiyéraiyé, ou o Bàrà ou! (Oh! Eternamente, você é forte Bará! Não fuja da luta, não fuja da luta e briga, pois é eterno e forte Bará! )
R - Aiyéraiyé, ou o Bàrà ou! Aiyéraiyé, ou o Bàrà a má se o ogun ou! A má se o ogun jà! aiyéraiyé, ou o Bàrà ou! (Oh! Eternamente, você é forte Bará! Não fuja da luta, não fuja da luta e briga, pois é eterno e forte Bará! )
T - Èsù Bàrà ou eléfà s’epo (Exu-Bará você atrai o dendê)
R - Aiyéraiyé, ou o Bàrà! (Eternamente, você é forte Bará)
T - Ou yá, ou yá (Vamos, vamos)
R - Ou yá ou eléfa! (Vamos, você que atrai!)
T - Èsù Bàrà èle ou!, Èsù Bàrà èle ou!,mo dì Bàrà ou eléfa epo (Exu-Bará é violento, Exu-Bará é violento, eu clamo a violência do Bará, dono da atração e do dendê)
R - Èle Bàrà èle ou! èle Bàrà èle ou! mo dì Bàrà ou eléfà epo! (Violento é Bará, o violento! Eu clamo ao Bará dono da atração e do dendê!)
T - Èsù dê yí, mo jí Bàrà Èsù á jó, mo júbà yìn (Exu chega a transformar, eu faço um acordo ao Bará: Exu venha dançar que eu o respeito e o elogio)
R - Èsù dê yi, mo dì Bàrà Èsù á jó, mo júbà yìn (Exu chega a transformar, eu faço um acordo ao Bará: Exu venha dançar que eu o respeito e o elogio)
T - Bàrà gbó alároye a Èsù lonà, Bàrà gbó alároye a Èsù lonà, omode kó nem kóo sí Bàrà ogun tàlà bò, Bàrà ou eléfa lonà (Bará, grande falador, nos escute Exu dos caminhos. Bará
menino, vem nos ensinar, vem abrir, retorna de onde começa a luta, Bará que atrai nos caminhos)
R - Bàrà gbó alaroye a Èsù lonà, Bàrà gbó alaroye a Èsù lonà, omode kó nem kóo sí Bàrà ogun tàlà bò, Bàrà ou eléfa lonà (Bará, grande falador, nos escute Exu dos caminhos. Bará
menino, vem nos ensinar, vem abrir, retorna de onde começa a luta, Bará que atrai nos caminhos)
T - Èsù Bàrà wè bàbá oníre (Pai Exu-Bará limpe, dono de bênçãos)
R - Á lù fá Bàrà-Èsù, ké ké lù fá (Deva golpear e limpar Bará-Exu, corte, golpeie e limpe)
T - Bàrà rá múje kún lò òdà, Bàrà rá múje kún lò òdà, bàbá ru eko Bàrà ru de ou Bàrà rá múje kún lò odà, Bàrà mó ré ru (Bará deslize-se, devore e preencha, use a armadilha. Pai, o ofereço akassá, Bará lhe ofereço uma armadilha [para caçar]. Bará deslize-se, devore, preencha, use a armadilha. Bará, ponha com sigilo a armadilha que o ofereço)
R - Je’ko l’òdà (Coma o ecó e use a armadilha)
T - Bàrà mó ré ru (Bará, ponha com sigilo a armadilha que lhe ofereço)
R - Je’ko lò dà (Coma o akassá, use a armadilha)
T - Bàbá ’ iyan’ o (Pai dos seres da noite)
R - Bàbá ’ iyan’ o (Pai dos seres da noite)
T - Èsù àselù, Èsù àselù àse bò, Èsù àselù àse bò, ou yá níle ou! (Exu guardião, guardião do poder retorna, oh! Você logo está na casa)
R - Èsù àselù, Èsù àselù àse bò, Èsù àselù àse bò, ou yá níle ou! (Exu guardião, guardião do poder retorna, oh! você logo está na casa)
T - Á là lùpa ou! (Oh! Vem, abre matando com um golpe!)
