sábado, 31 de março de 2012

LENDAS DO SENHOR DAS PESTES



Houve uma festa e todos os Orixás estavam presentes. Menos Xapanã que ficara do lado de fora. Ogum pergunta porque o irmão não vem e Nanã responde que é por vergonha de suas feridas causadas pelas doenças. Ogum resolve ajudá-lo e o leva até a floresta onde tece para ele uma roupa de palha que lhe cobre o corpo todo. O filá! Mas a ajuda não dá muito certo, pois muitos viram o que Ogum fizera e continuavam a ter nojo de dançar com o jovem Orixá, menos Iansã, altiva e corajosa, dança com ele. E com eles o vento de Iansã que levanta a palha do filá que Ogum tinha lhe feito, e, para espanto de todos, revela um homem lindo, sem defeito algum.
Todos os Orixás presentes, ficam estupefatos com aquela beleza, principalmente Oxum, que se enche de inveja, mas agora é tarde, Xapanã não quer mais dançar com ninguém.
Em recompensa pelo gesto de Iançã, Xapanã da a ela o poder de também reinar sobre os mortos. Mas daquele dia em diante, Xapanã declarou que só dançaria sozinho!

Xapanã, originário de Tepa, leva seus guerreiros para uma expedição aos quatro cantos da terra. Uma pessoa ferida por suas armas ficava cega, surda ou manca, Xapanã chega ao território de Mahi no norte do Daomé, matando e dizimando todos os seus inimigos e começa a destruir tudo que encontra a sua frente.
Os Mahis foram consultar um Babalaô e o mesmo ensinou-os como fazer para acalmar xapanã. O Babalaô diz que eles deveriam trata-lo com pipocas, amendoim torrado, feijão preto e milho torrado, que isso iria tranquilizá-lo, e foi o que aconteceu. Xapanã tornou-se dócil. Xapanã, contente com as atenções recebidas mandou construir um palácio onde foi viver e não mais voltou ao país Empê. O Mahi prosperou e tudo se acalmou. Xapanã continua até hoje sendo saudado como rei de Nupê e pai em Empê.

XAPANÃ GANHA O SEGREDO DA PESTE NA PARTILHA DOS PODERES

Olodumarê um dia decidiu distribuir seus bens.
Disse aos seus filhos que se reunissem e que eles mesmos repartissem entre si as riquezas do mundo. Ogum, Bará, Xangô, e os outros Orixás deveriam dividir os poderes e mistérios sobre as coisas na terra.
Num dia em que Xapanã estava ausente, os demais se reuniram e fizeram a partilha, dividindo todos os poderes entre eles, não deixando nada de valor para Xapanã. Um ficou com o trovão, o outro recebeu as matas, outro quis os metais, outro ganhou o mar. Escolheram o ouro, o raio, o arco-iris; levaram a chuva, os campos cultivados, os rios.
Tudo foi distribuído entre eles, cada coisa com seus segredos, cada riqueza com o seu mistério. A única coisa que sobrou sem dono, desprezada, foi a peste. Ao voltar, nada encontrou Xapanã para si, a não ser a peste, que ninguém quisera.
Xapanã guardou a peste para si, mas não se conformou com o golpe dos irmãos. Foi procurar Orumilá, que lhe ensinou a fazer sacrifícios, para que seu enjeitado poder fosse maior que o dos outros. Xapanã fez sacrifícios e aguardou.
Um dia,  uma doença muito contagiosa começou a espalhar-se pelo mundo. Era a varíola. O povo, desesperado, fazia sacrifícios para todos os Orixás, mas, nenhum deles podia ajudar. A varíola não poupava ninguém, era uma mortandade. Cidades, vilas e povoados ficavam vazios, já não havia espaço nos cemitérios para tantos mortos. O povo foi consultar Orumilá para saber o que fazer. Ele explicou que a epidemia acontecia porque Xapanã estava revoltado por ter sido passado para traz pelos irmãos. Orumilá mandou fazer oferendas para Xapanã. Só Xapanã poderia ajudá-los a conter a varíola, pois só ele tinha o poder sobre as pestes, só ele sabia os segredos das doenças.
Tinha sido esta a sua única herança. Todos pediram proteção a Xapanã e sacrifícios foram realizados em sua homenagem. A epidemia foi vencida, Xapanã então era respeitado por todos. Seu poder era infinito, o maior de todos os poderes.

