quinta-feira, 28 de junho de 2012

OS LIMITES DA FÉ


Entre a negação e o fanatismo, há múltiplas atitudes com relação a fé. Em muitos casos, o comportamento varia de acordo com a fase da vida da pessoa. O comum é que a fé cresça na adversidade e arrefeça na bonança.
No africanismo, entretanto, é frequente o inverso: são muitos os casos de pessoas que, ao menor tropeço jogam a culpa na religião. Feitiço de terceiros, obrigações mal feitas, desleixo do Pai ou Mãe de Santo, cobrança de Orixás são alguns dos argumentos invocados nos momentos de infortúnio. A partir destas situações nascem as discórdias, as decepções e, em alguns extremos, o abandono da fé.
Esta utopia de que, por si só, a devoção é capaz de transformar vidas e manter-nos a margem de todas as adversidades ou é resultado de má orientação, propaganda enganosa ou fruto de mentes frágeis que não distinguem o mundo material e as circunstancias próprias da vida da espiritualidade.
A estas pessoas, uma recomendação: conheçam e mirem-se na trajetória de sacerdotes com fé e lucidez suficientes para entender a importância e o limite da interferência dos orixás em nossas vidas.
Como exemplo, recordamos uma frase clássica de um filho de Oxalá: "Pai Oxalá é muito bom, mas não vai ao Banrisul." Ou seja, de nada adianta refugiar-se sob o manto da fé se não formos capazes de ir a luta e construirmos nossas vidas com planejamento, organização e ação.
A fé é uma energia que nos impulsiona e nos auxilia nos momentos difíceis. Por esta razão, deve ser constantemente revigorada e jamais usada para justificar nossos fracassos ou renegada frente aos desígnios da vida. 
Pense nisso...
Muito Axé para todos!!!
Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo email buzionline@hotmail.com

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