R - Á là lùpa sei máa! (Vem, abre matando com um golpe continuamente)
T - Èsù Bàrà o bebe tíriri lonà, Bàrà o bebe tíriri lonà, Bàrà Èsù tíriri lonà, Èsù tirirí (Exu Bará vá triunfar, que tremam de medo no caminho, Bará Exu vá triunfar que tremam de medo no caminho, Exu que tremam de medo)
R - Bàrà Èsù tíriri lonà, Èsù tíriri lonà, Bàrà’ kè Bàrà Èsù Bàrà Èsù tíriri lonà (Bará Exu que tremam de medo no caminho, Exu que tremam no caminho. Bará na colina, Bará Exu, Bará Exu que tremam de medo no caminho)
T - Ou lè Bàrà yà b’odù màá sànà bò rè Elegba (Bará que pode se dividir como os signos do Ifá, sempre faz o caminho, regressa e benze senhor do látego)
R - Ou lè Bàrà yà b’odù màá sànà bò rè Elegba (Bará que pode se dividir como os signos do Ifá, sempre faz o caminho, retorna e benze senhor do látego)
T - Ou lè Bàrà yà b’odù, á sá k’èrè k’ewé (Bará que pode se dividir como os signos do Ifá, vem correndo recolher as recompensas e as ervas)
R - Ou lè Bàrà yà b’odù, á sá k’èrè k’ewé (Bará que pode se dividir como os signos do Ifá, vem correndo recolher as recompensas e as ervas)
T - Bàrà mótótó mótótó mo dúpe ou (Oh! Bará, ampara, ampara, eu te agradeço)
R - Bàrà’ mim àjó k’èrè ké, á mo dúpe ou (Bará, eu em minha jornada pela vida, recolho os prêmios e grito, vem, eu te agradeço!)
T - Elégbà yà b’odù! (Senhor do látego divida-se como os signos do Ifá)
R - Á b’àdó yó bè f’altar (Venha com a cabaça, use o corpo)
T - Tamaki elìjó tamaki e kà p’jó (Termine senhor da dança, termine, calcule o chamado à dança)
R - Tamaki á kó’sù Légba, tamaki elìjó (Termine e se recolha Exu Legba, termine, senhor da dança)
T - Ou Légba ou! (Oh Legba!)
R - Àkàrà jà! (Força que luta)
T - Ga máa sekó (Elevado, sempre faça e ensine )
R - Àkàrà jà! (Força que luta)
T - Yà b’odù máa d’okerè k’èrè k’èrè d’ok’ourò k’orò k’orò, deu k’èrè k’èrè k’èrè yà b’odù máa Elégbà (Te divida como os signos do Ifá, sempre chega recolhendo prêmios, recolhendo riquezas e lucros. Te divida como os signos do Ifá, sempre dono do castigo)
R - Yà b’odù máa d’okerè k’èrè k’èrè d’ok’ourò k’orò k’orò, deu k’èrè k’èrè k’èrè yà b’odù máa Elégbà (Te divida como os signos do Ifá, sempre chega recolhendo prêmios, recolhendo riquezas e lucros. Te divida como os signos do Ifá, sempre dono do látego)
T - Ògún lé bá Ògún se rere (Ogum adiante o encontramos, Ogum faz o bem)
R - Ògún!
T - Èsù lànà meu fò ou, Bàrà lànà fun malè ou! (Oh! Exu, abre o caminho me limpando, oh! Bará abre o caminho para os Orixás)
R - Èsù lànà meu fò ou, Èsù lànà fun malè! (Oh! Exu, abre o caminho me limpando, oh! Exu abre o caminho para os Orixás)
T - Èsù dêem lànà s’ebí a se’bo (Exu cria abertura de caminho, faz a viagem que nós fazemos a oferenda)
R - Èsù dêem lànà sim ebo (Exu cria a abertura de caminho para a oferenda)

