quarta-feira, 14 de agosto de 2013

ORIXÁ XAPANÃ

Sobre o Orixá:
Este Orixá conhecido por sua fúria e vingança contra malfeitores e pessoas que tratam as coisas sem o devido respeito e honestidade, é muito respeitado em todas as Nações da África ao Brasil. Pertence a Xapanã todas as doenças materiais e espirituais, principalmente as doenças de pele, como varíola e a lepra, com estas normalmente castiga quem merece. Uma de suas missões no mundo material e espiritual, é varrer as coisas que não tem mais utilidade, por este e outros motivos, é um dos Orixás que responde junto com Xangô e Iansã pelos processos de desencarnação, pelos cemitérios, pela destruição e em defesa dos espíritos maléficos.




Detalhes do Orixá:
Saudação: Abao

Dia da Semana: Quarta-feira

Número: 07 e seus múltiplos

Cor: Vermelho e Preto

Guia: uma conta vermelha e uma preta

Oferenda: Pipoca, feijão miúdo torrado, feijão preto cozido, amendoim torrado, um opeté de batata inglesa e sete tiras de carne crua sem gordura ou nervo

Adjuntós: Xapanã Jubeteí com Oiá ou com Obá, Xapanã Belujá com Iansã ou com Oxum Olobá, Xapanã Sapatá com Iansã ou com Obá

Ferramentas: Xaxará, vassoura, cachimbo, favas, moedas e búzios.

Ave: Galo Carijó(preto e branco) ou vermelho

Quatro pé: Cabrito Branco ou qualquer cor, menos preto




Sincretismo Religioso:


Xapanã Jubeteí: São Roque quando faz adjuntó com Oiá, São Lázaro quando faz adjuntó com Obá

Xapanã Belujá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Oxum Olobá, Senhor dos Passos quando faz adjuntó com Iansã

Xapanã Sapatá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Iansã, São Lázaro quando faz adjuntó com Obá


Os Arquétipos (filhos):


Seus filhos são obstinados e honestos, mas por outro lado são rancorosos. Gostam muito de prestar ajuda aos outros e são extremamente sensíveis. Tem rosto anguloso, tronco pequeno e, na maioria das vezes são magros e altos com manchas no corpo.


Lenda:


Xapanã, originário de Tapa, leva seus guerreiros para uma expedição aos quatro cantos da terra. Uma pessoa ferida por suas flechas ficava cega, surda ou manca, Obaluaê-Xapanã chega ao território de Mahi no norte de Daomé, matando e dizimando todos os seus inimigos e começa a destruir tudo o que encontra a sua frente. Os Mahis foram consultar um Babalaô e o mesmo ensinou-os como fazer para acalmar Xapanã. O Babalaô diz que estes deveriam tratá-lo com pipocas, que isso iria tranqüiliza-lo, e foi o que aconteceu. Xapanã tornou-se dócil. Xapanã contente com as atenções recebidas mandou construir um palácio onde foi viver e não mais voltou ao país Empê. O Mahi prosperou e tudo se acalmou. Xapanã continua sendo saudado como rei de Nupê e pai em Empê.



Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Xapanã viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Xapanã não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro. Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Xapanã entrou, mas ninguém se aproximava dele. Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Xapanã e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os orixás dançavam alegremente com suas equedes. Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Xapanã pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Xapanã, o deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador. Xapanã Sapatá e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.



Sua Mãe, Nanã Burukun, abandonou-O na praia quando pequeno por suas feridas em grande quantidade. Xapanã foi recolhido as profundezas do oceano, cuidado e criado por Iemanjá, que fez para Ele uma roupa de palha-da-costa, cobrindo-O da cabeça aos pés. Ficou forte e saudável, porém as cicatrizes nunca desapareceram. Normalmente os filhos deste Orixá são marcados pelo corpo, com pequenas feridas, espinhas, manchas e secreções que assim como aparecem, desaparecem, ficando neste processo pelo resto da vida.



As Rezas:
Atenção: As Rezas estão escritas como são respondidas. Assim sendo, não apresentam a grafia correta da língua africana Yorubá.

