quarta-feira, 3 de junho de 2015

ABASSÁ BABÁ OKE BARÁ LANÃ: As Ervas.Sem Erva não tem Axé.Esta aí o Fundame...

ABASSÁ BABÁ OKE BARÁ LANÃ: As Ervas.


Sem Erva não tem Axé.Esta aí o Fundame...
: As Ervas. Sem Erva não tem Axé. Esta aí o Fundamento, cultos dos Orixá. Receitamos as Ervas para Sacudimentos, Defumações, Banhos...
As Ervas.



Sem Erva não tem Axé.
Esta aí o Fundamento, cultos dos Orixá.
Receitamos as Ervas para Sacudimentos, Defumações, Banhos.




GUACO, ERVA DE COBRA ou CIPÓ CATINGA

Esta erva veio do Peru e era utilizada pelos incas contra picadas de cobras e de insetos venenosos usando uma folha para uma xícara de água.
Os índios utilizavam a folha do guaco em banhos para afastar a cobra humana.
Da folha desta planta prepara-se xarope de bom efeito contra a bronquite e as tosses rebeldes (derrete-se o açúcar junto com as folhas picadas, acrescenta água e ferve até engrossar, pode adicionar mel no final)
Formas de uso: chá, xarope e banho.
Orixás: Yasã / Oya
Características: Planta trepadeira com folhas totalmente verdes e de espessura mais grossa, flores brancas



MÃO DE DEUS




Muito receitada para combater vícios de drogas (cigarro, bebida, etc) utilizando na forma de chá, também se utiliza muito em rituais de sacudimento e em pó.
Coloca sob o travesseiro para fazer dormir. O fruto maduro, por infusão, é usado contra hemorróidas.
Formas de uso: Chá, pó, sacudimento.
Orixás: Oxalá
Características: Cipó muito comum em terrenos abandonados, suas folhas lembram a palma de uma mão divididas em cinco lobos, flores amarelas



TERRAMICINA ou PERNA DE SARACURA:






Bom para infecções, internas ou externas, excelente depurativo do sangue, utiliza-se em forma de chá de hora em hora ou de 2 em 2 horas.
A exemplo do guaco também é utilizado contra picadas venenosas, e antibiótico.
Formas de uso: Chá
Orixás: Xangô e Yansã / Oya.
Características: Caule e folhas arroxeadas



COLÔNIA ou COLÔNIA DO NORTE








Uma das folhas mais importantes e utilizadas na umbanda e candomblé. Tem como principal característica litúrgica ser o maior contra Egum que existe.
Formas de uso: Defumação e Banho.
Orixás: Yemanjá e Oxalá
Características: Folhas grandes, lisas e longas de coloração verde




Arruda




Mais uma erva bastante usada ritualisticamente, conhecida por todos e ao mesmo tempo requer muitos cuidados, tanto no sentido litúrgico como medicinal. Seu uso litúrgico é bastante vasto, principalmente como amuleto e banhos, porém este último não pode ser aplicado na cabeça, salvo filhos de Ogum e Exu, os Orixás desta erva.
Pó da folha seca: Seu uso medicinal é bastante moderado, pois tem ação vermicida (ótimo contra pulgas e piolhos).
Durante a gravidez a arruda tem um efeito especial sobre o útero, ocasionando hemorragia grave, levando ao aborto e a morte. “Acrescentamos que o aborto é raro e que a administração desta substancia com um fim criminoso (aborto)”. Pode acarretar a morte da mãe sem que haja parto”. (Dictionnaire des Plantes Medicinales, Pg. 541, Pelo Dr. A. Héraud).
Repetimos a advertência que, tratando-se de uma planta muito ativa, só deve ser administrada com muita prudência, quando usada internamente.
O chá de arruda é bom calmante dos nervos e trata urina presa.
Formas de uso: Amuleto, pó externamente e chá.
Orixás: Ogum e Exu.
Características: É um sub-arbusto com folhas pequenas verdes claras fortemente aromáticas.