terça-feira, 16 de abril de 2013

ORIXÁS E A QUARESMA


A dúvida sobre o funcionamento das casas de santo (os terreiros de umbanda) durante o carnaval e a quaresma, vem da época que os Orixás eram proibidos de serem cultuados e deveriam ser sincretizados com os santos católicos. Como o período da quaresma corresponde a uma época de reclusão e reflexão dentro da igreja católica, muitos terreiros de umbanda e candomblé ficavam em uma posição delicada junto a comunidade católica e fechavam as portas para não terem problemas com as autoridades locais e com as pessoas em geral, quando poderiam ser acusados de desrespeitosos com a religião católica. As pessoas consideravam que as casas de santo não deveriam bater tambores ou praticar qualquer ritual na quaresma, a exemplo da igreja católica que deixa suas imagens cobertas por mantos de cor roxa em sinal de respeito, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo vivo. 
Em alguns terreiros nesta época é praticado o Lorogum ou Olorogum, que significa “ritual de guerra”: oro (ritual) + ogun (guerra). É uma obrigação que determina um período sem festas nos terreiros de umbanda e candomblé, pois os Orixás estão em guerra, e também serve para definir o período para descanso coletivo. O mesmo acontece propositadamente no período da quaresma católica, logo depois do carnaval, terminando no sábado de aleluia (primeiro sábado da lua cheia), marcando o final e o início do ano litúrgico (ano novo) para o povo do santo. No Lorogum não acontece sacrifício animal, embora seja  oferecida comida ritual não só aos santos, mas à todos os participantes, servidos diretamente por todos os Orixás do terreiro. Os presentes dividem-se em dois grupos: o exército de Xangô, onde todos trajam vermelho e branco e carregam uma bandeira vermelha, e o exército de Oxalá, com todos os membros vestidos de branco, portando uma bandeira branca. Tudo começa com uma procissão dos 2 grupos percorrendo os quartos de Santo até o barracão, reproduzindo a viagem pelas cidades de cada divindade. Na sala, cada exército se coloca de um lado, sendo que os mais velhos portam cada qual seu estandarte. Todos os Orixás carregam ixãns (varas de amoreira) e suas folhas sagradas. Com a autorização do Babalorixá, os dois grupos se aproximam e passam bater os ixãns e as folhas em todos os presentes (inclusive Orixás com Orixás) formando um verdadeiro alarido, dando uma impressão de briga ”guerra” que é interrompida com a manifestação de Oxalá, imediatamente tudo volta a calmaria e todos dançam sob um grande alá (pano branco), os cânticos sagrado deste Orixá da paz. 
Porém não existe conotação analógica do fato de Cristo (católico) estar morto e os Orixás, visto que a feitiçaria maléfica pode ser feita em qualquer época, dia ou horário e que pelo fato dos Orixás 'serem mandados a guerra' não muda em nada, pois os mesmos nos amparam, cuidando-nos sempre. Devemos nos lembrar que estes são rituais católicos e não pertencem a nossa religião. As casas de santo não precisam parar suas atividades durante a quaresma e podem funcionar normalmente, pois não estão ligadas aos dogmas da igreja católica que determinam que não se possa fazer atendimento espiritual nessa ocasião.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

BATUQUE EM HOMENAGEM AOS 18 ANOS DO OGUM ADIOLÁ DE MEU FILHO GILSON

     Na noite do dia 13 de abril, recebemos nossos amigos e filhos para concretizar a obrigação do yao Gilson D'Ogum.
     Através desta matéria eu gostaria de agradecer a todos os que ajudaram a abrilhantar a noite, em especial aos Alabês da cidade de Pelotas que foram maravilhosos e me trouxeram uma grande surpresa, o Babalorixá Junior D'Oxum, bom amigo que eu não via a bastante tempo.
      Deixo aqui registrado também meu agradecimento a meu filho Babalorixá Antonio D'Iemanjá e meu amigo e companheiro Babalorixá Neco D'Bará Lodê sempre presente em nossas festas.
      Que todos que participaram possam levar consigo as bençãos de fartura, harmonia, prosperidade e saúde, são os votos de Pai Guilherme D'Bará, Rodrigo D'Oxum e Thiago D'Oyá.






