sábado, 27 de outubro de 2012

MAGIA

Asatru Introdução
A menos de mil anos atrás os antigos sábios da Islândia tomaram uma decisão. Sob pressão política da Europa cristianizada e enfrentando a necessidade de comércio, a assembléia nacional declarou a Islândia como sendo um oficialmente um país cristão. Dentro de poucos séculos os últimos remanescentes do Paganismo Nórdico, acabaram morrendo. Contudo, a Islândia era um país tolerante e os mitos, estórias, e lendas da era pagã felizmente não foram queimados, e com isso, acenderam o fogo das crenças pagãs em gerações posteriores. Em 1972, depois de uma longa campanha feita pelo poeta e Godhi (Sacerdote) Sveinbjorn Beinteinsson, a Islândia novamente reconheceu o paganismo nórdico como uma religião legitima e legalizada.
Hoje o paganismo nórdico, conhecido como Asatru ("lealdade aos Deuses" do nórdico antigo), é praticado em vários países além dos países escandinavos. O Asatru também faz parte do grupo das religiões neo-pagãs como o Druidismo, a Wicca, a Bruxaria Tradicional, a Stregheria, etc. Contudo, o Asatru permanece desconhecido pela maioria, até mesmo dentro da comunidade neo-pagã.
O mais importante para se lembrar é que o Asatru é uma religião. Não é um sistema de magia ou uma "Prática New Age". A palavra Asatru derivou-se do "As" (Aesir, família principal dos Deuses de Asgard) e "tru" (tru - true - verdade - confiança - lealdade). Ser Asatru é estar ligado com lealdade e confiança aos antigos arquétipos do norte da Europa, contudo, você pode pegar coisas de outras religiões e outros arquétipos e continuar sendo Asatru, basta você ter o panteão nórdico como o seu preferido e sua base nos princípios nórdicos. Outra coisa característica do Asatru é a condenação da conversão, como nas religiões missionárias tipo o cristianismo. Para o Asatru não existe "verdade absoluta"; cada pessoa é dona de si mesma e é capaz de escolher sua "verdade", nenhuma religião é errada. Asatru valoriza seus ancestrais, valoriza o estudo do passado e das origens e valoriza a guerra com sabedoria. O Asatru não é universal e não considera seu caminho como sendo o correto para todos, o Asatru acredita que há espaço para todos os arquétipos no mundo e que todos eles tem o seu valor. Baseado nisso, clamar que Zeus é o mesmo Deus que Odin é loucura.

Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo email buzionline@hotmail.com

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

TRAGA DE VOLTA A PESSOA AMADA

você quer seu amor de volta?
amarradão e gamado aos seus pés,
Se você está cansado (a) de procurar ajuda já fez simpatias orações e não obteve resultado, muitos prometem mas poucos fazem, aqui eu não prometo, eu faço já fiz muitas pessoas voltarem com seus amores e com você não sera diferente, trago o seu amor de volta amarrado gamado aos seus pés, louco de amor por você-trabalhos de amarração É a forma através da magia de se conseguir quem se ama de volta ou conquistar a pessoa que se deseja, Quem tem seu nome como alvo de um trabalho de amarração não consegue realizar nem mesmo ações mais simples como comer, divertir-se dormir e trabalhar sem pensar e desejar a pessoa que solicitou o trabalho. Mesmo que antes dos trabalho feito ela sentisse desprezo, raiva mágoa ou indiferença, Todos os sentimentos negativos são arrancados de sua mente e coração dando lugar a uma nova realidade repleta de apego, desejos incontrolável de estar ao lado e desejo sexual ardente Inveja -sem inveja! Todos as pessoas que são mal amadas e/ou solitárias, tornam-se invejosas e mesquinhas, Quantas e quantas pessoas, com menos atributos físicos ou sociais têm sucesso no amor e no sexo? Acho que é por acaso ou porque nasceram com uma estrelinha na testa? muitas dessas pessoas conhecem a magia da amarração certa para Triunfarem, Nada é por acaso! Ciúme -A maior parte dos casais sofrem com as brigas de ciúmes(fundados ou infundados) por causa de terceiros. outras pessoas tem os amores, da vida delas, mansos, humildes e obedientes como"carneirinhos".Acho que é por acaso?


Sofrimento mental -A solidão afetiva mata, lentamente, como que corroesse a alma muitas pessoas que a apesar de serem bonitas e simpáticas, não têm sorte no amor e muitas das vezes perecem que são invisível aos olhos das pessoas acha normal? o mais provável é que tenha algum "Trabalho feito" para fechar os caminhos do amor ou, então, tem alguma maldição. 