XAPANÃ GANHA PÉROLAS DE IEMANJÁ

Xapanã foi salvo por Iemanjá quando sua mãe, Nanã Buruku, ao vê-lo doente, coberto de chagas, purulento, abandonou-o numa gruta perto da praia.
Iemanjá recolheu Xapanã e o lavou com a água do mar, o sal da água secou as suas feridas, Xapanã tornou-se um homem vigoroso, mas ainda carregava as cicatrizes, as marcas feias da varíola.
Iemanjá confeccionou para ele uma roupa toda de ráfia, e com ela ele escondia as marcas de suas doenças, ele era um homem poderoso, andava pelas aldeias e por onde passava deixava um rastro, ora de cura, ora de saúde, ora de doença. Mas continuava sendo um rapaz pobre.
Iemanjá não se conformava com a pobreza do filho adotivo. Ela pensou:
"Se eu dei a ele a cura, a saúde, não posso deixar que ele seja sempre um homem pobre". Ficou imaginando quais riquezas, poderia dar a ele.
Iemanjá era a dona da pesca, tinha os peixes, os polvos, os caramujos,as conchas, os corais, tudo aquilo que dava vida ao oceano pertencia a sua mãe, Olocum, e ela dera tudo a Iemanjá.
Iemanjá resolveu então ver suas jóias, tinha algumas, mas, enfeitava-se mesmo era com algas, ela enfeitava-se com a água do mar, vestia-se de espuma, ela adorava-se com o reflexo de Oxu, a lua.
Mas Iemanjá tinha uma grande riqueza e essa riqueza eram as pérolas, que as ostras fabricavam para ela. Iemanjá, muito contente com sua lembrança, chamou Xapanã e lhe disse:
"De hoje em diante, és tu quem cuidas das pérolas do mar. Serás assim chamado de Jeholu, o Senhor das Pérolas".
Por isso as pérolas pertencem a Xapanã, por baixo de sua roupa de palha da costa, enfeitando o seu corpo marcado de chagas, Xapanã ostenta colares e mais colares de pérolas, belíssimos colares.

Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo email buzionline@hotmail.com 

sexta-feira, 30 de março de 2012

LÚCIFER O IMPERADOR DA LUZ

Lúcifer. O seu nome em hebraico, significa "estrela da manhã", ou "estrela da alvorada", ou "luz da alvorada", estando todas estas expressões associadas ao planeta Vénus que antes da alvorada, aparece como a primeira fonte de luz do dia que está para nascer. Lúcifer, é também o mais belo, sábio e poderoso ser criado por Deus, um anjo, (um querubim), caído cujo o exílio do reino de Deus se deveu a sua tentativa de usurpar o trono de seu pai e ser igual a Deus. Lúcifer foi feito a partir do fogo no primeiro dia da criação, é possuidor de doze asas brancas de invulgar envergadura e é o primeiro filho de Deus. 
Sobre Lúcifer, fala o livro de Izaías:" Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizías no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo levado serás ao (Sheol), ao mais profundo do abismo.".Isaías 14:12-15 Este texto representa, (a pretexto de se dirigir a um Rei terreno), a própria história de Lúcifer, o primeiro filho de Deus, ( mais bela e sabia criatura, conhecida pelo cognome de " o portador da luz ", a quem o pai entregou o poder sobre a morte), que se havendo rebelado contra o seu pai por a ele se desejar tornar igual, acabou expulso do reino celestial, exilado para sempre no "Sheol", ou o "mundo dos mortos". Por se opor ao seu pai e a tirania desse Deus HYHV, o seu filho exilado passou a chamar-se "opositor" ou "adversário", que em hebraico se escreve: "Satã". Satã não é por isso um nome que designa uma entidade particular, mas antes um título ou um adjetivo que define todo aquele que se opõe ao Deus HYHV. Porque na verdade Lúcifer e Satanás são duas entidades diferentes, a Igreja na sua teologia oficial não considera Lúcifer o "Diabo", mas, apenas um anjo caído - Petavius, De Angelis, III, 3, 4 Lúcifer era um anjo de luz que havendo se rebelado contra seu pai, gerou uma guerra celestial. Havendo-a perdido, Lúcifer e todos os Anjos que o apoiaram, (cerca de 1/3 dos anjos dos céus), foram banidos da presença de Deus e exilados no mundo dos mortos, ou "Sheol". Lúcifer é também conhecido por ser o portador da luz, pois é o Anjo da sabedoria.
Lúcifer tentou oferecer sabedoria a Eva, dando-lhe a provar o fruto da árvore do conhecimento, (conforme o livro de Génesis), fato que acabou gerando a expulsão de Adão e Eva  do Paraíso. Algumas tradições místicas hebraicas afirmam que Caim é filho de Lúcifer e não de Adão, fato pelo qual Deus desgostava dele e o rejeitou, conduzindo-o ao homicídio de Abel.
Afirmam, também certas tradições místicas que foi contra Lúcifer que Jacob lutou, pois Lúcifer era o Anjo guardião de Caim e confrontou Jacob, desejando vingar-se do seu protegido. Lúcifer pode facultar sabedoria sobre todos os mais profundos segredos místicos e do oculto, assim como pode conceder um dos 6 dons das trevas. Lúcifer é também pai de Mammon, e possui 5 consortes, sendo que Lilith é a sua Imperatriz
Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo email buzionline@hotmail.com 

