quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

OGUM


Ogum é uma antiga divindade yorubá, senhor do ferro e da guerra, privilegiado com o dom de dominar os metais. Foi um dos primeiros Orixás a descer para a terra e encontrar habitação adequada para os humanos no futuro. trabalhava dia e noite em sua forja para servir todos os humanos. Suas mãos hábeis transformaram tudo o que foi colocado diante dele. Sua capacidade de criar surpreendeu os outros Orixás. Ogum, também e ligado à agricultura, mas no Brasil é mais conhecido como o Deus dos guerreiros.

Ogum é a figura que se repete em quase todas as formas conhecidas de mitologia universal; é um dos mais cultuados especialmente por ser associado à luta, à conquista; assim como Bará é a figura mais próxima dos seres humanos que o invocam para vencer a constante luta cotidiana na terra.

Ogum alem de ser o Deus  da metalurgia e da tecnologia, é o patrono da força produtiva que trabalha a natureza, que transforma através do calor e das repetidas batidas um mineral bruto (ferro) no aço laminado e suas manifestações práticas (lança, escudo, etc,,,), aplicadas por extensão, a qualquer transformação que o homem provoca na natureza para deixá-la, produtivamente , à sua disposição.

Ogum é considerado o protetor de todos os guerreiros, e sua ligação com os militares tanto vem do sincretismo, realizado com São Jorge, o Santo guerreiro católico, associado às forças armadas, como da sua figura de comandante supremo yorubá.

Enquanto Xangô julga o certo e o errado depois do fato consumado, Ogum é o empreendedor e decidido, é o que faz justiça com as próprias mãos, jamais deixando para outro o que julga ser problema seu. Quando irado, é implacável, apaixonadamente destruidor e vingativo. Quando apaixonado sua sexualidade é devastadora, que não se contenta em esperar e não aceita rejeição.

Fora da guerra, é um Orixá da alegria, da diversão, da delícia de viver, especialmente do contato dos amigos e camaradas.

Na Nação Cabinda, cultuamos várias qualidades de Ogum, entre eles estão: Ogum Avagãn, que tem seu assentamento junto com o Bará Lodê, e seus otás ficam em uma casa do lado de fora do templo, Ogum Onira, que é o rei da cidade de Irê, Ogum Olobedé, que é o mais velho dos que ficam dentro do templo, e Ogum Adiolá, que faz companhia aos Orixás de água, Oxum, Yemanjá e Oxalá.

Todos os Babalorixás e Yalorixás tem que ter o assentamento de Ogum em seus ilês, pois sem ele não poderiam fazer o uso de seus axés de obé (facas) em seus rituais. Suas cores são o vermelho e o verde, porém alguns babalorixás mais antigos e no candomblé se uza tambem o azul marinho. O dia de Ogum é a quinta feira.



Patácori Ogum, Ogunhê.
     Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo emailbuzionline@hotmail.com

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