Abandono - Acreditem ou não mais, muitas pessoas vivem uma vida amorosa, com a seu/sua companheiro(a), como estivessem num sonho de fadas. De repente, começam as brigas, agressôes verbais e por fim, a indesejada ruptura que o amor termina assim, de uma hora para a outra? ou será que foi" trabalho feito"?
Bem, chega de reclamar, pois para grandes males, grandes remédios> e já está ai! Existem um trabalho de amarração que anula todos, esses e quaisquer outros sentimentos e situações desagradáveis, não pense que são meras "simpatias" ou rezinhas caseiras, Aqui vai entrar no mundo da Alta Magia da Amarração, Ninguém o (a) poderá deter!!! com este trabalho de amarração terá o poder de acabar com a solidão afetiva - encontrando a pessoa amada ( mesmo que seja do mesmo sexo, se assim quizer) amarrar a pessoa amada-evitando, assim um posssível divórcio e/ou ruptura dominar a pessoa amada- podendo fazer dele ou dela " gato- sapato e fazendo a pessoa amada obedecer só a ti Trazer de volta a pessoa amada -Mesmo você tenha cometido uma falha que atualmente ele não perdoe Esteja onde estiver nada o /a poderá deter de voltar para ti ( nem a distancia geográfica) Basta de amantes e traições!! ele /a não quer assumir a relação? com este ritual, nem ele ou ela, terão poder dizer" não a sua vontade prevalecerá! Seja sexy e dominador (a) nas suas aventuras amorosas - O fogo da paixão o desejo ardente em qualquer pessoa que você deseje, Não seja derrotado! vença tudo e todos os que se opuserem á sua vontade a família dele ou dela intrometem-se na relação? lute pela ideias e não cruze os braços se não deixe os vencerão ele ou ela têm a mania que são os melhores e são arrogantes? Dê-lhe uma lição e faça ele/vir implorando o seu perdão e amor, Querem roubar o seu amor : Dê uma lição na/ o outra/a mesmo sem conhecer a pessoa Não permita que lhe vençam!!!


Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo email buzionline@hotmail.com

INICIAÇÃO






Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo email buzionline@hotmail.com

terça-feira, 23 de outubro de 2012

CIGANOS

A fé e a perseverança sempre foram as estrelas condutoras na vida cotidiana  dos ciganos, de qualquer etnia e em qualquer lugar do mundo.
Sempre lidando com o porvir, sem garantias além do amor ao ser, ao estar e ao viver.

Sempre, sempre, sempre, que tenho contato com algum espírito cigano, fico entorpecidamente encantada. Encantada com a força serena; encantada com a alegria agregadora; encantada com a habilidade que têm em encontrar caminhos alterativos; encantada com sua capacidade em resolver conflitos; encantada com os sábios conselhos que nos passam em forma de singelas sugestões, afim de que entendamos e aceitemos as mudanças em nossas vidas.

E ninguém melhor que os ciganos para nos ensinar sobre mudança, desapego e liberdade.

Mudar é difícil e as vezes muito dolorido. Teoricamente sabemos que as crises fazem parte do processo de crescimento em qualquer nível ("Pela dor ou pelo amor"). Sozinhos esse processo é de um abismo avassalador, mas com amigos (encarnados e (ou) desencarnados) ele é mais suportável, pautado na renovação da fé e da esperança transformadora.

E mais uma vez, os ciganos, os negros escravos, os índios, tal como qualquer povo com experiência em carências sociais e perseguições étnicas, dão um show de lições de superações de condições humanamente deploráveis.
E com todo esse cabedal de experiências existenciais, os espíritos ciganos tornam-se amigos que nos dão aconchego e ao mesmo tempo nos impulsionam o caminhar.
E mesmo que não podendo resolver ou eliminar as causas de nossas dores, podem e fazem com que as nossas interpretações sobre elas, sejam mais claramente conscientes e menos dramáticas.
Aconselham-nos a paz e não a passividade; o deixar fluir e não a inércia; o desapego e não a desistência; a aceitação da limitação e não o derrotismo.

Peço aos irmãos umbandistas que procurem mais "contato" e aconchego com seus guias ciganos, para si mesmos e para os consulentes.


Escrevi esta matéria como uma homenagem carinhosa aos meus filhos Luiz Gustavo D'Ogum, Rosa D'Oia e Sione D'Ogum e Ronaldo D'Ogum, os três praticam em seus terreiros rituais e homenagens à este segmento religioso ao qual eu tenho pouco conhecimento, mas, muito respeito.


Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo email buzionline@hotmail.com


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

OGUM AJUDARÁ NAS VITÓRIAS E PROTEGERÁ OS APAIXONADOS


Regência da Semana: OGUM 21/10/2012
O Senhor das Vitórias te deixará decidido e trabalhador. Ajudará em amizades e paixão. Controle a sua franqueza e impulsos.
Simbologia:
Ogum é representado pela idá (espada) no Candomblé. Na Umbanda, por São Jorge.
Oferenda:
Costela de rês assada com rodelas de tomate ovo e alface.
Cores:
No Candomblé, verde e azul-marinho. Na Umbanda e Nação, vermelho e verde.
Características do Orixá:
Para os yorubás, Ògún é o Orixá protetor da agricultura chamado de Olúwa irin (Senhor do ferro). Na Umbanda, Ogum usa capa e espada e recebe vários nomes, dentre eles: Beira Mar e Rompe Mato. Saudação no Candomblé: "Ògún ye Pàtak'ori!". Na Umbanda: "Saravá Ogum!", na Nação Ogunhê.

Magia de Ogum para segurar o amor:
Asse um inhame kará e parta-o ao meio em cumprido, com uma faquinha de plástico ou madeira. Escreva o nome da pessoa, num papel a lápis e coloque em uma das bandas do inhame. Una as bandas de inhame, com o nome dentro e passe em volta uma corrente fininha, fechando com um cadeado pequeno. Enterre este inhame aos pés de uma mangueira pedindo com fé a Ogum.
SIMPATIA DA SEMANA: PARA A PESSOA TE PROCURAR.
Se a pessoa não está respondendo seus telefonemas e apelos, acenda numa segunda-feira, uma vela branca no queimador de velas de uma igreja e reze para o Anjo de guarda da pessoa dizendo: "Anjo de guarda, com os poderes de Deus faça com que (diga o nome da pessoa) me procure". Faça com fé, boa sorte e Axé!

Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo email buzionline@hotmail.com



domingo, 21 de outubro de 2012

A GUERREIRA GLÓRIA PERES SAÚDA JORGE




Quando Glória Perez começou a falar no Twitter sobre a novela "Salve Jorge", disse: "A fé nele (São Jorge) existe e vamos mostrar a fé na força que temos para vencer os dragões que a vida nos reserva". Por isso, esta Guerreira exemplar que superou grandes barreiras e continuou a escrever lindas novelas, nos brinda com mais uma maravilha: Salve Jorge!
São Jorge, o guerreiro, é o Padroeiro da cavalaria militar e um dos santos mais populares. Ele representa na Umbanda, Ogum o Orixá da luta, Senhor das espadas, o guerreiro dos Orixás, que nos traz a vitória.


Na Bahia, São Jorge representa Oxóssi e está associado a lua. A tradição diz, que as manchas apresentadas na lua representam o milagroso Santo em seu cavalo, com sua espada pronto para defender aqueles que buscam sua ajuda.
Gloria Perez é conhecida por tratar de temas fortes e com grande apelo social em suas tramas. O tema central da novela será o tráfico de seres humanos, um problema gravíssimo, denunciado em várias reportagens pela mídia. "Salve Jorge" tem como ambiente o morro do Alemão, no Rio de Janeiro, e a Turquia (principalmente Istambul e a Capadócia, onde o guerreiro Jorge nasceu).
No elenco principal, Nanda Costa, Rodrigo Lombardi e Flávia Alessandra vivem um triângulo amoroso. Flávia Alessandra interpreta Érica, uma tenente veterinária apaixonada por Théo (Rodrigo Lombardi), um oficial da cavalaria do Exército, devoto de São Jorge, que a trocará pela jovem e humilde Morena (Nanda Costa), moradora da comunidade do Alemão. Théo terá como rival o Capitão Élcio interpretado por Murilo Rosa.
Com a Benção de São Jorge, o Axé de Ogum e Oxóssi a novela "Salve Jorge" estreia com a energia de novelas como: Explode Coração, O Clone e Caminho das Índias, clássicos de sucesso na carreira de Glória Perez.
Salve Jorge! Salve a fé! Salve Glória!
Axé!

Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo email buzionline@hotmail.com

sábado, 20 de outubro de 2012

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

LENDA DE EXU CAVEIRA


LENDA DE (UM) EXU CAVEIRA
Sou exu, assentado nas forças do Sagrado Omulu e sob sua irradiação divina trabalho.
Fui aceito pelo Divino Trono e nomeado Exu a mais ou menos dois milênios, depois de minha última passagem pela terra, a qual fui um pecador miserável e desencarnei amarrado ao ódio, buscando a vingança, dando vazas ao meu egoísmo, vaidade e todos os demais vícios humanos que se possa imaginar.
Fui senhor de um povoado que habitava a beira do grande rio sagrado. Nossa aldeia cultuava a natureza e inocentemente fazia oferendas cruéis de animais e fetos humanos. Até que minha própria mulher engravidou e o sumo sacerdote, decidiu que a semente que crescia no ventre de minha amada, devia ser sacrificado, para acalmar o deus da tempestade. Obviamente eu não permiti que tal infortúnio se abatesse sobre minha futura família, até porque se tratava do meu primeiro filho. Mas todo o meu esforço foi em vão. Em uma noite tempestuosa, os homens da aldeia reunidos, invadiram minha tenda silenciosamente, roubaram minha mulher e a violentaram, provocando imediato aborto e com o feto fizeram a inútil oferenda no poço dos sacrifícios. Meu peito se encheu de ódio e eu nada fiz para conte-lo. Simplesmente e enquanto houve vida em mim, eu matei um por um dos algozes de minha esposa inclusive o tal sacerdote.
Passei a não crer mais em deuses, pois o sacrifício foi inútil. Tanto que meu povoado sumiu da face da terra, soterrado pela areia, tamanha foi a fúria da tempestade. Derrepente o que era rio virou areia e o que areia virou rio. Mas meu ódio persistia. Em meus olhos havia sangue e tudo o que eu queria era sangue. Sem perceber estava sendo espiritualmente influenciado pelos homens que matei, que se organizaram em uma trevosa falange a fim de me ver morto também. O sacerdote era o líder. Passei então a ser vítima do ódio que semeei.
Sem morada e sem rumo, mas com um tenebroso exército de homens odiosos, avançamos contra várias aldeias e povoados, aniquilando vidas inocentes e temerosamente assombrando todo o Egito antigo. Assim invadimos terras e mais terras, manchamos as sagradas águas do Nilo de sangue, bebíamos e nos entregávamos às depravações com todas as mulheres que capturávamos. Foi uma aventura horrível. Quanto mais ódio eu tinha, mais eu queria ter. Se eu não podia ter minha mulher, então que nenhum homem em parte alguma poderia ter.
Entreguei-me a outros homens, mas ao mesmo tempo violentava bruscamente as mulheres. As crianças, lamentavelmente nós matávamos sem piedade. Nosso rastro era de ódio e destruição completas. Até que chegamos aos palácios de um majestoso faraó, que também despertava muito ódio em alguns dos mais interessados em destruí-lo, pois os mesmos não concordavam com sua doutrina ou religião. Eis que então fomos pagos para fazer o que tínhamos prazer em fazer, matar o faraó.
Foi decretada então a minha morte. Os fiéis soldados do palácio, que eram muito numerosos, nos aniquilaram com a mesma impiedade que tínhamos para com os outros. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Isto coube na medida exata para conosco.
Parti para o inferno. Mas não falo do inferno ao qual os leitores estão acostumados a ouvir nas lendas das religiões efêmeras que pregam por aí. O inferno a que me refiro é o inferno da própria consciência. Este sim é implacável. Vendo meu corpo inerte, atingido pelo golpe de uma espada, e sangrando, não consegui compreender o que estava acontecendo. Mas o sangue que jorrava me fez recordar-me de todas as minhas atrocidades. Olhei todo o espaço ao meu redor e tudo o que vi foram pessoas mortas. Tudo se transformou derrepente. Todos os espaços eram preenchidos com corpos imundos e fétidos, caveiras e mais caveiras se aproximavam e se afastavam. Naquele êxtase, cai derrotado. Não sei quanto tempo fiquei ali, inerte e chorando, vendo todo aquele horror.