sábado, 24 de março de 2012

AVISO

Por motivos de viagem, gostaria de comunicar aos meus blogueiros, que só voltarei a postar na próxima quarta-feira, dia 28 de março. Abraços a todos e muito Axé.

RAINHA DAS 7 ENCRUZILHADAS

Foi uma rainha no seu tempo na terra, diz a história ter sido ela uma linda cortesã que amarrou o coração de um rei Francês que a tornou Rainha. Passou-se alguns anos e o Rei veio a falecer. A Rainha passou a tomar conta sozinha do seu reino o que deixou alguns membros da corte indignados porque ela não teve filhos para deixar o trono como herança e tampouco parentes sangue azul para substituí-la após a sua morte. Devido a tenacidade da Rainha, o seu trono começou a ser cobiçado por outros reinos o que trouxe muita preocupação para a política da corte, então o conselheiro real convenceu a Rainha a casar-se novamente com um homem cujo o reino fosse ainda maior que o seu para juntos vencerem as batalhas e trazer ao reinado a paz e a tranquilidade que já não tinham mais. Um dia surgiu no castelo um homem que se dizia seduzido pela beleza da Rainha e dono de um reinado incalculável no Oriente, e a pediu em casamento, a Rainha preocupada com o destino de sua corte e pela proteção de seu trono, aceitou a oferta de imediato e logo em seguida casaram-se . Não demorou muito a querida Rainha foi envenenada pelo seu atual marido, que, logo em seguida se intitulou Rei e começou a governar a corte da pior maneira possível.
A saudosa Rainha, após o seu desencarne chegou ao mundo astral muito perdida e logo começou a habitar o limbo devido a faltas graves que na terra havia cometido. Depois de algum tempo na trincheira das trevas a Rainha foi encontrada pelo seu antigo Rei que no astral era conhecido como Senhor das Encruzilhadas, este senhor passou a cuida-la e a incentiva-la a trabalhar do seu lado para as pessoas que ainda viviam no plano material aliviando suas dores e guerreando com inimigos astrais... O feito desse casal no astral tornou-se tão conhecido e respeitado que o Exu Belo nomeou o Senhor das Encruzilhadas como Rei das Sete Encruzilhadas, e, prontamente o rei nomeou a sua Rainha. Juntos eles passaram a reinar os caminhos das trevas e da luz e sob o seu comando milhares de entidades subordinadas, que fizeram do Reino das sete Encruzilhadas o maior reino do Astral médio superior.
Passou-se muitos anos e o Rei que havia envenenado a rainha veio a morrer durante uma batalha, e este, foi resgatado pelo exército da Rainha das sete encruzilhadas, e, o mesmo, foi levado até ela. O homem ainda atônito sem entender ainda o que estava acontecendo com ele, se viu diante daquela poderosa mulher a qual foi obrigado a curvar-se e a servi-la para o resto de sua eternidade como castigo por te-la envenenado. E hoje através de suas histórias que compreendemos que o povo de Exu não são entidades perdidas do baixo astral e sim entidades respeitadas e de muita importância no mundo astral superior e inferior.
A Pomba-Gira Rainha das Sete Encruzilhadas adora a cor maravilha, vermelho, preto e dourado, trazendo na mão um cetro de ouro. Suas oferendas são sempre as mais caras, pois ela é muito exigente. A Pomba-Gira Rainha das Sete Encruzilhadas também é conhecida no sudeste do País como "Dona Sete". Se apresenta como uma mulher de meia idade, muito reservada, educada, inteligente e culta. Ao contrario do que muitas pessoas pensam... é uma entidade calma e tranquila, mas quando chega ao mundo para deixar o seu recado, traz na garganta um grito de guerra, onde expressa todo o seu poder de vitórias.
"Foi Iansã quem lhe deu força! Ela é a Rainha do Candomblé... Vamos saravar nossa Rainha a Pomba-Gira... ela é o Exu-Mulher..." bis.