OBELÉFA JARÔ OBELÉFA JARÔ

OBELÉFA JARÔ OBELÉFA JARÔ



OBELEFÁ TALA TALOMÃ

ASSAGERE BAONI ONI OBÁ OIÁ ASSAGERE BAONI



EQUEBAU INABAU INABAU ABARISSE ODÉ

EQUEBAU INABAU INABAU ABARISSE ODÉ



AÊ AÊ AI CORUMÃ AI CORUMÃ INABAU EBAORÔ

AÊ AÊ AI CORUMÃ AI CORUMÃ INABAU EBAORÔ



ASSAGERE AFUÁ ABAO ERUMALÉ

ASSAGERE AFUÁ ABAO ERUMALÉ

ABAO ERUMALÉ

ABAO ERUMALÉ

ABAO ERUMALÉ



ASSURISTA QUELO QUELO

ASSURISTA QUELO QUELO



OQUIRÊ Ê

AÊ AÊ



AÊ ALELUIA LUCACHUMALÉ

AÊ ALELUIA LUCACHUMALÉ



TALAFUAÔ OBELEFA TALAFUMALÉO

TALAFUAÔ OBELEFA TALAFUMALÉO



LEPÔ LEPÔ LEPÔ

COLEJANJAN COLEJAN



LEPÔ LEPÔ LEPÔ

COLEJANJAN COLEJAN



INHA INHA INHA

COLEJANJAN COLEJAN



MUCHÁ MUCHÁ CONFÃ

MUCHÁ MUCHÁ CONFÃ



COFANI JACOFÃNI CHE

JACOFÃ



XAPANÃ MOBÉLEO ORIXÁ MOBÉLEO

AÊ ERUMALÉO



ACARÁ LOQUE LOQUE

ACARÁ Ô QUE LOQUE LOQUE ACARÁ



BELUJÁ BELUJO OLONINHA

BELUJÁ BELUJO OLONINHA



VAMOLELAI BABAEPÔ

VAMOLELAI BABAEPÔ



VAMO MARACAJÁ MARACAJÁ FIOLAEO

VAMO MARACAJÁ MARACAJÁ FIOLAEO



VAMOLELAI BABAEPÔ

VAMOLELAI BABAEPÔ



LEPÔ LEPÔ LEPÓ

CARAMBÓ CARAMBÓ



LACOPADÊ

AMODIBAU AMONICÉ



SAPATÁ SOBOÊ ALARISSÔ ONIRE SOBO

SAPATÁ SOBOÊ ALARISSÔ ONIRE SOBO



SOBOÊ SAPATÁ MEDASSUNSSÊ OFORIBE NASSUREBA XAPANÃ AÊ AÊ

SOBOÊ SAPATÁ MEDASSUNSSÊ OFORIBE NASSUREBA XAPANÃ AÊ AÊ



ALA TALADÊ ALA TALADÊ

E EAÊ ORO GAMA TALADÊ ORO GAMA TALADÊ

ORO GAMA TALADÊ

E EAÊ ORO GAMA TALADÊ ORO GAMA TALADÊ



BARÁ BARÁUNDÊ SAPATÁ UÊ MONICÉU BARÁ BARÁUNDÊ SAPATÁ UÊ MONICÉU

BARÁ BARÁUNDÊ SAPATÁ UÊ MONICÉU BARÁ BARÁUNDÊ SAPATÁ UÊ MONICÉU



MOCEQUEBA MOCEQUEBA MORISSÔ EAÊ MOCEQUEBA MOCEQUEBA MORISSÔ EAÊ

MOCEQUEBA MOCEQUEBA MORISSÔ AEAÊ MOCEQUEBA MOCEQUEBA MORISSÔ ELEUARA

MOCEQUEBA MOCEQUEBA MORISSÔ EAÊ MOCEQUEBA MOCEQUEBA MORISSÔ EAÊ

MOCEQUEBA MOCEQUEBA MORISSÔ AEAÊ MOCEQUEBA MOCEQUEBA MORISSÔ ELEUARA



BARÁ BARÁ NICHORO BARÁ BARÁ NICHORO SAPATÁ MOQUEREMA NICHORO

BARÁ BARÁ NICHORO BARÁ BARÁ NICHORO SAPATÁ MOQUEREMA NICHORO



ARA MOQUEREMA DIO ARA MOQUEREMA MOQUEREMA MOQUEREMA ARA MOQUEREMA DIO

ARA MOQUEREMA DIO ARA MOQUEREMA MOQUEREMA MOQUEREMA ARA MOQUEREMA DIO



SAPATONIRE GUAJURE SAPATONIRE GUAJURE SAPATONIRE GANGAN SAPATONIRE GANGAN

SAPATONIRE GUAJURE

SAPATONIRE GUAJURE SAPATONIRE GUAJURE SAPATONIRE GANGAN SAPATONIRE GANGAN

SAPATONIRE GUAJURE



DIRE DIRE SAPATÁ ONIRE DIRE DIRE SAPATÁ

DIRE DIRE SAPATÁ ONIRE DIRE DIRE SAPATÁ



XAPANÃ AÊ XAPANÂ MANDO QUERE XAPANÂ MANDO QUERE O QUERE AÊ AÊ

AÊ AÊ XAPANÂ MANDO QUERE XAPANÂ MANDO QUERE O QUERE AÊ AÊ



QUEREQUE QUEMAITÁ

QUEREQUE QUEMAITÁ



AMONICÉU SAPATÁ NICÉU AUÊ

AMONICÉU SAPATÁ NICÉU AUÊ



ALUPA ALUPA ALUPA ALUPA OIANRUNDÊ OIARUNDÊ SAPATÁ MAGÊ AÊ

ALUPA ALUPA ALUPA ALUPA OIANRUNDÊ OIARUNDÊ SAPATÁ MAGÊ AÊ



ARUMPEPE AI CORUMÃ

GAMARUMPEPE ARUMPEPE AI CORUMÃ GAMARUMPEPE



CONI COMIAJÔ ARUNDÊ SALADE DEUÁ CONI COMIAJÔ ARUNDÊ SALABE DEUÁ

OIÁ MADOQUÊ ARUNDÊ SALADE DEUÁ OIÁ MADOQUÊ ARUNDÊ SALABE DEUÁ

CONI COMIAJÔ ARUNDÊ SALADE DEUÁ CONI COMIAJÔ ARUNDÊ SALABE DEUÁ

OIÁ MADOQUÊ ARUNDÊ SALADE DEUÁ OIÁ MADOQUÊ ARUNDÊ SALABE DEUÁ



ELUACAJÁ MOROCOTILE TILEUM ACAJÁ ELUACAJÁ MOROCOTILE TILEUM ACAJÁ EUAPECO ERE UÊ EUAPECO ERE UÁ EUAPECO ERE UÊ EUAPECO ERE UÁ ELUACAJÁ MOROCOTILE TILEUM ACAJÁ

ELUACAJÁ MOROCOTILE TILEUM ACAJÁ ELUACAJÁ MOROCOTILE TILEUM ACAJÁ EUAPECO ERE UÊ EUAPECO ERE UÁ EUAPECO ERE UÊ EUAPECO ERE UÁ ELUACAJÁ MOROCOTILE TILEUM ACAJÁ



QUE BOMACELO QUE BELUJÁ

AJAJA QUE BOMACELO QUE BELUJÁ AJAJA



OBOMIROCO

AÊ AÊ SAPATÁ



OCOCO SAPATÁ OCOCO SAMIRE

ANARAUÊ OROMILAIA



BELE COMINHA FARUMBELE

AÔ AÔ BELE COMINHA FARUMBELE AÔ AÔ



ABLESÚ ABLESÚ LUDÃ ABLESÚ LUDÃ ABLESÚ LUDÃ

ABLESÚ ABLESÚ LUDÃ ABLESÚ LUDÃ ABLESÚ LUDÃ



SULUBALÚ SULUBALÚ AÊ ASSESSUM SAPATÁ SULUBALÚ AÊ

SULUBALÚ SULUBALÚ AÊ ASSESSUM SAPATÁ SULUBALÚ AÊ



MASSAPAIA MASSAPAIA MASSAPAIA DORÊ

SOBODOIRE MASSAPAIA MASSAPAI DORÊ



SOBODOIRE MASSAPAIA

MASSAPAIA DORÊ

terça-feira, 13 de agosto de 2013

TRADUÇÃO DAS REZAS DE XAPANÃ

Xapanã

Saudação:
Tamboreiro - A júbà Sònpònnó jubéteyi bèlújá sápatà, Sònpònnó’ bàlúwàiyé, mólù. A ba ou! (Respeitamos o Xapanã que supera, corta e se manifeste perseverante atravessando o povo, corre e mata os inimigos. Xapanã, rei do povo, vem ao mundo limpar e golpear. Inclinamo-nos perante a ti!)
Responder - Ao ba ou! (Inclinamo-nos perante a ti!)
 
 