ALFAVACA, ERVA DE BOIADEIRO ou MANJERICÃO DE FOLHA LARGA:




Esta erva é muito utilizada pelos caboclos em rituais de sacudimento (geralmente junto com peregum) tem suas folhas aromáticas, estimulantes e diuréticas. Aplica-se nos casos de ardor ao urinar, enfermidades dos intestinos, estômago, rins e bexiga.
Externamente usa-se para gargarejo em casos de dor de garganta, aftas, etc.
Com o chá das folhas, ou com o chá das sementes em maceração, preparam-se compressas que as mães lactantes aplicam sobre os bicos dos seios afetados.
Forma de uso: chá, sacudimento, gargarejo.
Orixás: Oxalá, Oxossi, Oxum.
Características: Planta muito cheirosa de folhas ovais ou oval – elípticas, compridas. Inflorência em espigas



MANJERICÃO





A erva boa pra tudo, esta é a melhor definição do manjericão que é bastante conhecido na cozinha em forma de cozimento.Tem como principal característica litúrgica o poder de elevação espiritual por isso é muito utilizada em banho da coroa, amaci.
Formas de uso: Banho e chá.
Orixás: Oxalá.
Características: Pequenas folhas ovais arredondadas de coloração verde clara inflorência em espigas.



                                PEREGUM, PAU D’ÁGUA ou IPEREGUM





Uma erva de uso extremamente ritual difere em suas cores para diferenciar os orixás que pegam cada uma delas e são extremamente apreciadas para rituais de sacudimento, acompanhadas de outras ervas ou não, muito utilizadas também em banho de amaci ou que antecedem cada trabalho de seu respectivo orixá.
Formas de uso: Banho de sacudimento.
Orixás: De acordo com as cores, sendo verde de ogum, verde e amarelo de Oxossi e Logunedé, verde e branco de Ossain, vermelho de Oia e Xangô.
Características: São folhas lisas e compridas, um pouco mais estreitas e menores do que a colônia, por exemplo, encontradas nas cores acima citadas.
O Peregum vermelho (Xangô e Oya) também é chamado de folha de fogo



ABRE CAMINHO ou PERIQUITINHO DE OGUM





Sua aplicação é também de cunho litúrgico. Nas formas de banho de defesa, sacudimento e defumação, com o principal objetivo de abrir os caminhos seja no trabalho ou na vida pessoal.
Os pós feitos de suas folhas secas e triturados servem para misturar no pó de pemba ou pó de abre caminho.
Também se usa a folha seca no meio da carteira profissional ou da carteira (a exemplo do acocô) e o correto é devolver a folha de onde foi retirada.
Orixás: Ogum
Características:
 Folhas bem finas e de coloração roxa de um lado e verde do outro



EGENDA:






Esta planta tem a excelente função de auxiliar o desenvolvimento dos novos médiuns, usado em banhos. Tem o poder de trazer logo os guias do filho de santo.
Formas de Uso: Banho antes dos trabalhos.
Orixás: Ogum
Características: Planta rasteira, com folhas de coloração verde e rocha, geralmente verde por cima e roxa por baixo, mas podendo variar




ALECRIM







Esta também é uma erva utilizada para quase tudo nos rituais, mau olhado, quebrante, etc. Seu uso medicinal está voltado para o coração, como um tônico, mas Poe ser dilatador seu efeito, deve-se tomar cuidado com a quantidade do uso.
Não confundir com alecrim do cruzamento, também conhecido por alfazema do Brasil, ou alecrim do norte, como é conhecido na Bahia, este já tem maior aplicação litúrgica no seu poder de afastar Egum.
Formas de uso: Alecrim – Chá
Alecrim do Cruzamento – Banho, defumação, pó e sacudimento
Orixás: Oxalá, Oxossi.
Características: Alecrim – Folhas opostas cruzadas, e estreitas, de bordas voltadas para baixo de coloração verde escuras, exala cheiro aromático, forte e agradável.
Alecrim de Cruzamento – Caule estirado esgalhado, com folhas bem pequenas e verdes


GUINÉ, PIPI ou AMANSA SENHOR







Uma erva muito utilizada por caboclos e pretos velhos em suas mirongas. Excelente para banho de descarrego e sacudimento. Usa-se colocar uma folha sob o pé para atrair coisas boas.
Importante, seu uso interno é altamente restrito, apesar de ter funções medicinais, as doses teriam que ser mínimas e muito bem administradas para não causar efeitos nocivos que podem levar inclusive a morte.
Externamente, o guiné tem diversas aplicações analgésicas. Emprega-se as folhas machucadas, em compressas, para acalmar as dores de cabeça, dores reumáticas, etc.
Forma de Uso: Banhos e compressas externas, proibido uso interno.
Orixás: Oxossi
Características: Sub-arbusto de até de um metro e meio de altura, ramos eretos, folhas médias e verde clara.