Tudo era sangue, um fogo terrível ardia em mim e isso era ainda mais cruel. Minha consciência se fechou em si mesma. O medo se apossou de mim, já não era mais eu, mas sim o peso de meus erros que me condenava. Nada eu podia fazer. As gargalhadas vinham de fora e atingiam meus sentidos bem lá no fundo. O medo aumentava e eu chorava cada vez mais. Lá estava eu, absolutamente derrotado por mim mesmo, pelo meu ódio cada vez mais sem sentido. Onde estava o amor com que eu construí meu povoado? Onde estavam meus companheiros? Minha querida esposa? Todos me abandonaram. Nada mais havia a não ser choro e ranger de dentes.
Reduzi-me a um verme, jogado nas trevas de minha própria consciência e somente quem tem a outorga para entrar nesta escuridão é que pode avaliar o que estou dizendo, porque é indescritível. Recordar de tudo isto hoje já não me traz mais dor alguma, pois muito eu aprendi deste episódio triste de minha vida espiritual.
Por longos anos eu vaguei nesta imensidão escura, pisoteado pelos meus inimigos, até o fim das minhas forças. Já não havia mais suspiro, nem lágrimas, nem ódio, nem amor, enfim nada que se pudesse sentir. Fui esgotado até a última gota de sangue, tornei-me um verme. E na minha condição de verme, eu consegui num último arroubo de minha vil consciência pedir socorro a alguém que pudesse me ajudar. Eis que então, depois de muito clamar, surgiu um alguém que veio a tirar-me dali, mesmo assim arrastado. Recordo-me que estava atado a um cavalo enorme e negro e o cavaleiro que o montava assemelhava-se a um guerreiro, não menos cruel do que fui.
Depois de longa jornada, fui alojado sobre uma pedra. Ali me alimentaram e cuidaram de mim com desvelo incompreensível. Será que ouviram meus apelos? Perguntava-me intimamente.
Sim claro, senão ainda estaria lá naquele inferno, respondia-me a mim mesmo.  Cale-se e aproveite o alvitre que vosso pai vos concedeu. - Disse uma voz vinda não sei de onde. O que eu não compreendi foi como ele havia me ouvido, já que eu não disse palavra alguma, apenas pensei, mas ele ouviu. Calei-me por completo.
Por longos e longos anos fiquei naquela pedra, semelhante a um leito, até que meu "corpo" se refez e eu pude levantar-me novamente. Apresentou-se então o meu salvador. Um nobre cavaleiro, armado até os dentes. Carregava um enorme tridente cravado de rubis flamejantes. Seu porte era enorme. Longa capa negra lhe cobria o dorso, mas eu não consegui ver seu rosto. Não tente me olhar imbecil, o dia que te veres, verás a mim, porque aqui todos somos iguais.
Disse o homem em tom severo. Meu corpo tremia e eu não conseguia conter, minha voz não saia e eu olhava baixo, resignando-me perante suas ordens.
- Fui ordenado a conduzir-lhe e tenho-te como escravo. Deves me obedecer se não quiser retornar àquele antro de loucos que estavas. Siga minhas instruções com atenção e eu lhe darei trabalho e comida. Desobedeça e sofrerás o castigo merecido.
- Posso saber seu nome, nobre senhor?
- Por enquanto não, no tempo certo eu revelarei, agora cale-se, vamos ao nosso primeiro trabalho.
- Esta bem. Segui o homem. Ele a cavalo e eu corria atrás dele, como um serviçal. Vagamos por aqueles lugares sujos e realizamos várias tarefas juntos. Aprendi a manusear as armas, que me foram dadas depois de muito tempo. Aos poucos meu amor pela criação foi renascendo. As várias lições que me foram passadas me faziam perceber a importância daqueles trabalhos no astral inferior. Gradativamente fui galgando os degraus daquele mistério com fidelidade e carinho.
Ganhei a confiança de meu chefe e de seus superiores. Fui posto a prova e fui aprovado. Logo aprendi a volitar e plasmar as coisas que queria. Foram anos e anos de aprendizado. Não sei contar o tempo da terra, mas asseguro que menos de cem anos não foram.
Foi então que numa assembléia repleta de homens iguais ao meu chefe, eu fui oficialmente nomeado Exu. Nela eu me apresentei ao Senhor Omulu e ao divino trono, assumindo as responsabilidades que todo Exu deve assumir se quiser ser exu.
- Amor a Deus e às suas leis;
- Amor à criação do Pai e a todas as suas criaturas;
- Fidelidade acima de tudo;
- Compreensão e estudo, para julgar com a devida sabedoria;
- Obedecer às regras do embaixo, assim como as do encima;
E algumas outras regras que não me foi permitido citar, dada a importância que elas têm para todos os Exus.