Saravá Dona Rainha das Sete Encruzilhadas!!!

Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo email buzionline@hotmail.com    


quinta-feira, 22 de março de 2012

XAPANÃ, O SENHOR DAS EPIDEMIAS


Xapanã é o Orixá que detém o poder sobre a doença, tanto para causá-la como para curá-la. É uma entidade sombria, tida entre os iorubanos como ameaçadora e terrível, caso não seja devidamente cultuada.
Também conhecido como Onulu e Obaluaiê, cujos mitos e a própria figura são cercados de algum mistério. Em termos gerais Xapanã controla todas as doenças, especialmente as epidêmicas. É o "Deus da Varíola", mas este conceito é uma evidente limitação, já que a varíola era uma das epidemias mais comuns e devastadoras da comunidade original africana onde ele surgiu, o Daomé.
Orixá de origem Gêge, posteriormente adotada pelos iorubás, o que marca bem a diferença de comportamento básica: enquanto os Orixás iorubanos são mais extrovertidos e passionais, alegres e humanos, as figuras daomeanas estão mais associadas ao conceito de castigo e punição, sendo sempre mais austeras no comportamento mitológico, mais graves e consequentes em suas ameaças; todas tem um potencial de repressão em relação aos seres humanos, muito mais explícito que as divindades iorubás, estas mais tolerantes.
Xapanã é Orixá que ser for bem cultuado pode levar seus seguidores a terem um padrão de vida muito elevado. No entanto, se os rituais realizados não estarem de acordo com os fundamentos, poderá levá-los a mais infinita miséria.
Um feitiço ou um pó de Xapanã bem executado pode arrasar uma comunidade inteira. É o dono da ferida, da lepra e da miséria. Trabalha nas matas e cemitérios, é associado à morte e a terra. É o dono da vassoura e do espanador, é o Orixá solicitado para fazer todo o tipo de limpezas e levar embora as cargas negativas.
As cores de Xapanã são o vermelho, preto, lilás e roxo. Seu dia da semana é quarta-feira e seu sincretismo em alguns terreiros é com Nosso Senhor dos Passos.

Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo email 
buzionline@hotmail.com   


quarta-feira, 21 de março de 2012

VISITA DE MEU FILHO NECO D'BARÁ LODÊ NA QUIMBANDA NA CASA DE PAI PAULINHO D'XANGÔ


Aruanda do Babalorixá Paulinho D'Xangô Agodô

Respeito e dedicação marcam a trajetória de sucesso de Pai Paulinho d'Xangô Agodô, que na noite de 17 de março demonstrou mais uma vez muito encanto numa bonita homenagem a Pomba Gira Maria Padilha de sua filha Angélica, com a presença de inúmeros filhos e uma recepção impecável.
Pai Neco, que é amigo pessoal de longa data de Pai Paulinho, ficou encantado com a recepção e agradece em seu nome e em nome de Pai Guilherme, que por motivos alheios a sua vontade não pode estar presente à maravilhosa comemoração.

PAI NECO 

PAI PAULINHO COM TATA CAVEIRA
A HOMENAGEADA DA NOITE, MÃE ANGÉLICA COM MARIA PADILHA

PAI NECO E PAI ANDRÉ D'OXUM

PAI NECO E PAI PAULINHO, O ANFITRIÃO DO ABASSÁ 

MARIA PADILHA NA CURIMBA

A MAGNÍFICA GIRA DA MARIA PADILHA DE PAI ANDRÉ




 PAI PAULINHO, COM TATA CAVEIRA, O ANFITRIÃO DA QUIMBANDA
PADILHA ENCANTANDO OS CONVIDADOS

PAI ANDRE D'OXUM COM ALISSOM D'BARÁ


TATA CAVEIRA

MARIA PADILHA




BELEZA E CAPRICHO NA DECORAÇÃO DA ARUANDA






APROVEITE A SEMANA REGIDA PELA SENHORA DOS LAGOS


Para passar em concurso público:

Consiga água de lago ou lagoa e faça um banho cozido com folhas de lágrima de Nossa Senhora, pétalas de rosas amarelas e alfazema. Coe e tome esse banho do pescoço para baixo.