LOURO







Outra erva muita conhecida nas cozinhas, como condimento e tempero e que também tem qualidades litúrgicas e medicinais, no ritual é muito utilizada em defumação e banho para atrair prosperidade. Tem bons resultados para combater a ausência da menstruação (amenorréia) em forma de chá, ou no combate da nevralgia e reumatismo fazendo fricções com o azeite extraído das folhas. Sobre as partes doloridas.
Forma de Uso: Defumação, banho e chá.
Orixás: Yasã / Oya
Características: Árvore de tronco liso.
Folhas semelhantes as da laranjeira, são mais duras que o normal, como se estivessem secas.






O nome "Exu” designa espirito evoluído ou de baixa vibração?





Infelizmente não é difícil encontrar lugares que denominam toda e qualquer classe de espíritos ainda em evolução pelo termo EXU. Seja um quiumba, um obsessor, ou um compadre que quer e pode ajudar.


Seria tudo a mesma coisa? Tudo é Exu?



Deixando de lado a antropologia do nome Exu, a ligação com o Orixá original, etc. vou dar aqui minha opinião, dentro do contexto da pergunta acima, na prática, lembrando sempre que cada casa, cada escola umbandista, tem as suas formas de "denominar" cada manifestação espiritual. O que não vale é misturar as estações. Portanto, se um "encosto" que estava te atrapalhando, é chamado de "Exu" pela doutrina da sua casa, com certeza devem dar outro "NOME" para os espíritos dos nossos compadres que vem em terra tão somente para nos ajudar. Caso contrário, é melhor mudar isso, Exu não é “encosto”, nem de longe.

O substantivo "Exu" é uma nomenclatura, que, infelizmente, pode ser creditada a diversas coisas e seres, dependendo de QUEM dá esse crédito, pois todos são livres para sair por aí falando o que bem entendem. Um exemplo disso são alguns pastores e padres, que gostam de creditar esse nome ao diabo.

Eu gosto de creditar essa nomenclatura a espíritos que considero meus maiores guardiões, sábios, trabalhadores do plano espiritual em nome da lei Divina.

Mas já disse, um nome você pode usar para designar o que quiser. Em um lugar vão dar a espíritos de baixa vibração, espíritos obsessores, a nomenclatura "Exu"; em outro lugar vão usar esse "nick name" para apelidar eguns em qualquer situação que estejam no plano evolutivo; em mais alguns locais esta será a nomenclatura usada para designar uma linha de espíritos bons, evoluídos, que nos ajudam em seu campo de atuação específico. Gosto do último caso e para mim é a única verdade e acertada opção de uso do nome Exu.

No terreiro em que eu trabalho usamos esse NOME "EXU" para designar, como eu já mencionei, espíritos do bem, evoluídos e que trabalham para ajudar as pessoas e a si mesmo, evoluindo ainda mais. E tão somente por isso, nesta minha casa, nos recusamos a dar o mesmo "NOME" a espíritos inferiores, obsessores, ou de qualquer outra natureza e/ou função.

Simplesmente porque um obsessor é diferente de um egum desorientado, que também é diferente de um espírito trabalhador de Umbanda. Portanto, se em uma casa vão chamar de "EXU" um encosto, que não chamem com o mesmo nome o espírito evoluído que com sua capa preta vem em terra para nos ajudar e defender.


O mais importante é saber separar as coisas, não generalizar, e dar nomes diferentes para cada manifestação espiritual.



Para misturar tudo e dizer que tudo é coisa do capeta, já podemos contar com os nossos adversários religiosos, que ignoram e nem tem interesse em entender essas diferenças.
 
Nós umbandistas temos essa obrigação, de entender a diferença e no mínimo, creditar um nome diferente para cada manifestação.OBRIGADO POR ACOMPANHAREM O BLOG,QUALQUER DÚVIDA POST .

Orixá Xapanã





Este Orixá conhecido por sua fúria e vingança contra malfeitores e pessoas que tratam as coisas sem o devido respeito e honestidade, é muito respeitado em todas as Nações da África ao Brasil. Pertence a Xapanã todas as doenças materiais e espirituais, principalmente as doenças de pele, como varíola e a lepra, com estas normalmente castiga quem merece. Uma de suas missões no mundo material e espiritual, é varrer as coisas que não tem mais utilidade, por este e outros motivos, é um dos Orixás que responde junto com Xangô e Iansã pelos processos de desencarnação, pelos cemitérios, pela destruição e em defesa dos espíritos maléficos.











