sábado, 3 de agosto de 2013

OXUM



Oxum genitora por excelência, ligada particularmente à procriação. Deusa das águas doces reina sobre os rios, também divindade do ouro e dos metais amarelos.  Vaidosa, foi a segunda esposa de Xangô, tendo vivido anteriormente com OgunOrunmilaiá ,Odé Oxossi. Maternal, carinhosa e muito afeita às crianças, amante da beleza e do adorno.
Também é chamada de Iyálòóde, título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre todas as mulheres da cidade.       
Oxum representa a mãe da criação que toma conta dos filhos dos outros em gestação até o décimo sexto dia de nascimento.
Diz-se que ela é provedora, atende as necessidades dos outros e que, portanto, merece o reconhecimento dado a uma mãe :Rora Yeyé Gbémi!  Mãe Grandiosa, Proteja-Me.
Orixá que recebe o nome de um rio da Nigéria, em Ijexá e Igebú.
Á Oxum pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem.
Dona da água doce, gosta de usar colares, joias, brincos de ouro e tudo que se relaciona com a vaidade, flores, etc.
Poder claramente relacionado com a fecundidade, é personagem de um mito muito conhecido em que um simbolismo transparente mostra que mesmo Oxalá supera o tabu da menstruação para prosternar-se aos seus pés. Transformando em penas vermelhas o papagaio da costa, o sangue que gotejava do corpo de uma sacerdotisa.
Por um lado é a moça faceira e sedutora, por outro preside os mistérios femininos, a maternidade, a magia, profundezas da imaginação, a riqueza, crescimento e a fecundidade.
Oxum a estrela, mostrando sua luz na imensa escuridão da mente humana.
Oxum, a senhora das águas doces, e de parte das águas do mar, é a aiabá da beleza, da fertilidade, da feminilidade e do charme.
Poderosa rainha que conquistou o coração de Xangô também de Bará, ou Ogum, recebendo o nome de Ápara sendo muito semelhante com Iansã.
Dona de uma elegância e de uma astúcia surpreendente.
Dama da mais alta hierarquia.
Foi ela que criou a galinha da angola, ave que por ter o corpo pintado e ostentar um osu na cabeça é tido como feito -iniciado- .
Entidade da medicina curativa, madrinha da procriação e da gestação que toma sob sua proteção todos os seres humanos desde a concepção até que comecem a andar e adquirir conhecimento.
Evita abortos e complicação durante a gravidez.
Oxum é a água que produz todas as qualidades de som, a senhora do Ijexá.
A graciosa rainha, cuja idés de ouro imitavam o burburinho das cascatas.
Ela se vestia de ouro e de bronze, tinha dentes belos e era muito elegante e esperta.
Cantava muito lindo.
Quem queria ter dinheiro pedia a Oxum que ela dava.
Oxum meticulosa cozinheira.
É a graciosa mãe das águas profundas, divindade dos rios, fontes e regatos.
Orixá que enfeita seus filhos com ouro e fica muito tempo no fundo das águas gerando riquezas.
Que conhece o segredo, o segredo da vida, nas não o revela.
Mãe procriadora, está associado a fisiologia feminina presidindo a menstruação, gestação e nascimento. É considerada a dona do ovo, símbolo da fertilidade, a maior célula viva, e que evoca a ideia de fartura e riqueza.
Em um das suas qualidades, tem-se Oxum Apara senhora das águas frescas, dotada de força positiva, guerreira que, ao se fazer presente, rodopia como o vento, sem que possamos vê-la, apenas ouvi-la, com sua voz afinada que se assemelha ao canto do ègá.
É sensual, exibicionista, consciente de sua rara beleza. Se utiliza desses atributos com jeito e carinho para seduzir as pessoas e conseguir seus objetivos.
Dança de preferência sob o ritmo de sua terra: Ijexá. Sua dança lembra o comportamento de uma mulher vaidosa e sedutora.
Ela faz a qualquer um o que o médico não faz, é a Orixá que cura o doente com a água fria.
Se cura a criança, não apresenta honorários ao pai.
É a Orô, um pássaro que tem uma pena brilhante na cabeça, e a Yalodê, que ajuda as crianças a terem uma mãe.
Manda a cabeça má ficar boa.
Oxum é doce e poderosa como Oni.
Oxum não concede as más coisas do mundo. Ela tem remédios gratuitos e faz as crianças tomarem mel. 
Quando Orumilá estava criando o mundo, escolheu Oxum para ser a protetora das crianças. Ela deveria zelar pelos pequeninos desde o momento da concepção, ainda no ventre materno, ate que pudessem usar o raciocínio e se expressar em algum idioma. Por isso, Oxum é considerada o orixá da fertilidade e da maternidade.
Por sua beleza, Oxum também é tida como a deusa da vaidade, sendo vista como uma orixá jovem e bonita, mirando-se em seus espelhos e abanando-se com seu leque, abebê.
Governa as ervas antissépticas e desinflamatórias. Seu domínio é subsolo do universo, suas características são a vaidade e a faceirice. 
Mãe ancestral suprema, Oxum é considerada a patrona dos peixes, mas é também representada pelos pássaros. O ovo é um dos seus símbolos.