Simpatia da semana: Para seu dinheiro render

Por mais que você poupe, seu din  din não dura nada? Então pegue sete folhas de louro e uma moeda de qualquer valor e coloque dentro de um saquinho plástico. Pegue este saquinho e jogue dentro de uma lixeira de banco e ao sair diga baixinho "acompanhe-me riqueza e faça o meu dinheiro render". Faça com fé e renda o seu din din.

Oferenda para Oxum Olobá

Feijão miúdo cozido e enfarofádo com farinha de mandioca, 4 ovos cozidos e partidos.
Opcional: Flores, pudim, ambrosia, cerejas, doce olho de sogra amarelo, leque, espelho, pente, perfume, omolocum (bolo de feijão miúdo cozido em forma de bola com firo no meio e mel).
Despache na beira de um lago.


Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo email 
buzionline@hotmail.com   


terça-feira, 20 de março de 2012

TRADUÇÃO DAS REZAS ( CONT.)


TOQUE DJÉJÉ (Bravun)

T - Ou lè Bàrà yà b'odù màá sànà bò rè Elegba
(Você, Bará, pode se dividir como os dignos dos búzios, sempre é dono do caminho, regressa e benze-nos senhor do chicote.)
R -  Ou lè Bàrà yà b'odù màá sànà bò rè Elegba
(Você, Bará, pod dividir como os dignos dos búzios,e se sempre é dono do caminho, regressa e benze-nos senhor do chicote.) 
T - Ou lè Bàrà yà b'odù, Á sà K'èrè K'ewé
(Você, Bará, pode dividir como os dignos dos búzios, vem correndo recolher nossas oferendas e as ervas)
R - Ou lè Bàrà yà b'odù, Á sà K'èrè K'ewé
(Você, Bará, podeTraga-nos as respostas de Ifá dividir como os dignos dos búzios, vem correndo recolher nossas oferendas e as ervas)
T - Bàrà mótótó mótótó mo dúpe ou
(Oh! Bará, corta, corta e eu te agradeço)
R - Bàrà' mim àjó K'èrè kè. À mò dùpe ou
(Bará, eu em minha jornada pela vida,recolho as suas bençãos e lhe chamo, vem, eu te agradeço.)
T - Elégbà yà B'òdu!
(Senhor do chicote, traga as respostas dos búzios)
R - Á b'àdó yó bè f'altar
(Venha com a cabaça que une nossos apelos, use o meu corpo)
T - Tamaki elìjó tamaki e kà p'jó
(Termine senhor da dança, o senhor sabe a hora de parar a sua dança)
R - Tamaki Á Kó'sù Légba, tamaki elijó
(Termine e venha recolher suas oferendas Exu Legbá, senhor da dança)
T - Ou Légba ou!
(Oh Legba!)
R - àkàrà jà!
(Força que luta)
T - Ga máa sekó
(Elevado, sempre faça e nos ensine)
R -  àkàrà jà!
(Força que luta)
T - Yà b'odù máa d'okerè k'erè k'erè d'OK'ourò k'orò k'orò, deu k'èrè k'èrè k'èrè yà b'odù màa Elègbá
(Traga-nos as respostas de Ifá, venha sempre recolher as suas oferendas, traga-nos riquezas e lucros,Traga-nos as respostas de Ifá, Dono do castigo.)
 R - Yà b'odù máa d'okerè k'erè k'erè d'OK'ourò k'orò k'orò, deu k'èrè k'èrè k'èrè yà b'odù màa Elègbá
(Traga-nos as respostas de Ifá, venha sempre recolher as suas oferendas, traga-nos riquezas e lucros,Traga-nos as respostas de Ifá, Dono do chicote.)
T - Ògúm lé bá Ògúm se rere
(Ogum, venha ao nosso encontro, Ogum faz o bem)
R - Ògúm!
(Ogum)

G-IJÓ
(CORTE DA DANÇA)

Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo email buzionline@hotmail.com  




segunda-feira, 19 de março de 2012

A SENHORA DOS LAGOS AJUDARÁ NO CASAMENTO E LAZER

Regência da Semana: Oxum Olobá 18/03/2012

A Senhora doa Lagos te deixará confiante e ajudará no casamento e lazer. Comunique-se sem criticar as pessoas.

Simbologia:

Oxum Olobá é representada pelo leque de ouro.

Oferenda:

Canjica amarela cozida com mel, e uvas brancas por cima.

Cores:

Amarelo ouro e branco que simbolizam instrução e atraem concentração.

Dia:

Sábado, ideal para a meditação.

