domingo, 9 de dezembro de 2012

OBÁTÁLÁ E NIEMEYER


Conta um mito yorubá, que certa vez Obàtálá observava o espaço e olhando para um montículo de terra solto no éter disse: "Esse lugar não tem marca de nenhuma inspiração ou coisa viva. Tudo é muito monótono". Então Obàtálá decidiu ir até Olódùmarè e propor-lhe que aquele lugar poderia ser habitado pelos Orixás e por outras formas vivas. Olódùmarè ouvindo atentamente as ideias de Obàtálá, argumentou: "Ótimo intuito cobrir uma parte daquela terra com águas, campos, florestas, morros, vales, mas trata-se de um empreendimento ambicioso! E quem faria esse trabalho?" Então, Obàtálá respondeu: "Eu tentarei e farei conforme o seu desejo". Então, Obàtálá com todo o seu poder e sabedoria transformou aquele lugar inativo, num lugar colorido e cheio de vida, um verdadeiro paraíso! Olódùmarè abençou a obra de Obàtálá e deu-lhe o título de "Alámò rere" (o perfeito escultor).
O presidente Juscelino Kubitschek idealizou Brasília e em 2 de Outubro de 1956 sobrevoou, com o avião presidencial, um imenso terreno descampado com suaves ondulações. Faziam parte de sua comitiva, muitas personalidades importantes à época e dentre elas, o arquiteto Oscar Niemeyer que foi o autor do projeto urbanístico.
Naquele momento, Deus (Olódùmaré) estava abençoando aquela terra e o seu arquiteto.
Nós, brasileiros, temos hoje uma das mais bonitas capitais de Estado. Dos países mundiais, provavelmente, a mais linda.
Obras em outras cidades brasileiras e também no exterior marcam a trajetória de Niemeyer.
Diz o adágio: "O homem não morre quando sua obra é eterna". Assim é Oscar Niemeyer: Eterno.
Mi buyín fún (Meus respeitos).

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