Mitologia


"Iya Mi Ti To So Oku De À Iy É” -ela transforma a morte em vida.

Odi Ona Ku Ita Ò Run” - ela fecha o caminho da morte.

Sempre que Oxalá queria saber de algo, consultava Ifá, o Senhor da adivinhação, para que ele visse o destino  a ser seguido. Ifá, por sua vez, sempre dizia à Oxalá:
- Pergunte a Bará, pois ele tem o poder de ver os búzios!
E este acontecimento se repetia a cada vez que Oxalá precisava saber de algo.
Isto intrigou Oxum, que pediu ao pai para aprender a ver o destino. E Oxalá disse à filha:
- Oxum, tal poder pertence a Ifá, que proporcionou a Bará o conhecimento de ler e interpretar os búzios. Isto não posso lhe dar!
Curiosa Oxum procurou, então, uma saída. Sabia que o segredo dos búzios estava com Bará e procurou-o para lhe ensinasse.
- Ensina-me, Bará ! Eu também quero saber como se vê o destino.
Ao que Bará respondeu:
- Não, não! O segredo é meu, e me foi dado por Ifá. Isso eu não ensino!
Bará estava intransigente. Oxum sabia disso e sabia que não conseguiria nada com ele.
Partiu, então, para a floresta, onde viviam as feiticeiras Yámi  Oxorongá.
Cuidadosa, foi se aproximando pouco a pouco do âmago da floresta. Afinal, sua curiosidade e a decisão de desbancar Bará eram mais fortes que o medo que sentia.
Em dado momento deparou-se com as Yámi, empoleiradas nas árvores. Entre risos e gritos alucinantes, perguntaram À jovem Oxum:
- O que você quer aqui mocinha?
- Gostaria de aprender a magia! Disse Oxum, em tom amedrontado.
- E por que quer aprender a magia?
- Quero enganar Bará e descobrir o segredo dos búzios!
Mas advertiram que, sempre que Oxum usasse o feitiço, teria que fazer-lhes uma oferenda. Oxum concordou e partiu.
Em seu reino, Oxalá já se preocupava com a demora da filha que, ao chegar, foi diretamente ao encontro de Bará. Ao encontrar-se com este, Oxum insistiu:
- Ensina-me a ver os búzios, Bará?
- Não! Foi sua resposta.
Oxum, então, com a mão cheia de um pó brilhante, mandou que Bará olhasse e adivinhasse o que tinha escondido entre os dedos.
Bará chegou perto e fixou o olhar.
Oxum, num movimento rápido, abriu a mão e soprou o pó no rosto de Bará, deixando-o temporariamente cego.
Ai! Ai! Não enxergo nada, onde estão meus búzios? Gritava Bará.
Oxum, fingindo preocupação e interesse em ajudar, disse a Bará :
- Eu os procuro, quantos búzios, formam o jogo?
- Ai! Ai! São 16 búzios. Procure-os para mim, procure-os!
- Tem certeza de que são 16, Bará ? E por que seriam 16?
- Ora, ora, porque 16 são os Odus e cada um deles fala 16 vezes, num total de 256.
- Ah! Sei. Olha, Bará, achei um, ele é grande!
- É Okanran! Ai! Ai!  Não enxergo nada!
- Olha, achei outro, é menorzinho.
- É Eji-okô, me dê, me dê!
- Ih! Bará. Achei um compridinho!
- E Etá-Ogundá, passa para cá....
E assim foi, até chegar ao ultimo Odu.