Características do Orixá:

Oxum Olobá é encantadora e sensual. É filha de Iemanjá com Órugan e irmã de Oxum Epandá. Originária da Nigéria, Olobá é cultuada pelos Yorubás à beira de lagos e lagoas, onde lhe oferecem muitos axés. Saudação: Iêieô.

Magia de Olobá para o Amor voltar:

Forre um prato de papelão com folhas de mamono. Escreva o nome da pessoa em forma de cruz com o seu por cima e coloque em cima das folhas. Faça um manjar com bastante leite de coco e coloque por cima de tudo. Faça uma mistura com canjica amarela crua, noz moscada ralada, açúcar cristal e jogue por cima do manjar, de forma que cubra tudo. Arrie esta magia na beira de um lago ou lagoa pedindo com fé a Oxum Olobá.
Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo email buzionline@hotmail.com 




domingo, 18 de março de 2012

ESTE TEXTO É DEDICADO AOS MEUS GUERREIROS DA LUZ (EM ORDEM DE FEITURA) RONALDO D'OGUM ONIRA, GILSON D'OGUM ADIOLÁ, LUIZ GUSTAVO D'OGUM ADIOLÁ, SIONE D'OGUM OLOBEDÉ E JOÃO CARLOS D'OGUM ADIOLÁ, À ELES E AOS SEUS ORIXÁS O MEU OGUNHÊ... PATACORÍ OGUM