T - Jàró jàró Onídán koko ou ní jàró (Descobre as mentiras realizador de milagres, você tem que descobrir as mentiras)
R - Jàró jàró Onídán koko ou ní jàró (Descobre as mentiras realizador de milagres, você tem que descobrir as mentiras)
T - Mú jà mú jà, ké ri mú jà, mú jà mú jà, ké ri mú jà wò (Apanhe, esforce-se, corte, olhe, apanhe, esforce-se, corte, olhe, apanhe, esforce-se e cuide)
R - Mú jà mú jà, ké ri mú jà, mú jà mú jà, ké ri mú jà wò (Apanhe, esforce-se, corte, olhe, apanhe, esforce-se, corte, olhe, apanhe, esforce-se e cuide)
T - Mo b’ lè fò jàró mo b’ lè fò jàró (Eu rogo à terra, olha e descobre os enganos)
R - Mo b’ lè fò jàró mo b’ lè fò jàró (O conhecimento rogo à terra, olha e descobre os enganos)
T - Àsà j’ewo já fun wa wó ao ba ou erúnmalè (Na tradição violar a tradição nos derruba, nos faz cair, inclinamo-nos perante a ti, espírito de luz)
R - Ao sá jé nú yà fun wa wó ao ba ou erúnmalè (Pedimos que permita limpar-nos livrando da queda. Inclinamo-nos perante a ti, espírito de luz)
T - Ao ba ou erúnmalè (Inclinamo-nos perante a ti, espírito de luz)
R - Ao ba ou erúnmalè (Inclinamo-nos perante a ti, espírito de luz)
T - Okùn yé aiyé! (Salve portador da coroa de contas no mundo)
R - Ààyé yé ààyè (Vida por favor, vida)
T - Èle mo b’ lè fá tàlà bò lànà (Eu rogo à terra que limpe a violência, retorne do começo abrindo os caminhos)
R - Ao sá jé nú ba òní, òní oba ou já, ao sá jé nú ba òní (Pedimos que permita limpar-nos e inclinarmos. Hoje seu rei destrói, pedimos que permita limpar-nos e nos inclinarmos)
T - Tàlà fò wá ou! E lè fá tàlà fun malè (Oh! Do começo vem olhando, senhor pode limpar desde o princípio para os espíritos de luz)
R - Tàlà fò wá ou! E lè fá tàlà fun malè (Oh! Do começo vem olhando, senhor pode limpar desde o princípio para os espíritos de luz)
T - Èké ba ou, iná ba ou, iná ba ou, eb l’isé ode (A mentira se dobra perante a ti, o fogo se dobra perante a ti. Você exige trabalhar fora [ter seu assentamento separado do resto dos Orixás])
R - Èké ba ou, iná ba ou, iná ba ou, eb l’isé ode (A mentira se dobra perante a ti, o fogo se dobra perante a ti. Você exige trabalhar fora)
T - Ààyè adé’lú a lùpa ju mule (Vida coroa do povo, nós matamos com um golpe e superamos os juramentos inquebráveis [cumprimos com eles])
R - Ààyè... Adé’lú a lùpa ju mule (Vida... Coroa do povo, nós matamos com um golpe e superamos os juramentos inquebráveis)
T - E lù e lùpa ju mule, e lù e lùpa ju mule wò (Senhor golpeia, mata com um só golpe, supera os juramentos inquebráveis e observa)
R - E lù e lùpa ju mule, e lù e lùpa ju mule wò (Senhor golpeia, mata com um só golpe, supera os juramentos inquebráveis e observa)
T - Oko ru mã oko ru mã afá bá meu ba orò (O campo oferece sempre, o campo oferece sempre uma ponte para me encontrar reverenciando o espírito) 
R - Aiyé aiyé oko ru mã oko ru mã afá bá meu ba orò (O mundo dos antepassados do campo oferece sempre, o campo oferece sempre uma ponte para me encontrar reverenciando o espírito)
T - A ju ìjà sei lù sei lù (Nós permitimos a luta, age e golpeia, age e golpeia)
R - A ju ìjà kò o kò o (Nós permitimos a luta não vá, não vá)
T - A ju ìjà kò o kò o (Nós permitimos a luta não vá, não vá)
R - A ju ìjà sei lù sei lù (Nós permitimos a luta, age e golpeia, age e golpeia)
T - L’epo l’epo l’epo (Use o azeite de dendê, use o azeite de dendê)
R - Kó lè janjan kó lè’são (Pode recolher intensamente com o instrumento de rabo de cavalo)
T - Níyà níyà níyà (Castigue, castigue, castigue)
R - Kó lè janjan kó lè’são (Pode recolher intensamente com o instrumento de rabo de cavalo)
T - E mú jà, mú jà, mú jà k’otà (Senhor recolhe e luta, recolhe e luta, recolhe, luta e corte os inimigos)
R - E mú jà, mú jà, mú jà k’otà (Senhor recolhe e luta, recolhe e luta, recolhe, luta e corte os inimigos)
T - Jà kó pani, jà kó panígbe (Lute, recolha-os, que sejam assassinados, lute recolha-os, faça-os chorar)
R - Jà kó p (Lute, recolha e mate)
T - Sònpònnó mo bè l’èrù òrìsà mo bè l’èrù (A Xapanã eu rogo no medo, ao Orixá eu rogo no medo)
R - Ààyè èrù malè wó (Rompe os medos da vida, espírito de luz)
T - Sàkpàtà ku’lha meu (Xapanã paralisa meu inimigo)
R - Olomi l’awo (Dono da água na pele)
T - Sàkpàtà ku egba mo (Xapanã paralisa o chicote destruidor)
R - Olomi l’awo (Dono da água na pele)
T - Sàkpàtà òb nem tè õwo (Xapanã, a faca tem que pressionar o furúnculo)
R - Sàkpàtà òb nem òbe nem tè õwo (Xapanã, a faca tem que pressionar o furúnculo)
T - E lè’gbára òní tè òbe l’awo, agbára oni tè òbe l’awo (Senhor, pode com força pressionar a faca na pele, com força hoje pressione a faca na pele)
R - E lè dáàdáá’ gbára òní tè òbe l’awo (Senhor, pode ser bondoso, com força hoje pressione a faca na a pele)
T - Àk’ara lókè lókè lókè (Recolhe o corpo suave, suave, suave)
R - Àk’ara lókè lókè lókè àk’ara (Recolhe o corpo suave, suave, suave, recolhe o corpo)
T - Sàkpàtà sou bo wè onà ìsó a ní só bò (Xapanã olhe e entra, ampara nosso caminho e nos protege, nós temos amparo)
R - Sàkpàtà sou bo wè onà ìsó a nem só bò (Xapanã olhe e entra, ampara nosso caminho e nos protege, nós somos protegidos, entra)
T - Só bo wè meu Sàkpàtà l’arun yé sou bo ibè ná súré mã Sàkpàtà má bé sà wè (Olhe, entra e nos ampara Xapanã, me cure na enfermidade, olhe, entra e te manifeste correndo sempre. Xapanã não corte a aplicação da medicina e o banho)
R - Só bo wè meu Sàkpàtà dêem Sun sé só bo ire ná sure ba Sònpònnó ààyè ààyè (Olhe, entra e me ampara Xapanã, estou necessitado, olhe, entra com bênção, te manifeste correndo escondido Xapanã. Vida, vida)
T - Mó sé ké’bà, mó sé ké’bà amodi sou, yé ààyè! E lù ga mã mó sei ké’bà amodi sou, yé ààyè! E lù ga mã mó sé ké’bà amodi sou, yé ààyè! E lù ga mã mó sÉ ké’bà amodi sou, e odara ! (Ampara e age, cortando a febre, varre a enfermidade e tire-a, por favor, vida! Senhor golpeia e limpa, age cortando a febre, varrendo a enfermidade e tirando-a, senhor nos faça ficar bem)
R - Mó sé ké’bà, mó sé ké’bà amodi sou, yé ààyè! Sé ké’bà, mó sé ké’bà amodi sou, yé ààyè! Mó sé ké’bà, mó sé ké’bà amodi sou, yé ààyè! Mó sei ké’bà, mó sé ké’bà amodi sou, e lè wá ra! (Ampara e age cortando a febre, varre a enfermidade e tire-a, por favor, vida! Ampara e age cortando a febre, varre a enfermidade e tire-a, por favor, vida! É seu dever reparar!)
T - Ara mó ké lè mã jó, ara mó ké lè mã jó, mó ké lè mã, mó ké lè mã, òb w’ara mó ké lè mã jó (Limpe o corpo e corte que poderá sempre dançar, ampara, corta, usa sempre a dança e a faca para limpar o corpo e cortar, poderá sempre dançar)
R - Ara mó ké lè mã jó, ara mó ké lè mã jó, mó ké lè mã, mó ké lè mã, òb w’ara mó ké lè mã jó (Limpe o corpo e corte, que poderá sempre dançar, ampara, corta, usa sempre a dança e a faca para limpar o corpo e cortar, poderá sempre dançar)
T - Sàkpàtà bá r’arun dê Sàkpàtà ra wè, òní dê, Sàkpàtà bá r’arun dê Sàkpàtà ra wè, òní dê wò (Xapanã encontre e repara a enfermidade, chega Xapanã, te manifeste hoje, chega para banhar e vigiar)
R - Bá’ ra sei rà kún dê sà sà ru wè, ou nem pè wò, bá’ ra sei rà kún dê sà sà ru wè, ou nem pè wò (Encontre o corpo, faz o reparo ocupando-o, chegando, aplicando medicina e conduzindo o banho, você é o que chama pra cuidar)
T - Sàkpàtà oníre kú a ju’ ré Sàkpàtà oníre kú a ju’ ré Sàkpàtà oníre kó lè’ san Sàkpàtà oníre bè’lú’ são (Xapanã dono de bênçãos, a morte superamos com bênção. Xapanã dono de bênçãos, recolha e capacite o instrumento de rabo de cavalo. Xapanã dono de bênçãos, rogue pelo povo com o instrumento de rabo de cavalo)
R - Sàkpàtà oníre kú a ju’ ré Sàkpàtà oníre kú a ju’ ré Sàkpàtà oníre kó lè’ san Sàkpàtà oníre bè’lú’ são (Xapanã dono de bênçãos, a morte superamos com bênção. Xapanã dono de bênçãos, recolha e capacite o instrumento de rabo de cavalo. Xapanã dono de bênçãos, rogue pelo povo com o instrumento de rabo de cavalo)
T - Bá’ ra bá’ meu ra’ sorò Sàkpàtà bá’ meu ra’ sorò Sàkpàtà lóke lè mã bá’ra meu’ sòro (Usa meu corpo Xapanã, te manifeste em mim. Xapanã suba e venha sempre usar meu corpo e te expressar)
R - Bá’ ra bá’ meu ra’ sorò Sàkpàtà bá’ meu ra’ sorò Sàkpàtà lóke lè mã bá’ra meu’ sòro (Usa meu corpo Xapanã, te manifeste em mim. Xapanã suba e venha sempre usar meu corpo e te expressar)
T - O’ bà mbò mã’ ra ká já mã’ ra ká já fi òa e wò (A febre violenta está vindo sempre ao corpo, recolha-a e cure-a senhor, cuida)
R - O’ bà mbò mã’ ra ká já mã’ ra ká já fi òa e wò (A febre violenta está vindo sempre ao corpo, recolha-a e cure-a senhor, cuida)
T - Ori móko dê là ibà bá l’èkó (Que a cabeça prevaleça, chega que aparece a febre, nos ensina a deixá-la pra trás)
R - Ibà mbò dê là ibà bá l’èkó (A febre está vindo, chega que aparece a febre, nos ensina a deixá-la pra trás)
T - L’epo l’epo l’epo (Use o azeite de dendê)
R - K’ara mbò kara mbò (Está vindo pra recolher o corpo)
T - Bè’lú jà bè’lú jó olóníyà (Roga pelo povo e luta, roga pelo povo dançando dono dos castigos)
R - Bè’lú jà bè’lú jó olóníyà (Roga pelo povo e luta, roga pelo povo dançando dono dos castigos)
T - Kári ré ma l’epo kún jà ré ma kári ré m l’epo kún jà ré ma (Benze os arredores sempre usando o azeite de dendê, se manifesta, luta e benze continuamente)
R - Wélé wá ou yàn yè kári ré ma l’epo kún jà ré ma kári ré ma l’epo kún jà ré ma (Vem lentamente e escolhe alguém nos arredores, benze sempre usando azeite de dendê, se manifesta, luta e benze continuamente)
T - Ààyè ààyè Sònpònnó là nú ké rè Sònpònnó là nú ké rè là nú ké rè ààyè ààyè (Vida, vida Xapanã. Aparece, ampara e corta o cansaço, vida, vida)
R - Ààyè ààyè Sònpònnó là nú ké rè Sònpònnó là nú ké rè là nú ké rè ààyè ààyè (Vida, vida Xapanã. Aparece, ampara e corta o cansaço, vida, vida)
T - Èké rè ké má ìtan (Se a mentira aumentar, acabe com essa história)
R - Èké rè ké má ìtan (Se a mentira aumentar, acabe com essa história)
T - Alápa dê! (Chega senhor da matança)
R - Ainon ribà ainon risé (Senhor da terra percebe a febre, senhor da terra percebe o trabalho)
T - Ga mã jà sékó súnmó bé’run omo r’erò (Elevado sempre te esforce para ensinar, cura as chagas do filho usando o remédio)
R - Ga mã jà sékó súnmó bé’run omo r’erò (Elevado sempre te esforce para ensinar, cura as chagas do filho usando o remédio)
T - Ga mã ru sun bè wò bè wò (Elevado sempre oferece um abraço, roga e cuida)
R - Ga mã ru sun bè wò bè wò (Elevado sempre oferece um abraço, roga e cuida)
T - Ké mó maa sé lò’ sei bè’ lú jà (Corta, rompe, sempre age fazendo trabalhos, rogando e lutando pelo povo)
R - Akòja ebo ma sei lò’ sei bè’ lú jà (Cumprimos o ebó sempre agindo, fazendo trabalhos, rogando e lutando pelo povo)
T - Gò gò gò se meu wa gò gò gò s’ara wè (Insensível, preguiçoso, atordoado, eu sou insensível e atordoado, banha meu corpo)
R - Àna rá wè éèdì oogun lai-lai (Limpe os feitiços com medicina eternamente)
T - Sou sou sou Sàkpàtà omi sou sou sou Sàkpàtà (Atira, atira água Xapanã, atira, atira, aftira, Xapanã)
R - Àna rá wè éèdì oogun lai-lai (Limpe os feitiços com medicina eternamente)
T - Só bò meu’ rókò (Me proteja, me cubra com a árvore sagrada)
R - Ààyè ààyè Sàkpàtà (Vida, vida Xapanã)
T - Á mã d’isé Sàkpàtà nísé wáiyé (Vem sempre, chega pra trabalhar Xapanã, tem trabalho na terra)
R - Sàkpàtà nísé wáiyé, Sàkpàtà nísé wáiyé (Xapanã tem trabalho na terra)
T - Sogbó e! Sogbó e! A morri sou a yé a morri sou Sàkpàtà wá morri sou (Nos faça crescer! Reconhece e protege nossas cabeças por favor, reconhece e protege nossas cabeças Xapanã, vem reconhecer e proteger a cabeça)
R - Sogbó e! Sogbó e! A morri só a yé a morri sou Sàkpàtà wá morri sou (Nos faça crescer! Reconhece e protege nossas cabeças por favor, reconhece e protege nossas cabeças Xapanã, vem reconhecer e proteger a cabeça)
T - Ga má se go, ga má lù’ pepe, ga má lù’ pepe, Sàkpàtà ga má se go (Elevado não golpeie, elevado não golpeie o tolo, elevado Xapanã não golpeie)
R - Ga má se go, ga má lù’ pepe, ga má lù’ pepe, Sàkpàtà ga má se go (Elevado não golpeie, elevado não golpeie o tolo, elevado Xapanã não golpeie)
T - Là nú’ pepe àga njeum’ bo (Salva e limpa o tolo que está comendo algo da oferenda)
R - Ga mã là nú’ pepe, là nú’ pepe àga njeum’ bo, ga mã là nú’ pepe (Elevado sempre salva, limpa o tolo, salva e ampara o tolo que está comendo algo da oferenda, elevado sempre aparece e limpa o tolo)
T - Á mã sá p yà, á mã sá p yà, á mã sá p yà deu e! Sàkpàtà ire, á mã sá p yà, á mã sá p yà deu e! (Venha continuamente cortar a ferida e o inimigo com um golpe de facão, manifeste-se Xapanã, benza e venha continuamente cortar as feridas e o inimigo com um golpe de facão, manifeste-se!)
R - Á mã sá p yà, á mã sá p yà, á mã sá p yà deu e! Sàkpàtà ire, á mã sá p yà, á mã sá p yà deu e! (Venha continuamente cortar a ferida e o inimigo com um golpe de facão, manifeste-se Xapanã, benza e venha continuamente cortar as feridas e o inimigo com um golpe de facão, manifeste-se!)
T - E o má sá p’yò (Senhor é forte, não corte com um golpe de facão matando a alegria)
R - E o má k’elema (Senhor é forte, não corte a confiança)
T - Bá yá ké bá yayò (Venha logo e grite, venha festejar)
R - Bá yá ké bá yayò (Venha logo e grite, venha festejar)
T - Ga mã jà yò jà yò, ga mã jà yò jà yò Sàkpàtà kú’lha meu (Elevado, continuamente brigue e te alegre, brigue e te alegre Xapanã, mate meus inimigos)
R - Ga mã jà yò jà yò, ga mã jà yò jà yò (Elevado, continuamente brigue e te alegre, brigue e te alegre)
T - Ao ba ikò (Reverenciamos o mensageiro)
R - Páàpáà! (Eu mesmo, você mesmo!)
T - Ao ba ikò (Reverenciamos o mensageiro)
R - A mã s’èpè (Invocamos sempre seu amparo)
T - A lù pò! (Golpeamos muito [com as mãos])
R - Páàpáà! (Eu mesmo, você mesmo!)