Inteligente, Oxum guardou o segredo do jogo e voltou ao seu reino.
Atrás de si, deixou Bará  com os olhos ardidos e desconfiados de que fora enganado.
Hum! Acho que essa garota me passou para trás!
No reino de Oxalá, Oxum disse ao seu pai que procurara as Yámi, que com elas aprendera a arte da magia e que tomara  de Bará  o segredo do Jogo de Búzios.
Ifá, o Senhor da adivinhação, admirado pela coragem e inteligência de Oxum, resolveu dar-lhe, então, o poder do jogo e advertiu que ela iria regê-lo juntamente com Bará .



 ARQUÉTIPO


A Orixá Oxum transmite a seus filhos energia, vibração que esta relacionada com ela, portanto seus filhos acabam por ter a personalidade influenciada  e manifesta tanto de maneira positiva como negativa.
As filhas e filhos da entidade Oxum, não se zangam com facilidades.
Não gostam de brigas.
Não sabem recusar. Adoram crianças pequenas.
Algumas são ambiciosas, adoram o luxo, o conforto e a riqueza, julgam que para vencer na vida consiste em usar seus encantos para conseguir o que querem.
Feminina, sensual, ingênua, dócil e infantil, desejosa de curar, ajudar e cuidar dos fracos.
Afetividade, familiaridade, concordância, maternidade, altruísmo, tendo seu destacado lado inverso: maledicência, seu lado intrigante, hipócrita, mentirosa, interesseira.
É bom esclarecer que o comportamento também sofre a influência do orixá que faz a dualidade com ela e claro a cultura, educação e orientação individual.
Podemos acrescentar que são meigas, sedutoras, com voz suave, olhos brilhantes, sorriso alegre, um rosto inocente, mulheres sensuais como já disse e voluptuosas.
Os homens também sofrem o efeito desta energia quando ela faz polaridade com a entidade principal do homem, claro que existem muitos casos em que ela é a principal, pelo menos é a que tem a atuação mais forte, e, isto ocorre principalmente quando o homem é filho de determinados Oxalá,OssaimOdé, tornando-os pessoas extremamente emotivas, instáveis, inconstantes, podendo ser infiéis, levianos, fúteis.
Algumas filhos ou filhas são ingênuos, crédulas, infantis, preguiçosos, moles, indecisos,precisando sempre de um sacudidão.
Não se zangam com facilidades. Não gostam de brigas. Não sabem recusar. Mas se pegarem alguém para inimigo vão ao extremo. Tornando-se principalmente caluniadores e mentirosos.
Muito criativos e péssimos competidores. Trapaceiros.
As pessoas que sofrem a influência da energia Oxum, são pessoas muito apegadas a beleza física. Narcisistas.
Colocam a aparência em primeiro lugar.
Gostam de serem observadas, são extremamente vaidosas.
Se preocupam com que os outros vão pensar e falar.
Quase sempre preveem acontecimentos futuros, distinguem sinceros amigos com simples trocas de palavras.
Muito sentimentais, ofendem-se com facilidade, mas não costumam expor suas feridas.
Gostam de trabalhos manuais onde sua adaptação é rápida e possa ser admirada pelos outros.
Inclinadas a arquitetura, às ciências ocultas, religiões, comércio, eletricidade, publicidade, culinária, desenho.
Meigas, mas rancorosas aos extremos.
Ciumentas em demasia.
Seu ponto fraco fisicamente são a garganta e o aparelho genito-urinário. Também neste ponto sofrem a influência negativa do orixá de parceria.
São de estatura mediana, corpo mais franzino que de outros orixás femininos e masculinos.
Possuidoras de grande sensibilidade espiritual, via de regra boas espiritualistas.

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