Foi não há muito tempo atrás, que esta história aconteceu. Contada aqui de uma forma romanceada, mas que trás em sua essência, uma verdadeira mensagem para os africanistas ...
Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pelos de corpo. Realmente o sol tinha se escondido nesse dia, e a lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios, brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás.
Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das "Guerras", saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos, e dirigiu-se ao mar. Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram-se. Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso.
Iemanjá, ao ver o filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe "coruja" quando revê um filho que à tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração:
- Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo! você podia vir mais vezes visitar sua mãe, não é mesmo? - ralhou Iemanjá, com aquele típico de contrariedade.
- Desculpe, sabe, ando meio ocupado... - Respondeu um triste Ogum.
- Mas, o que aconteceu? Sinto que estás triste.
- É, vim até aqui para "desabafar" com você "mãezinha". Estou cansado. Estou cansado de muitas coisas que os humanos fazem em meu nome. Estou cansado do que eles fazem com a "Espada da Lei" que julgam carregar. Estou cansado de tanta demanda. Estou muito cansado das "supostas" demandas, que apenas existem dentro do íntimo de cada um deles... Estou muito cansado...
Ogum retirou seu elmo, e por detrás de seu lindo capacete, um rosto belo e de traços fortes pode ser visto. Ele chorava. Chorava uma dor que carregava a tempos. Chorava, por ser tão mal compreendido pelos filhos africanistas. Chorava, por ninguém entender, que se ele era daquele jeito, protetor e austero, era por que em seu peito a chama da compaixão brilhava. E, se existe, um Orixá leal, fiel e companheiro, esse Orixá é Ogum. Ele daria a própria vida, por cada pessoa da humanidade, não apenas pelos seus filhos de cabeça. Não! Ogum amava a humanidade, amava a vida...
Mas infelizmente suas atribuições não eram realmente entendidas. As pessoas não viam em sua espada, a força que corta as trevas do ego,  e logo a transformavam em um instrumento de guerra. Não viam nele a potência e a força de vencer os abismos profundos, que criam verdadeiros vales de trevas na alma de todos. Não viam em sua lança, a direção que aponta para o autoconhecimento, para a iluminação interna e eterna.
Não! Infelizmente ele era entendido como o "Orixá da Guerra", u, homem impiedoso que utiliza-se de sua espada para resolver qualquer situação. E logo, inspirados por isso, lá iam os filhos africanistas e umbandistas esquecer dos trabalhos de assistência à espíritos sofredores, a almas perdidas entre mundos, aos trabalhos de cura, esqueciam do amor e da compaixão, sentimentos básicos em qualquer religião, para apenas realizarem " quebras e cortes" de demandas, muitas das quais nem mesmo existem, ou quando existem, muitas vezes são apenas reflexos do próprio estado de espírito de cada um. E mais, normalmente, tudo isso torna-se uma guerra de vaidade, um show "pirotécnico" de forças ocultas. Muita "espada, muito "tridente, muitas "armas", pouco coração, pensamento elevado e crescimento espiritual.
Isso magoava Ogum. Como magoava...
- Ah, filhos de todas as religiões, porque vocês esquecem que todas as religiões ligadas ao espiritismo são pura e simplesmente amor e caridade? A minha espada sempre protege o justo, o correto, aquele que trabalha pela luz, fiando seu coração em Olorum. Porque esquecem que a esquecem que a espada da lei só pode ser manuseada pela mão direita do amor, insistindo em empunhá-la com a mão esquerda da soberbia , do poder transitório, da ira, da ilusão, transformando-na em apenas mais uma espada semeadora de tormentos e destruição...
Então, Ogum começou a retirar dua armadura, que representava a proteção e firmeza no caminho espiritual que este Orixá traz para a nossa vida. E totalmente nu ficou à frente de Iemanjá. Cravou sua espada no solo. Não queria mais lutar, não daquele jeito. Estava cansado...
Logo um estrondo foi ouvido, e, o querido, mas também temido Xapanã apareceu. E por incrível que pareça, o mesmo aconteceu. Ele não aguentava mais ser visto como uma divindade da peste e da magia negativa. Não entendia, como ele, o guardião da vida podia ser invocado para atentar contra ela. Magoava-se por sua alfange da morte, que é o princípio que tudo destrói, para que então a mudança e a renovação aconteçam, ser tão temida e mal compreendida pelos homens.
Mas o mais incrível estava por acontecer. Uma tempestade começou a desabar aumentando ainda mais o aspecto incrível e tenebroso daquela estranha noite. E todos os outros Orixás começaram a aparecer, para logo,  começarem também a despir suas vestimentas sagradas, além de deixarem aos pés de Iemanjá suas armas e ferramentas simbólicas...
Faziam isso em respeito a Ogum e Xapanã, dois Orixás muito mal compreendidos pelos africanistas. Faziam isso por si próprios. Iansã queria que as pessoas entendessem  que seus ventos sagrados são o sopro de Olorum, que espalha as sementes de luz do seu amor. 
Odé queria ser reverenciado como aquele que, com flechas douradas do conhecimento, rasga as trevas da ignorância.
Xangô Agodô apagou seu fogo encantador, afinal, ninguém lembrava da chama que intensifica a fé e a espiritualidade. Apenas daquele que devora e destrói. Os vícios dos outros, é claro...
Um a um, todos foram despindo-se e pensando o quanto os seus filhos na terra compreendiam erroneamente os Orixás.
Iemanjá, totalmente surpresa e sem reação, não sabia o que fazer. Foi quando uma irônica gargalhada cortou o ambiente. Era Bará, o controvertido Orixá das encruzilhadas, o mensageiro, o guardião, também chegava para a reunião.
Mas o Bará , estava muito diferente dr como normalmente apresentava-se. Andava curvado, como se segurando um grande peso nas costas. Tinha na face, a expressão do cansaço, mas, mesmo assim, gargalhava muito. Ele nunca perdia o senso de humor!
E  o Bará  também repetia aquilo que todos os Orixás foram fazer na casa de Iemanjá. Despiu-se de tudo, Bará, sem dúvida, era o que mais razão tinha de ali estar. Inúmeros, eram os absurdos cometidos pelas pessoas em nome dele. Sem contar o preconceito, que o próprio africanista ajudou a criar, dentro da sociedade, associando-o à figura do Diabo:
- Terrível esta situação- falo o Bará. - Hahaha, lamentável isso tudo, hahaha..lamentável.- O Bará chorava, mas, continuava a sorrir. Essa era a natureza dele...