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A SENHORA DAS MARÉS AJUDARÁ NA ESPIRITUALIDADE

Regência da Semana: YEMANJÁ BOMI 12/08/2013
A Senhora das marés te deixará sensível e observador. Ajudará na espiritualidade e família. Cuidado com enxaquecas.
Simbologia:

Yemanjá Bomi é representada pelo Òkúta (pedra marinha). Dia: sábado, bom para meditação.
Oferenda:
Ègbo lódò oyin: canjica com mel.
Cores:
Branco e prata que simbolizam fraternidade e atraem dedicação.
Características do Orixá:
Yemanjá Bomi é cativante e conciliadora. Para ao yorubás ela foi esposa de Òsàlá (Oxalá), por isso, não aceita dendê em suas oferendas. Ela é dona das rochas no fundo das águas e domina as marés. Evocação: "Àyaba ìyá la kèsán" (Rainha e mãe elegante).

Axés & Magias:
Para obter uma graça de Yemanjá Bomi, tome um banho com água de arroz e rosa branca. Vista-se de branco e coloque sobre sua mesa um vaso com 9 rosas brancas. Ao terceiro dia, despache as rosas numa grama.
Para o amor:
Compre um peixe corvina e, sem escamá-lo, tire as vísceras, conservando as guelras. Pegue uma roupa íntima sua, envolva-a na da pessoa amada e coloque-as na barriga do peixe. Pegue 1 metro de fita branca, enrole no peixe e dê 8 nós. Enterre este peixe na beira da praia, num sábado, pela manhã fazendo seus pedidos com fé a Yemanjá.
SIMPATIA DA SEMANA: CONTRA A INFIDELIDADE
Se você acha que está sendo vítima de infidelidade, antes de dormir, segure uma chave de cera e diga: "São Pedro, a quem Deus confiou às chaves do céu, feche as portas para a traição de (mentalize a pessoa)". Depois, deixe a chave numa igreja. Faça com fé e xô traição!