Gilson D'Ogum




Da esquerda Cezar D'Oxala, Gilson D'Ogum, Guilherme D'Bará, Rodrigo D'Oxum, Arcanjo D'Bará, João D'Ogum, embaixo Thiago D'Oyá, Sione D'Ogum, Beti D'Iemanjá, Aninha D'Oxalá e Paula D'Oxum

 Alabês
 Ao fundo Neco D'Bará e no lado esquerdo Antonio D'Iemanjá
 No meio Junior D'Oxum
 Thiago D'Oyá responsável pela cozinha da festa
Meu filho Gilson D'Ogum

A IMPETUOSA GUERREIRA AJUDARÁ EM CASAMENTOS EM UNIÕES


Regência da Semana: OBÀ  15/04/2013
A impetuosa guerreira te deixará organizado e perceptível. Ajudará em casamentos e uniões. Cuidado com infecções nos ouvidos.
Simbologia:
Obà  é representada pelo Asá (escudo). Dia: segunda, bom para encantamentos.
Oferenda:
canjica amarela cozida misturada com feijão miudo.
Cores:
Rosa que simbolizam juventude e atraem paixão.
Características do Orixá:
Obà  é Senhora da Sociedade Elékò (antiga denominação da atual cidade de Lagos, na Nigéria). Também chamada de Àjà Òsi (guardiã do lado esquerdo do corpo), ela é sedutora e usa a idà (espada). Número: 15 (odù ògbegúndá- vitória). Saudação: "Exó, Exó é inho".
Axés & Magias:
Para acalmar uma pessoa com problemas mentais, escreva o nome desta pessoa 15 vezes a lápis num papel branco. Coloque o papel numa panela de barro, cubra com folhas de erva cidreira e despache-a no lado esquerdo da correnteza de um rio.
SIMPATIA DA SEMANA: PARA CHAMAR DINHEIRO
Se você quer chamar dim dim, antes de dormir pegue seis folhas de louro e coloque-as debaixo do seu travesseiro. No dia seguinte, vá à porta de um banco segurando as folhas e diga : "Dinheiro, venha para minhas mãos!". Guarde as folhas na carteira. Faça com fé e vem dim dim!


sexta-feira, 5 de abril de 2013

AO MEU GUERREIRO DIGITAL


As Características Do Gilson


Não é difícil reconhecer um filho de Ogum. Tem um comportamento extremamente coerente, arrebatado e passional,


aonde as explosões, a obstinação e a teimosia logo avultam, assim como o prazer com os amigos( nós é claro) e com o sexo oposto(o come-quieto). São conquistadores, incapazes de fixar-se num mesmo lugar, gostando de temas e assuntos novos, conseqüentemente apaixonados por viagens, mudanças de endereço e de cidade. Um trabalho que exija rotina, tornará um filho de Ogum um desajustado e amargo(sempre mudando de mercadorias). São apreciadores das novidades tecnológicas(todas), são pessoas curiosas e resistentes, com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta(principalmente se tenta fazer algo que não da certo); a coragem é muito grande. 


Os filhos de Ogum custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida(chatos), no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções. São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas. Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor(hummmmmmm isso não vai dar certo). 

São pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição. Mostram-se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são francos e, às vezes, rudes ao impor sua vontade e idéias. Arrependem-se quando vêem que erraram, assim, tornam-se abertos a novas idéias e opiniões, desde que sejam coerentes e precisas. 

As pessoas de Ogum são práticas e inquietas, nunca "falam por trás" de alguém, não gostam de traição, dissimulação ou injustiça com os mais fracos. 


Gilson na verdade essas são as características dos filhos de Ogum em geral... mas consequentemente também são as tuas. E esse pequeno texto foi postado como uma homenagem para ti, para dizer que acima de tudo temos orgulho de ser teus familiares na religião e principalmente em te termos como amigo.

Grande abraço e muito Axé...

De Alfredo, Rodrigo e Thiago.