Iemanjá estava desesperada! Estavam todos lá, pedindo a ela um conforto. Mas nem mesmo a encantadora "Rainha do Mar" sabia o que fazer...
- Esperem! - pensou Iemanjá. - Oxalá, Oxalá não está aqui! Ele com certeza saberá como resolver a situação.
E logo Iemanjá colocou-se em oração, pedindo a presença daquele que é o Rei entre os Orixás. Oxalá apresentou-se na frente de todos. trazia o seu opaxorô, o cajado que sustenta o mundo. Cravou ele na terra, ao lado da espada de Ogum. Também despiu-se de sua roupa sagrada, para igualar-se a todos, e sua voz ecoou pelos quatro cantos do Orum:
- Olorum, manda uma mensagem a todos vocês meus irmãos e filhos queridos! Ele diz para que não desanimem, pois, se poucos realmente os compreendem, aqueles que assim o fazem, não medem esforços para disseminar essas verdades divinas. Fechem os olhos e vejam, que mesmo com muita tolice e bobagem relacionada e feita em nossos nomes, muita luz e amor também está sendo semeado, regado e colhido, por mãos de sérios e puros trabalhadores nesse às vezes triste, mas, abençoado planeta Terra.Esses verdadeiros filhos de fé que lutam por uma religião séria, sem os absurdos que por aí acontecem. Esses que muito além de "apenas" prestarem o socorro espiritual, plantam a semente dentro do coração de milhares de pessoas. Esses que passam por cima das dificuldades materiais, e das pressões espirituais, realizando um trabalho magnífico, atendendo milhares na matéria, mas também, milhões no astral, construindo verdadeiras "bases de luz", na crosta, onde a espiritualidade e religiosidade verdadeira irão manifestar-se. Esses que realmente nos compreendem e buscam-nos dentro do coração espiritual, pois é lá que o verdadeiro Orum reside e existe. Esses incríveis filhos do africanismo, que não colocam as responsabilidades da vida deles em nossas costas, mas sim, entendem que tudo depende exclusivamente deles mesmos. Esses fantásticos trabalhadores anônimos, soltos pelo Brasil... pelo mundo, que honram e enchem a religião de alegria, fazendo a filhinha mais nova de Olorum brilhar e sorrir... A Umbanda...
Quando Oxalá calou-se os Orixás estavam mudados. Todos eles tinham suas esperanças recuperadas, realmente viam que se poucos os compreendiam, grande era o trabalho que estava sendo realizado, e talvez, daqui a algum tempo, muitos outros juntariam-se nesse ideal. E aquilo alegrou-os tanto que todos começaram a assumir suas verdadeiras formas, que são de luzes fulgurantes e indescritíveis. E lá, do plano celeste, brilharam e derramaram-se em amor e compaixão pela humanidade.
Em Aruanda, os caboclos, preto-velhos e crianças, o mesmo fizeram. Largaram tudo, também se despiram e manifestaram sua essência de luz, sua humildade e sabedoria comungando a benção dos Orixás. Na terra baianos, marinheiros, boiadeiros, ciganos e todos os povos de Umbanda, sorriam. Aquelas luzes que vinham lá do alto os saudavam e abençoavam seus abnegados e difíceis trabalhos. Uma alegria e bem-aventurança incríveis invadiram os seus corações. Largaram as armas. Apenas sorriam e abraçavam-se. O alto os abençoava...
Mas, uma ação dos Orixás, nunca fica limitada, pois é divina, alcançando assim, a tudo e a todos. E lá, no baixo astral, aqueles guardiões e guardiãs da lei nas trevas também foram alcançados pelas luzes deles, os Senhores do Alto. Largaram as armas, as capas, e lavaram suas sofridas almas com aquele banho de luz. Lavaram seus corações, magoados por tanta tolice dita e cometida em nome deles. Exus e Pomba-Giras, naquele dia foram tocados pelo amor dos Orixás, e com certeza, aquilo daria força para mais muitos milênios de lutas insaciáveis pela luz. Miríades de espíritos foram retirados do baixo-astral, e pela vibração dos Orixás puderam ser encaminhados novamente à senda que leva ao criador.
E na terra toda a humanidade foi abençoada. Aos tolos que pensam que os Orixás pertencem à uma única religião ou a um povo ou tradição, um alerta. Os Orixás amam a humanidade inteira, e por todos olham carinhosamente. Aquela noite que tinha tudo para ser uma das mais terríveis de todos os tempos, tornou-se benção na vida de todos. Do alto ao embaixo, da esquerda até a direita, as diferenças de paz e luz deram as mãos e comungaram daquele presente celeste, vindo diretamente do Orum, a morada celestial dos Orixás.
Vocês, africanistas, pensem bem! Não transformem a religião em um campo de guerra, onde os Orixás são vistos como "armas" para vocês acertarem suas contas terrenas. Muito menos se esqueçam do amor e compaixão, chaves de acesso ao mistério de qualquer um deles. Religião é simples, é puro sentimento, alegria e razão...
Lembrem-se disso. E quanto a todos aqueles, que lutam por uma religião séria, esclarecida e verdadeira, independente da linha seguida, lembrem-se das palavras de Oxalá ditas linhas acima: Não desanimem com aqueles que vos criticam, não fraquejem por aqueles que não tem olhos para verem o brilho da verdadeira espiritualidade. Lembrem-se que vocês também inspiram e enchem os Orixás de alegria e esperança. A todos que lutam pelas religiões africanas nessa terra de Orixás, esse texto é dedicado.
Honre-los.

Sejam luz, assim como eles!
Epa babá.
Axé à todos que por aqui passarem...