segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

MAGIA

A Eneáda
Nove é o número de todo limite espiritual, como a circunferência material é o limite dos princípios elementais que lá agem. Portanto, o nove representa o curso de todas as expiações infringidas à humanidade, pela justiça divina. O homem decaiu ao querer avançar do 4 ao 9 e apenas pode ser restaurado ao voltar do 9 ao 4.
Esta lei é terrível, mas não é nada se comparada com aquela do número 56, que é assustador para quem o encara, já que eles não podem chegar aos 64, até terem atravessado todas as suas provações. A passagem do 4 ao 9 é a passagem do espírito para a matéria, que em dissolução, de acordo com os números, perfaz 9. A respeito da lei do 56, esta depende do conhecimento das propriedades e condições do número 8, que foram parte da luz obtida por Saint-Martin por meio de sua iniciação, não sendo explicadas em maiores detalhes. "Mas é sabido que os criminosos permaneceram no número 56, enquanto que os justos e purificados chegarão ao 64, ou à Unidade" (Corresp. Teosófica, carta XIII).
Saint-Martin afirma que recebeu este conhecimento da escola de Martinez de Pasqually.
Quaisquer que sejam os poderes elevados ao número 9, ele sempre permanece sendo 9, porque, como 3 e 6, tem apenas um poder ternário, enquanto que 4, 7, 8 e 10 são poderes secundários e sendo, somente a unidade, o primeiro poder. Portanto a unidade, em todas as multiplicações possíveis resulta somente em um, porque, como já foi visto, ela não pode se separar e se reproduzir a si mesma. Ela (a Unidade) se manifesta fora de si por seus poderes secundários e ternários, eternamente ligados à Unidade.
"Se soubéssemos o caminho através do qual a unidade afeta a manifestação de seus poderes, seríamos seus iguais. No entanto, sabemos que ela realiza suas expansões apenas nesta série de dez aqui apresentada. As expansões sozinhas operam apenas fora desta série. Há expansões espirituais e das formas que atuam por leis diferentes e produzem resultados distintos. Os poderes secundários estão ligados diretamente ao centro, mas os ternários se ligam ao centro só de forma mediadora (como meios para expressá-lo) assim produzindo formas, sem uma lei criativa ou geradora, pois esta característica é da Unidade e sem leis administrativas, pois estas são restritas aos poderes secundários" (Os Números). 

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