domingo, 11 de agosto de 2013

ZAGALLO E OS MISTÉRIOS DO NÚMERO 13

Às vésperas de completar 82 anos nesta sexta-feira, Mário Jorge Lobo Zagallo, "o Velho Lobo", recebeu ontem, terça-feira, uma merecidíssima e justa homenagem. Zagallo ganhou no Engenhão uma estátua esculpida por Edgar Duvivier na entrada do setor oeste do estádio, ao lado de outros três grandes nomes da história do clube e da seleção: Nílton Santos, Jairzinho e Garrincha.
O tetracampeão mundial atribui que grande parte do seu sucesso é devido a sua veneração pelo número 13. Temido por uns e adorado por outros, a verdade é que o número 13 sempre teve um significado especial nas mais diferentes civilizações.
Para a cultura yorubá, o número 13 é ligado ao Odù (símbolo de Ifá) Éjì Ológbon, que significa pelo lado positivo: destreza e sabedoria; e pelo lado negativo: indecisão e desacordo.
É comum algumas pessoas associarem a sexta-feira-feira 13 a antigas superstições ligadas a gato preto, maus presságios e até tragédias.
Na crença popular o 13 acabou tendo uma relação com o fim, com a morte, tanto é que, em alguns países, alguns hotéis e prédios não têm o 13º andar, nem o número 13 em assentos de teatro e plataformas de trem. Existe até a fobia do número 13, que recebe o nome de Triskaidekaphobia.
O Rei Roberto Carlos que atualmente investe em empreendimentos imobiliários, não quer o 13 andar nas suas construções.
Mas, quantas pessoas importantes e inteligentes nasceram em um dia 13, como por exemplo: o cantor e compositor Stevie Wonder, Thomas Jefferson (presidente dos Estados Unidos), Gary Gasparov (um dos maiores campeões de xadrez de todos os tempos), L.Ron Hubbard (fundador da Cientologia) e Margaret Thatcher (primeira-ministra da Inglaterra que faleceu recentemente e é considerada a mulher mais influente do século 20)?
Para a numerologia o número 13 não indica o fim, mas sim a transformação e o renascimento. No judaísmo, 13 é a idade da maturidade para os meninos. As pessoas nascidas no dia 13 são capazes de transformar radicalmente as suas vidas e o ambiente onde vivem.
O fato é que o Velho Lobo Zagallo acreditando no número 13 conseguiu dar quatro títulos para o Brasil (1958, 62, 70 e 94) e ele merece as homenagens. Parabéns!
Àdúrà (evocação):
Na burú òkan soso tire f'owó bí ìwo o'ohun gbójúlé (O mal só te alcançará se você nele acreditar).
Axé!

sábado, 10 de agosto de 2013

HISTÓRIA DE OXUM


OXUM
Mãe da água doce, Rainha das cachoeiras, deusa da candura e da meiguice, dona do ouro. Oxum é a Rainha de Ijexá. Orixá da prosperidade, da riqueza, ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da mãe.
Oxum exerce uma ampla influência no comportamento dos seres humanos, regendo principalmente o lado teimoso e manhoso, além daquele espírito maquiavélico que existe em todos nos.
Dizem que " a vingança é um prato que deve ser servido frio" e a articulação da vingança e seus pormenores tem a influência desta força da Natureza. No bom sentido, Oxum é o "veneno" das palavras, é o comportamento piegas das pessoas, é a forma "metida", esnobe, apresentada, principalmente pelo sexo feminino. Oxum é o cochicho, o segredinho, a fofoca. Geralmente está presente quando um grupo de mulheres se reúne. É o seu habitat, pois está encantada nas conversas, nos risinhos, nos comentários, nas intriguinhas.
Oxum rege o charme, o it, a pose. Tudo que está ligado à sensualidade, à sutileza, ao dengo, tem a regência de Oxum. Esta força é que desenvolve tais sentimentos e comportamentos nos indivíduos, sendo o sexo feminino o mais influenciado.
Oxum também é o flerte, o namoro, a paquera, o carinho. É o amor, puro, real, maduro, solidificado, sensível. Oxum não chega a ser a paixão. Esta é Iansã . Oxum é o amor, aquele verdadeiro. Ela propicia e alimenta este sentimento nos homens, fazendo-os ser mais calmos e românticos.
Realmente, Oxum é a Deusa do Amor. Sua força está presente no dia-a-dia, pois que não ama de verdade? Embora o mundo de hoje esteja tumultuado demais, ainda existe espaço no coração do homens para o amor. Ele ainda existe, e Oxum é quem gera este sentimentos mágico. Aliais, Oxum está muito intimamente ligada à magia. É sabido pelo povo do candomblé que o filhos de Oxum são muito chegados ao feitiço. E isso tem explicação: Oxum é a divindade africana mais ligada às Yámi Oxorongá, feiticeiras, bruxas. Com elas aprendeu a arte da magia. Por isso, os filhos de Oxum são tão poderosos nesta arte.
Mas a magia está presente em quase tudo que fazemos, principalmente no que se refere ao coração, ao sentimento. Oxum é o encanto desses momentos, sua presença se dá nessas horas.
Oxum é os sentimentos doces, equilibrados, maduros, sinceros, honestos. É o sentimento definitivo, aquele que dura a toda a vida. Oxum é a paz no coração, é o saber que "amo e sou amado".
Mas ele se encanta também na manha, no denguinho feminino, na vontade de ter algo, apenas por ter. Ela é o mimo, a menininha mal acostumada. É a sensualidade do "biquinho" feminino, quando quer uma coisa. É o charme!
Oxum também é a água doce, o olho d’água, onde encanta seu filho Logun-Éde. É a cachoeira, o rio, que também tem a regência de seu filho. É a queda da água da cascata.
Regente do ouro, ela está presente e se encanta em joalherias e outros lugares onde se trabalha com ouro, seu metal predileto e de regência absoluta. É a protetora dos ourives. Oxum é o próprio outro, e está presente em todas as peças e jóias feitas com este metal.
Entretanto, a regência mais fascinante de Oxum é a fecundação, melhor, o processo de fecundação. Na multiplicação da célula mater – que vai gerar a criança, a nova vida no ventre – Exu entrega a regência para Oxum, que vai cuidar do embrião, do feto, até o nascimento. É Oxum que vai evitar o aborto, manter a criança viva e sadia na barriga da mãe. É Oxum que vai reger o crescimento desta nova vida que estará, neste período de gestação, numa bolsa de água – como ela, Oxum, rainha das águas. É sem duvida alguma, uma das regências mais fascinantes, pois é o inicio, a formação da vida. E Oxum "tomará conta" até o nascimento, quando, então, entregará para Yiá Ori (Iemanjá), que dará destino àquela criança.
Como disse antes, Oxum é uma força da Natureza muito presente em nossas vidas, já que todos nós fomos gerados no útero materno; todos nós convivemos, ainda na barriga da mãe, com Oxum e, num breve sentimento de carinho e amor, estaremos desenvolvendo esta força dentro de nós. Oxum é o amor e a capacidade de sentir amor. E se amamos algo ou alguém é porque ela está viva dentro de nós.
Mitologia
Filha de Oxalá, Oxum sempre foi uma moça muito curiosa, bisbilhoteira, interessada em aprender de tudo. Como sempre fora mimosa e manhosa, além de muito mimada, conseguia tudo do pai, o deus da brancura. Sempre que Oxalá queria saber de algo, consultava Ifá. O Senhor da adivinhação, para que ele visse o destino a ser seguido. Ifá, por sua vez, sempre dizia à Oxalá:
- Pergunte a Exu, pois ele tem o poder de ver os búzios!
E este acontecimento se repetia a cada vez que Oxalá precisava saber de algo. Isto intrigou Oxum, que pediu ao pai para aprender a ver o destino. E Oxalá disse à filha:
- Oxum, tal poder pertence a Ifá, que proporcionou a Exu o conhecimento de ler e interpretar os búzios. Isto não pode lhe dar!
Curiosa Oxum procurou, então, uma saída. Sabia que o segredo dos búzios estava com Exu e procurou-o para lhe ensinasse.
- Ensina-me, Exu! Eu também quero saber como se vê o destino.
Ao que Exu respondeu:
Não, não! O segredo é meu, e me foi dado por Ifá. Isso eu não ensino!
Exu estava intransigente. Oxum sabia disso e sabia que não conseguiria não conseguiria nada com ele. Partiu, então, para a floresta, onde viviam as feiticeiras Yámi Oxorongá. Cuidadosa, foi se aproximando pouco a pouco do âmago da floresta. Afinal, sua curiosidade e a decisão de desbancar Exu eram mais fortes que o medo que sentia.
Em dado momento deparou-se com as Yámi, empoleiradas nas árvores. Entre risos e gritos alucinantes, perguntaram À jovem Oxum:
- O que você quer aqui mocinha?
- Gostaria de aprender a magia! Disse Oxum, em tom amedrontado.
- E por que quer aprender a magia?
- Quero enganar Exu e descobrir o segredo dos búzios!
As Yámi, há muito querendo "pegar Exu pelo pé", resolveram investir na jovem Oxum, ensinando-lhe todo o tipo de magia, mas advertiram que, sempre que Oxum usasse o feitiço, teria que fazer-lhes uma oferenda. Oxum concordou e partiu.
Em seu reino, Oxalá já se preocupava com a demora da filha que, ao chegar, foi diretamente ao encontro de Exu. Ao encontrar-se com este, Oxum insistiu:
- Ensina-me a ver os búzios, Exu?
- Não e não! Foi sua resposta.
Oxum, então, com a mão cheia de um pó brilhante, mandou que Exu olhasse e adivinhasse o que tinha escondido entre os dedos. Exu chegou perto e fixou o olhar. Oxum, num movimento rápido, abriu a mão e soprou o pó no rosto de Exu, deixando-o temporariamente cego.
- Ai! Ai! Não enxergo nada, onde estão meus búzios? Gritava Exu.
Oxum, fingindo preocupação e interesse em ajudar, perguntou a Exu:
- Eu os procuro, quantos búzios, formam o jogo?
- Ai! Ai! São 16 búzios. Procure-os para mim, procure-os!
- Tem certeza de que são 16, Exu? E por que seriam 16?
- Ora, ora, porque 16 são os Odus e cada um deles fala 16 vezes, num total de 256.
- Ah! Sei. Olha, Exu, achei um, ele é grande!
- É Okanran! Ai! Ai! Não enxergo nada!
- Olha, achei outro, é menorzinho.
- É Eji-okô, me dê, me dê!
- Ih! Exu,. Achei um compridinho!
- E Etá-Ogundá, passa para cá....
E assim foi , até chegar ao ultimo Odu, Inteligente, oxum guardou o segredo do jogo e voltou ao seu reino. Atrás de si, deixou Exu com os olhos ardidos e desconfiados de que fora enganado.
- Hum! Acho que essa garota me passou para trás!
No reino de Oxalá, Oxum disse ao seu pai que procurara as Yámi, que com elas aprendera a arte da magia e que tomara de Exu o segredo do Jogo de Búzios. Ifá, o Senhor da adivinhação, admirado pela coragem e inteligência de Oxum, resolveu dar-lhe, então, o poder do jogo e advertiu que ela iria regê-lo juntamente com Exu.
Oxalá quis saber ao certo o porquê de tudo aquilo e pediu explicações à filha. Meiga, Oxum respondeu ao pai:
- Fiz tudo isso por amor ao Senhor, meu pai. Apenas por amor!

