terça-feira, 12 de maio de 2015

Iemanjá afoga seus amantes no mar



Iemanjá é dona de rara beleza
E, como tal, mulher caprichosa e de apetites extravagantes.
Certa vez saiu de sua morada nas profundezas do mar
E veio à terra em busca do prazer da carne.
Encontrou um pescador jovem e bonito
E o levou para seu líquido leito de amor.
Seus corpos conheceram todas as delícias do encontro,
Mas o pescador era apenas um humano
E morreu afogado nos braços da amante.
Quando amanheceu, Iemanjá devolveu o corpo à praia.
E assim acontece sempre, toda noite,
Quando Iemanjá Conlá se encanta com os pescadores 
Que saem em seus barcos e jangadas para trabalhar.
Ela leva o escolhido para o fundo do mar e se deixa possuir
E depois o traz de novo, sem vida, para areia.
As noivas e as esposas correm cedo para praia
Esperando pela volta de seus homens que foram para o mar,
Implorando a Iemanjá que os deixe voltar vivos.
Flores, espelhos e perfumes,
Para que Iemanjá mande sempre muitos peixes
e deixe viver os pescadores.

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