sábado, 15 de dezembro de 2012

MAGIA

A Ôctada
É apenas depois do quadrado do Espírito se haver completado, que a ôctada pode ter lugar. Enquanto que o seu trabalho pode ser conhecido claramente apenas através do número 50, porque daí o número da injustiça e o número da matéria são dissipados pela influência vivificadora e regeneradora da Unidade que as substitui. Ao que tange a Unidade Absoluta, ou o Pai, ninguém nunca viu, ou O deverá ver neste mundo, exceto pelas oitavas e por meio da ôctada, as únicas formas de alcança-lo.
"O número 50 desapareceu quando a Santíssima Oitava se aproximou, porque os dois não poderiam coexistir. A injustiça e as aparências não se sustentariam perante a unidade e o seu poder. Isto é a razão de ser da Divina Igreja, fora à qual, nenhum homem pode ser salvo e contra a qual os portais do inferno não devem prevalecer. Esta (a ôctada) é a chave que abre e ninguém fecha, ou que tranca e ninguém mais abre" (Os Números).
Cristo é trino em seus elementos de atuação, assim como em seus fundamentos Seu número é 8, e sua extração mística nos mostra que em seu trabalho na Terra ele foi de uma vez só divino, corpóreo e perceptível. Apesar de ser, ao se considerar sua ordem eterna, divino em seus três elementos. Ele era o caminho, a verdade e a vida. Era necessário que ele compreendesse em si mesmo o divino, uma alma sensória e o corpóreo, para atuar aqui embaixo, na esfera perceptível.
Toda a criação - porque mesmo o nosso pensamento não pode ser manifestado se não estiver associado ao nosso invólucro individual mais grosseiro - não pode ser manifestado sem a mediação de uma ligação material individual. Por isso, o Divino Reparador não poderia estar associado à sua Natureza corpórea (Cristo), senão através de uma alma sensória. Esta alma O investe do número 4, seu Ser Divino é representado pelo número 1 e seu corpo pelo número 3.
Em nós, a alma divina é representada pelo número 4, o corpo pelo 9, enquanto que Saint-Martin afirmava que o número de nossa alma sensória era por ele desconhecido. Mas ele tinha razão ao pensar que fosse o mesmo do Salvador, porque em todos os outros elementos semelhantes aos nossos, que ele possuía, ele invariavelmente detinha números superiores.
A chave do homem consiste nesta alma sensória; através desta é que ele é integrado à sua natureza sensória, ou animal e corporal. Mas como ele não é posto nesta prisão de livre e espontânea vontade, como Cristo o foi, não pode ser esperado do homem conhecer as chaves que o trancam. Saint-Martin pensava, no entanto, que este número correspondia ao seis.

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