Qualidades de xapanã;



Saudação: AbaoDia da Semana: Quarta-feira Número: 07 e seus múltiplos Cor: Vermelho e Preto Guia: uma conta vermelha e uma preta Oferenda: Pipoca, feijão miúdo torrado, feijão preto cozido, amendoim torrado, um opeté de batata inglesa e sete tiras de carne crua sem gordura ou nervo Adjuntós: Xapanã Jubeteí com Oiá ou com Obá, Xapanã Belujá com Iansã ou com Oxum Olobá, Xapanã Sapatá com Iansã ou com Obá Ferramentas: Xaxará, vassoura, cachimbo, favas, moedas e búzios. Ave: Galo Carijó(preto e branco) ou vermelho Quatro pé: Cabrito Branco ou qualquer cor, menos preto



Sincretismo Religioso:



Xapanã Jubeteí: São Roque quando faz adjuntó com Oiá, São Lázaro quando faz adjuntó com Obá Xapanã Belujá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Oxum Olobá, Senhor dos Passos quando faz adjuntó com Iansã Xapanã Sapatá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Iansã, São Lázaro quando faz adjuntó com Obá



Os Arquétipos(filhos)



Seus filhos são obstinados e honestos, mas por outro lado são rancorosos. Gostam muito de prestar ajuda aos outros e são extremamente sensíveis. Tem rosto anguloso, tronco pequeno e, na maioria das vezes são magros e altos com manchas no corpo.
Orixá Oba










 Nome de um rio africano, Obá está também associada as águas doces, porém quando revoltas. Companheira de Bará é um Orixá de frente, uma guerreira, que traz consigo a navalha e o facão. Em uma das lendas mais populares das Religiões africanas, conta-se que Obá e Oxum eram esposas de Xangô, uma semana para cada uma cuidar do marido, o que Oxum fazia, Obá copiava, Oxum não aguentava mais que Obá copiasse suas receitas culinárias, o que era seu forte para segurar Xangô. Certo dia Oxum decidiu acabar com a imitação, convidou Obá para ir até sua casa, onde a recebeu com uns panos amarrados na cabeça, na altura das orelhas. Oxum preparava um caldo para Xangô, e disse a Obá que dentro tinha colocado, para agarrar Xangô definitivamente, suas próprias orelhas, o que era mentira, eram apenas grandes cogumelos. Xangô ao chegar comeu aquele caldo como nunca, Obá ao ver tal cena, correu para casa e começou a preparar o caldo, tudo certo como Oxum teria dito, só que Obá cortou realmente sua orelha, Xangô ao comer enjoou e cuspiu tudo. Continuava então a guerra entre Oxum e Obá, só que agora muito mais séria, Xangô como não aguentava mais tanta discussão, resolve matar ambas, que saem correndo pelo mato, transformando-se em rios. E hoje nota-se que o encontro entre os rios Oxum e Obá, na África, são revoltos. Obá ao se manifestar em um Batuque dança com uma mão tapando uma de suas supostas orelhas arrancadas.
Todas as máquinas, carros e navios estão relacionados com Obá, pois a Ela pertencem a roda e o leme
.


Qualidade de oba:

Saudação: Exó Dia da Semana: Quarta-feira Número: 07 e seus múltiplos Cor: Rosa Guia: toda rosa Oferenda: Canjnica e feijão miúdo refogados com tempero verde e Abacaxi Adjuntós: com Bará Lodê ou Lanã ou Adagui, com Xangô Agandjú, com Xapanã Jubeteí ou Sapatá Ferramentas: navalha, timão, roda, moedas e búzios Ave: Galinha cinza com pescoço dourado Quatro pé: Cabrita mocha de qualquer cor menos preta


Sincretismo Religioso



Oba: santa Catarina
Os Arquétipos(filhos)


As pessoas pertencentes a este Orixá são lutadoras, bravas, um tanto agressivas, o que as levam a serem pouco incompreendidas. Freqüentemente tendem a terem experiências infelizes e amargas. São ciumentas, pois são muito zelosas com tudo que lhe pertencem. Porém, pessoas de grande valor e dedicação. Tendem a alcançar seus ideais. Dedicadas e muitas vezes ingênuas, principalmente em relação ao amor e as amizades. São extremamente honestas, tolerantes e crédulas.Sua principal característica é ser guerreira(o). Não cultiva amigos por achar que são interesseiros. Não gostam de sexo.Geralmente tem nariz largo, sobrancelhas grossas, rosto redondo, lábios acentuados, pessoa de estrutura forte