"Ora Yê Yê, amor.... Ora Yê Yê, Oxum...

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

ZÉ PILINTRA


Em tempos de mudanças, é comum que a gente sinta alguma insegurança pelo que há de vir. Toda mudança, antes de mostrar seus benefícios, provoca desconforto. Numa mudança de casa, por exemplo, tudo fica revirado e fora do lugar, e a gente não sabe quando e nem como vai fazer pra terminar a arrumação…
Mudar dá trabalho, é o que se costuma dizer. Mas sem trabalho, o que se há de ganhar? Pra tudo que se queira alcançar, é preciso algum empenho da nossa parte e isto é bom, porque depois vem a satisfação pelo bom resultado… Estamos passando por um período de muitas mudanças, em termos globais e pessoais. Os valores da sociedade atual estão sendo questionados. Hoje, mais do que nunca, levantam-se discussões sobre a aplicação da Ética nos vários setores da vida humana: nos relacionamentos, inclusive na política e no meio religioso; nas ciências, nas artes e em todas as produções do conhecimento e da inteligência; no aproveitamento e preservação das riquezas naturais; nos cuidados com a nossa saúde emocional, mental e física etc.
Há um movimento generalizado pela busca de mais respeito ao Planeta que nos acolheu, de modo que um maior número de pessoas tenha acesso a melhores condições de vida, inclusive em termos de futuro. Para que isso aconteça, a médio e longo prazo, a nossa forma de pensar precisa mudar.   Não é mais possível “empurrar a vida com a barriga”, fechando os olhos para atitudes e coisas que não deram certo no passado e que agora também estão falhando, justamente porque se baseiam em conceitos equivocados sobre o significado maior da nossa existência.  
Somos “inquilinos” do planeta Terra, de todo o sistema que sustenta a Vida planetária, e também “inquilinos” do corpo que abriga a nossa alma. Dependemos uns dos outros para viver e precisamos agir com responsabilidade em relação a tudo o que nos rodeia. Precisamos respeitar nossos semelhantes e todas as formas de vida existentes, inclusive os recursos naturais disponibilizados pelo Criador para a sobrevivência e evolução da nossa espécie e das demais.
Tudo o que fazemos, sentimos e pensamos individualmente repercute no todo da Criação. A qualidade das nossas energias reflete no meio em que vivemos e também em outras esferas. Aquilo que pensamos e sentimos, e não apenas as nossas ações, tem a capacidade de criar energias que vão interferir no todo. Por isso, é importante e urgente que se procure melhorar a qualidade das nossas emoções, sentimentos e pensamentos. Tudo o que existe provém da Energia Criadora, tudo é energia. Melhorar a qualidade das nossas energias é uma forma essencial de melhorarmos o ambiente, nossa própria vida e a de todos. Não podemos esperar que os outros façam o Bem para também fazê-lo.
Cada um de nós tem uma parte dessa tarefa para executar. Alguém já disse que para mudar o mundo é preciso, primeiro, que cada um mude a si mesmo. Realmente, é assim. Quando passamos a falar e a nos ocupar de coisas boas com mais habitualidade, alimentamos as células do nosso pensamento com energias positivas, melhorando nossa frequência e atraindo mais positividades. Sintonizamos melhor com a Mente Criadora.
Nosso corpo físico também é beneficiado e o nosso desempenho geral melhora. Pensamos com mais clareza e enxergamos a vida de um modo mais leve e saudável, então desenvolvendo um pouco mais a nossa capacidade intuitiva e a nossa percepção geral das coisas.  Para se entender isto, basta lembrar um momento em que nos sentíamos de bem com a Vida. Tudo nos parecia mais leve, mais fácil de resolver…
Já quando ficamos aborrecidos ou de mau humor, tudo parece pesado e difícil… A mudança da nossa frequência vibratória é que provoca essas alterações, por sintonia. Semelhante atrai semelhante… Nem sempre conseguimos entender e aceitar as desigualdades sociais, as mentiras e traições, o absurdo da exploração do homem pelo homem, as maldades etc. Olhamos para isso e nos perguntamos o porquê, sem obter respostas satisfatórias. Daí, muita gente se deixa abater e passa a duvidar do Bem, querendo andar na contramão da Vida…
Porém, essa postura só causa mais sofrimento… Ao invés de perdermos tempo contando e recontando notícias ruins e tragédias, precisamos manter uma linha de pensamento elevada. Construir energeticamente um mundo melhor. Idealizar um mundo com menos desigualdades, mais fraterno. Sonhar com coisas que ainda não existem, mas que podem vir a existir para a nossa humanidade. Por que não? Tudo o que existe, primeiro foi pensado e idealizado por alguém! Não é que a gente passe a viver fora da realidade, só imaginando e sem nada fazer, isso não!
Mas precisamos construir uma boa base energética, começando por melhorar a qualidade dos nossos pensamentos, emoções e sentimentos, para que eles venham a dar frutos melhores. Bons pensamentos inspiram bons sentimentos, boas emoções e boas ações, e vice-versa. Simples aplicação da lei de causa e efeito, das afinidades… Se nós desejamos um mundo melhor, precisamos dar o primeiro passo. Não importa se o vizinho, o patrão, o parente ou o amigo ainda não é capaz de entender isso. A nossa crença não depende da crença alheia!
Cada pessoa que se modifica internamente para melhor acaba por agir melhor e também passa a irradiar esse padrão mais elevado de energias por onde passar. Cada mudança individual gera mudanças no coletivo. E é deste ponto que nós precisamos partir. Dar o primeiro passo, e não ficar esperando que o outro se modifique… Por acaso, numa classe, a aprovação de um aluno depende do aproveitamento dos demais? Não!
Cada um recebe o mérito pela própria aplicação, ou seja, a prova de cada aluno recebe a nota que merece. Mas um bom aluno pode auxiliar os colegas, se e quando isso for permitido e possível pela direção da escola. Assim também é na Vida: não podemos mudar o outro, não podemos fazer pelo outro, mas podemos melhorar nosso desempenho e colaborar para o bem comum.
Quanto maior o número de pessoas convictas do Bem e voltadas para a prática do Bem, mais intensa e potente será a irradiação e propagação do Bem para o meio. Daí a importância das boas leituras, de frequentarmos bons ambientes, de cultivarmos bons pensamentos e sentimentos, de procurarmos boas companhias. Plantar o Bem em nós, para irradiá-lo e assim atrair, cada vez mais, coisas boas pra nossa vida.
Nada de perder tempo comentando maldades e notícias ruins, de repetir fofocas e intrigas, nem de criticar as fraquezas e quedas alheias… Precisamos iluminar a nossa mente. Precisamos melhorar nosso padrão vibratório. Antes de reclamar que o outro não faz as coisas direito, que a gente cuide de fazer o Bem. Antes de dizer que “falar é fácil, mas fazer é difícil”, que a gente cuide de alimentar pensamentos mais elevados.
Primeiro, é preciso sonhar, idealizar, para depois concretizar. Então, mãos à obra! Estamos num tempo de preciosas mudanças, a nossa humanidade está às portas de ganhar mais consciência e de passar a viver num mundo mais elevado. O tempo é agora, não vamos desperdiçá-lo!

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

OGUM


Ogum é um poderoso Orixá, dono do ferro e do fogo. Ele é um guerreiro,um lutador que defende a lei e a ordem. Este Orixá abre os caminhos e vence as lutas, agindo pelo instinto para defender e proteger os mais fracos. Todas as lutas, as conquistas, as vitórias são presididas por Ogum.
Ele é a lei divina em ação, que pune e premia, mas não gosta de ser invocado em vão. É fácil invocar Ogum, mas controlar as suas ações é impossível.
O dia da semana consagrado a Ogum é a terça-feira, que coincide com o dia dedicado pelos romanos a Marte, o deus da guerra. Sempre ligado à força e ao poder, ele é o dirigente que não quer ter suas ordens desobedecidas. Ogum pode ser associado ao arcano IV do Taro: o Imperador; como esse arcano ele encarna a vontade firme aliada a força de execução, as energias fluindo para uma realização material. Ele protege seus domínios de forma consciente, seguro do poder que representa. Enfocado como arquétipo, Ogum contém elementos fortes e consistentes que o mantém como uma figura viva e atuante na esfera psíquica do homem.

O Físico e o Temperamento
O filho e a filha de Ogum são geralmente magros e altos (pode haver exceções). Apesar de ser um pouco tímido e discreto quase nunca passa despercebido.
O temperamento reflete o vigor físico do filho de Ogum: ele está sempre em atividade, é determinado e criador. O espírito de competição é evidente e a impaciência e as frustrações ao perder criam mais incentivo para ele seguir em frente.
Ele não reflete sobre os riscos de uma ação, pois é impetuoso e impulsivo e está sempre travando batalhas.
Sem o impulso e a coragem de Ogum a humanidade demoraria muito para alcançar o progresso; é ele o desbravador, aquele que abre o caminho para quem vem atrás. Moisés é uma personalidade típica de Ogum: a sua ira ao quebrar as tábuas da lei divina, a coragem para dirigir seu povo numa viagem para o desconhecido, o poder a ele atribuído de abrir caminhos são atributos de um homem de Ogum.
Como todo homem possui seus defeitos o filho de Ogum considera apenas o seu próprio ponto de vista, seguir metas que lhe são importantes sem considerar todos os que direta ou indiretamente estão envolvidos com ele.
Os desafios aguçam o espírito combativo de Ogum e o modo dele utilizar a sua força pode parecer, aos olhos de quem não o compreende bem, altivez e arrogância.
Qualquer forma de limite representa uma prisão para uma pessoa regida por Ogum. Ele precisa se enxergar livre para ir e vir á sua vontade, não consegue expandir sua alegria, força e energia em um ambiente restritivo e sempre igual. A novidade serve de estímulo à ação.
Com capacidade de liderar e coragem suficiente para enfrentar qualquer missão, consegue reunir a sua volta pessoas que colaboram com ele por prazer sentindo-se revitalizadas pelas qualidades magnéticas e energéticas dessa personalidade tão forte.
Sem aceitar palpites no que faz , ele é franco e rude ao impor a sua vontade aos seus subordinados. É capaz de castigar prontamente qualquer falha , mas seu perdão vem depressa e logo pede desculpas quando se excede no seu comportamento.
Gosta da verdade acima de tudo, nunca fala por trás de alguém, suas críticas são abertas, pois detesta dissimulação.

Amor e Casamento
Quem consegue cativar e manter junto a si um filho de Ogum tem o privilégio de saber que jamais será enganado. Nunca ouvirá desculpas esfarrapadas para explicar onde ele esteve ou o que fez. O filho de Ogum não mente, ele diz a verdade espera ser acreditado, qualquer duvida irá ofendê-lo.
Quando um filho de Ogum encontra uma pessoa de temperamento cordato, porém que possua opiniões fortes e próprias ele fica feliz. Se essa pessoa souber se manter equilibrada na difícil corda bamba que é agradar sem ceder, ela conseguirá manter o relacionamento vivo.O filho de Ogum não gosta de pessoas sem idéias próprias, vai querer para companheiro(a) alguém que as possua em quantidade, mas que também saiba expô-las de modo especial.

Saúde
A saúde de um filho de Ogum é boa, ele é resistente e sua constituição forte evita as doenças. Os seus pontos fracos são as articulações, as dores de cabeça, as febres fortes.
Quando está doente o filho de Ogum não quer ficar em repouso, é muito trabalhoso convencê-lo a descansar e dar tempo ao seu corpo para se recuperar. Só fica na cama quando está verdadeiramente mal, aí então fala pouco e fica nervoso com a obrigação de parar para se refazer.
Seus problemas de saúde são mais para o tipo violento e repentino do que para doenças crônicas e demoradas.
As doenças nervosas como úlceras, esgotamentos e depressão são menos comuns, mas podem atingi-lo se ele cometer excessos de trabalho ou for mal sucedido em seus empreendimentos.

O Homem de Ogum
Ele é confiante ,entusiasmado, generoso,solidário, enérgico, ousado, ativo em seu lado positivo e pode também ser intolerante, violento, impulsivo, obstinado, egoísta e exigente em seu lado negativo.

A mulher de Ogum
Elas são  sinceras, encantadoras, vigorosas, corajosas, entusiasmadas, românticas que são qualidades que excedem seu lado negativo já que ela também pode ser mandona, irritada e impulsiva.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O JOVEM GUERREIRO BRANCO AJUDARÁ NO TRABALHO E INVESTIMENTOS


Regência da Semana: XAPANÃ JÀGÚN IPETU 05/08/2013
O Jovem Guerreiro branco te deixará atento e enérgico. Ajudará no trabalho e investimentos. Afaste-se de pessoas arrogantes.
Simbologia:
Jàgún Ipetu é representado pela Òkó Ídapó (lança sagrada). Dia: quarta-feira, bom para manifestações.
Oferenda:
Àgbàdo sun làtípà: milho torrado com folha de mostarda.
Cores:
Branco que simboliza vida e atrai saúde.
Características do Orixá:
Jàgún Ipetu é chamado pelos yorubás de: "Ode Dudu bò ara aso ìko funfun" (Caçador negro que cobre o corpo com roupa de palha branca). Tem ligação com Ogun, Yemanjá e Oxalá. Em sinal de respeito, os sacerdotes de Jàgún Ipetu ao pronunciarem o seu nome, tocam os dedos no chão e os levam à cabeça. Usa o Sàsàrà (cetro feito com palha da costa). Saudação: Abáo!
Axés & Magias:
Para despachar demandas e feitiçarias de uma casa, bata em todos os cômodos, folhas de café e pinhão roxo e despache num lugar úmido. Depois, defume a casa de dentro para fora com mirra e palha de alho.
Para reativar o relacionamento:
Forre um prato de papelão com folhas de colônia e mamona. Escreva o nome da pessoa a lápis com seu por cima. Estoure 250 g de milho de pipoca no azeite doce. Depois triture ou soque estas pipocas até ficarem picadinhas e misture-as com mel de abelha, colocando em cima dos nomes.
SIMPATIA DA SEMANA: PARA SUPERAR SEPARAÇÃO
Para superar o fim de um relacionamento, escreva o nome da pessoa em um papel branco e pise em cima com o pé esquerdo, atrás de uma porta. Depois, faça uma bolinha com o papel e jogue-o numa lixeira bem longe de sua casa. Faça com fé e volte a ser feliz!

domingo, 4 de agosto de 2013

TRADUÇÃO DAS REZAS DE OSSÃE

Ossanhe
Saudação:
Tamboreiro - Ajúbà Òsanyìn wè omioro, Òsanyìn aibi, èwé lhe màá, Òsanyìn oogun nem’ke bomi Ewé ou! (Respeitamos Ossanhe que banha com água medicinal, Ossanhe que não tem filhos, erva que se estende para fora como a água, Ossanhe pratica medicina no alto. Oh as folhas!)
Responder - Èwé ou! (Oh as folhas!)