terça-feira, 12 de maio de 2015

Iemanjá afoga seus amantes no mar



Iemanjá é dona de rara beleza
E, como tal, mulher caprichosa e de apetites extravagantes.
Certa vez saiu de sua morada nas profundezas do mar
E veio à terra em busca do prazer da carne.
Encontrou um pescador jovem e bonito
E o levou para seu líquido leito de amor.
Seus corpos conheceram todas as delícias do encontro,
Mas o pescador era apenas um humano
E morreu afogado nos braços da amante.
Quando amanheceu, Iemanjá devolveu o corpo à praia.
E assim acontece sempre, toda noite,
Quando Iemanjá Conlá se encanta com os pescadores 
Que saem em seus barcos e jangadas para trabalhar.
Ela leva o escolhido para o fundo do mar e se deixa possuir
E depois o traz de novo, sem vida, para areia.
As noivas e as esposas correm cedo para praia
Esperando pela volta de seus homens que foram para o mar,
Implorando a Iemanjá que os deixe voltar vivos.
Flores, espelhos e perfumes,
Para que Iemanjá mande sempre muitos peixes
e deixe viver os pescadores.
        Oxum faz as mulheres estéreis em            
 represália aos homens 



Logo que o mundo foi criado, todos os orixás vieram para a terraE começaram a tomar decisões e dividir encargos entre eles,Em conciliábulos nos quais somente os homens podiam participar.Oxum não se conformava com essa situação.Ressentida pela exclusão, ela vingou-se dos orixás masculinos.Condenou todas as mulheres à esterilidade,De sorte que qualquer iniciativa masculinaNo sentido da fertilidade era fadada ao fracasso.Por isso, os homens foram consultar Olorum.Estavam muito alarmados e não sabiam o que fazerSem filhos pára criar nem herdeiros para quem deixar suas posses,Sem novos braços para criar novas riquezas e fazer as guerrasE sem descendentes para não deixar morrer suas memórias.Olorum soube, então, que Oxum fora excluída das reuniõesEle aconselhou os orixás a convidá-la, e ás outras mulheres,Pois sem Oxum e seu poder sobre a fecundidadeNada poderia ir adiante...

Nanã fornece a lama para modelagem do homem


Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano,o orixá tentou vários caminhos.
Tentou fazer o homem de ar, como ele.
Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu.
Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura.
De pedra ainda a tentativa foi pior.
Fez de fogo e o homem se consumiu.
Tentou azeite, água e até vinho –de–palma, e nada.
Foi então que Nana Burucu veio em seu socorro.
Apontou para o fundo do lago com seu Ibiri seu cetro e arma,
E de lá retirou uma porção de lama.
Nana deu a porção de lama a Oxalá,
O barro do fundo da lagoa onde morava ela,
A lama sob as águas, que é Nanã
Oxalá criou o homem, o modelou no barro.
Com o sopro de Olorum ele caminhou.
Com a ajuda dos orixás povoou a terra.
Mas tem um dia que o homem morre
E seu corpo tem que retornar a terra,
Voltar a natureza de Nanã Burucu.
Nana deu a matéria no começo
Mas quer de volta no final tudo que é seu.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

   Oxalá cria a Terra





No começo, o mundo era todo pantanoso e cheio dágua,
Um lugar inóspito, sem nenhuma serventia.
Acima dele havia o Céu, onde viviam Olorum e todos os orixás
Que às vezes desciam para brincar nos pântanos insalubres.
Desciam por teias de aranha pendurada no vazio.
Ainda não havia terra firme, nem o homem existia. 
Um dia Olorum chamou à sua presença Oxalá, o grande orixá.
Disse-lhe que queria criar terra firme lá embaixo
E pediu-lhe que realizasse tal tarefa.
Para missão, deu-lhe uma concha marinha com terra,
Uma pomba e uma galinha com pés de cinco dedos.
Oxalá desceu ao pântano e depositou a terra da concha sobre a terra pôs a pomba e a foram assim espalhando a terra que viera na concha
Até que terra firme se formou por toda parte.
Oxalá voltou a Olorum e relatou-se o sucedido.
Olorum enviou um camaleão para inspecionar a obra de Oxalá 
E ele não pôde andar sobre o solo que ainda não era firme.
O camaleão voltou dizendo que a terra era ampla,
Mas ainda não suficientemente seca.
Numa segunda viagem o camaleão trouxe a notícia
De que a terra era ampla e suficientemente sólida,
Podendo-se agora viver em sua superfície.
O lugar mais tarde foi chamado de Ifé, que dizer ampla morada.
Depois Olorum mandou Oxalá de volta à terra
Para plantar árvores e dar alimentos e riquezas ao homem
E veio a chuva para regar as árvores.
Foi assim que tudo começou.
Foi ali, em Ifé, durante uma semana que quatro dias.Que Oxalá criou o mundo e tudo que existe nele.