T - Nú a jà kún a bá omi (Nos ampara que nos esforçamos, enche que nós encontramos água)
R - Nú àjé wá, nú áseni (Que se perca o feitiço ao vir, que se perca o inimigo desconhecido)
T - Á sun e l’iná Bàbá omo sun e l’iná Bàbá (Venha queimar senhor, use o fogo pai, o filho suplica ao senhor que use o fogo, pai)
R - Á sun e l’iná Bàbá omo sun e l’iná Bàbá (Deve queimar senhor, use o fogo pai, o filho suplica ao senhor que use o fogo, pai)
T - Òsanyìn dêem imó ré (Ossanhe crie o conhecimento aumentando-o)
R - Ao ri ou màá eu erúnmalè ao ri ou (Nós sempre que o vemos festejamos, espírito de luz)
T - A tinrin tin tin (Sorrimos com desprezo assim, assim)
R - Ao ri ou màá yò erúnmalè ao ri ou (Nós sempre que o vemos festejamos, espírito de luz)
T - Òsanyìn bá ìsòro èrò màá yò, Òsanyìn bá ìsòro èrò màá yò (Ossanhe deixe para trás o problema com uma solução que sempre festejarei)
R - Òsanyìn bá ìsòro èrò màá yò, Òsanyìn bá ìsòro èrò màá yò (Ossanhe deixe para trás o problema com uma solução que sempre festejarei)
T - Ou yà, wá ga lè yò (Te manifeste e venha exaltado festejar)
R - Ou yà, wá ga lè yò erù fè (Te manifeste e venha exaltado festejar, carrega e trabalha)
T - Ao ga lè yò ao ga lè yò ao ga lè yò erù fè àga lè yò erù fè Òsanyìn dê màá’ rù ke fè (Nos exaltamos e podemos festejar, carregamos e trabalhamos. Ossanhe chega, sempre carrega, corta e trabalha)
R - Ao ga lè yò ao ga lè yò ao ga lè yò erù fè àga lè yò erù fè Òsanyìn dê màá’ rù ke fè (Nos exaltamos e podemos festejar, carregamos e trabalhamos. Ossanhe chega, carrega, corta e trabalha)
T- Ori móko! (A cabeça prevalece)
R - Bá mò kéré ké (Encontre-a, reconhece-a com um pequeno corte)
T - Ori koko (A cabeça firme)
R - Bá mò kéré ké (Encontre-a, reconhece-a com um pequeno corte)
T - Èrò meu sèrò èrò (Me cure, faz um remédio, um remédio)
R - Èrò meu sèrò èrò èrò (Me cure, faz um remédio, um remédio)
T - Ire abá bá omo (Que o filho encontre boa sorte no caminho)
R - Ire abá bá omo ire (Que o filho encontre boa sorte no caminho, boa sorte)
T - Òsanyìn s’èkó sei ré’kó (Ossanhe age e faz teu o ensino)
R - Sei ré’kó sei ré’kó s’èkó (Faz teu o ensino, age ensinando)
T - Èlò wá’ pè’ kó sun arun (Entidade de cura vem ó chamado, ensina a curar a enfermidade)
R - Èlò wá’ pè’ kó sun aro’ seu (Entidade de cura vem ó chamado, ensina a curar a tristeza)
T - Lànà’ rukè lànà’ rukè ewé òbe nf’ara bo (Abra o caminho com o rabo de cavalo, as ervas e a faca. Usando o corpo, entre)
R - Lànà’ rukè lànà’ rukè ewé òbe nf’ara bo (Abra o caminho com o instrumento de rabo de cavalo, as ervas e a faca. Usando o corpo, entre)
T - Èkó fá èkó fá (Ensine tomando-me seu tempo)
R - Èkó fá èkó fá (Ensine tomando-me seu tempo)
T - Dê mã’ruke fè mã ‘rukè fè (Chegue sempre trabalhando com o instrumento de rabo de cavalo)
R - Òsanyìn dê mã’ruke fè (Ossanhe chegue sempre trabalhando com o instrumento de rabo de cavalo)
T - Èlò wá pè kó l’arun dê (Entidade de cura vem ó chamado, ensina a afastar a enfermidade, chega)
R - Èlò wá pè kó yára (Entidade de cura vem ó chamado, ensina rápido)
T - Èlò wá pè kó sei’ sei meu (Entidade de cura vem ó chamado, ensina, faz meu trabalho)
R - Èlò wá pè kó yára (Entidade de cura vem ó chamado, ensina rápido)
T - Òsanyìn nú àjé ki nú àjé ki baba ló odò kún (Ossanhe limpe a bruxaria empurrando-a, limpe a bruxaria empurrando-a, pai. Jogue-a no grande rio)
R - Òsanyìn nú àjé ki nú àjé ki baba ló odò kún (Ossanhe limpe a bruxaria empurrando-a, limpe a bruxaria empurrando-a, pai. Jogue-a no grande rio)
T - Òsanyìn rá wá meu àdé sei sei minha’ ré só só (Ossanhe te manifeste, vem minha coroa, me faça bem e me protege)
R - Òsanyìn rá wá meu àdé sei sei minha’ ré só só (Ossanhe te manifeste, vem minha coroa, me faça bem e me protege)
T - Né! Olósanyìn má ku orò! (Sacerdote de Ossanhe, não falte espírito!)
R - Òsanyìn Òsanyìn sim! (Ossanhe existe!)
T - Òsanyìn sá ru’ wé, dà yí sá ru’wé, dà yí sá ru’wé, dà yí sá ru’wé (Ossanhe corre e leva as ervas, macere-as, transforme-as, corre e leva as ervas)
R - Òsanyìn sá ru’ wé, dà yí sá ru’wé, dà yí sá ru’wé, dà yí sá ru’wé (Ossanhe corre e leva as ervas, macere-as, transforme-as, corre e leva as ervas)
T - Oti oti dê wá Òsanyìn rà oti dê wá (Ossanhe deve buscar a bebida, pegue a bebida que vem procurá-lo)
R - Oti oti dê wá Òsanyìn rà oti dê wá, oti oti dê wá (Ossanhe deve buscar a bebida, pegue a bebida que vem procurá-lo, deve buscar a bebida)
T - Òsanyìn se ré bu wá Sàkpàtà ní se ré bu wá ou! (Ossanhe faz o bem, pesquisa profundamente, Xapanã tem que fazer o bem, pesquisa profundamente)
R - Ou yà ou yà b’odù Òsanyìn se ré bu wá (Te divida, te divida como os signos do Ifá, Ossanhe faz o bem e pesquisa profundamente)
T - Ou yà ou yà b’odù! (Te divida, te divida como os signos do Ifá!)
R - Òsanyìn se ré bu wá (Ossanhe faz o bem e pesquisa profundamente)
T - Òsanyìn èdè oogun làí-làí, èdè oogun làí-làí (Ossanhe é a linguagem da medicina do começo dos tempos)
R - Òsanyìn sá ru’ wé èdè oogun làí-làí (Ossanhe corre, leva as ervas, é a linguagem da medicina do começo dos tempos)
T - Sou èle sou èle! (Amarra com força)
R - Ásejù rá nà ré wá (Arrasta o excesso, propaga o bem, e vem)
T - Sou èle Òsanyìn g (Amarra com força Ossanhe e corta)
R - Ásejù rá nà ré wá (Arrasta o excesso, propaga o bem, e vem)
T - Sou sou ìtan jèfá (Nos amarre a uma história com uma experiência de boa sorte)
R - Ásejù rá nà ré wá sou ìtan jèfá, ásejù rá nà ré wá (Arrasta o excesso, propaga o bem, vem nos amarrar a uma historia com uma experiência de boa sorte)