A principio trabalhei na falange de meu chefe, por gratidão e simpatia. Mas logo surgiu-me a necessidade de ter minha própria falange, visto que os escravos que capturei já eram em grande número. Por esta mesma época, aquele antigo sacerdote, do meu povoado, lembram-se? Pois é, ele reencarnou em terras africanas e minha esposa deveria ser a esposa dele, para que a lei se cumprisse. Vendo o panorama do quadro que se formou, solicitei imediatamente uma audiência com o Divino Omulu e com O Senhor Ogum – Megê e pedi que intercedessem para que eu pudesse ser o guardião de meu antigo algoz. Meu pedido foi atendido. Se eu fosse bem sucedido poderia ter a minha falange. Assim assumi a esquerda do sacerdote, que, na aldeia em que nasceu, foi preparado desde menino para ser o Babalorixá, em substituição ao seu pai de sangue. A filha do babalao era minha ex-esposa e estava prometida ao seu antigo algoz. Assim se desenvolveu a trama que pôs fim às nossas diferenças. Minha ex-mulher deu a luz a vinte e quatro filhos e todos eles foram criados com o devido cuidado. Muito trabalho eu tive naquela aldeia. Até que as invasões e as capturas e o comércio de negros para o ocidente se fizeram. Os trabalhos redobraram, pois tínhamos que conter toda a revolta e ódio que emanava dos escravos africanos, presos aos porões dos navios negreiros.
Mas meu protegido já estava velho e foi poupado, porém seus filhos não, todos foram escravizados. Mas era a lei e ela deveria ser cumprida.
Depois de muito tempo uma ordem veio do encima: Todos os guardiões devem se preparar, novos assentamentos serão necessários, uma nova religião iria nascer, o que para nós era em breve, pois não sei se perceberam, mas o tempo espiritual é diferente do tempo material. Preparamo-nos, conforme nos foi ordenado. Até que a Sagrada Umbanda foi inaugurada. Então eu fui nomeado Guardião à esquerda do Sagrado Omulu e então pude assumir minha falange, meu grau e meus degraus. Novamente assumi a obrigação de conduzir meu antigo algoz, que hoje já está no encima, feito meritóriamente alcançado, devido a todos os trabalhos e sacrifícios feitos em favor da Umbanda e do bem.
Hoje, aqui no embaixo, comando umaa falange dos Exus Caveira e somente após muitos e muitos anos eu pude ver minha face em um espelho e notei que ela é igual à de meu tutor querido o Grande Senhor Exu Tatá Caveira, ao qual devo muito respeito e carinho. Não confundam Exu Caveira, com Exu Tatá Caveira, os trabalhos são semelhantes, mas os mistérios são diferentes. Tatá Caveira trabalha nos sete campos da fé; Exu caveira trabalha nos mistérios da geração na calunga, porque é lá que a vida se transforma, dando lugar à geração de outras vidas. Onde há infidelidade ou desrespeito para com a geração da vida ou aos seus semelhantes, Exu Caveira atua, desvitalizando e conduzindo no caminho correto, para que não caiam nas presas doloridas e impiedosas, pois não desejo a ninguém um décimo do que passei. Se vossos atos forem bons e louváveis perante a geração e ao Pai Maior, então vitalizamos e damos forma a todos os desejos de qualquer um que queira usufruir dos benefícios dos meus mistérios. De qualquer maneira, o amor impera, sim o amor, e por que Exu não pode falar de amor? Ora se foi pelo amor que todo Exu foi salvo, então o amor é bom e o respeito a ele conserva-nos no caminho. Este é o meu mistério. Em qualquer lugar da calunga, pratique com amor e respeito a sua religião, pois Exu Caveira abomina traição e infidelidade, como, por exemplo, o aborto, isto não é tolerado por mim e todos os que praticam tal ato é então condenado a viver sob as hostes severas de meu mistério.
Peça o que quiser com fé, e com fé lhes trarei, pois todos os Exus Caveira são fiéis aos seus médiuns e àqueles que nos procuram.
A falange de Exus Caveira pertence à falange do Grande Tatá Caveira, os demais não posso citar, falo apenas do meu mistério, pois dele eu tenho conhecimento e licença para abrir o que acho necessário e básico para o vosso aprendizado, quanto ao mais, busquem com vossos Exus pessoais, que são grandes amigos de seus filhos e certamente saberão orientar com carinho sobre vossas dúvidas. Mais a mais, se um Exu de minha falange consegue vencer através de seu médium ou protegido, ele automaticamente alcança o direito de sair do embaixo e galgar os degraus da evolução em outras esferas.
Que o Divino Pai maior possa lhes abençoar e que a Lei Maior e a Justiça Divina lhes dêem as bênçãos de dias melhores.
Com carinho
Exu Caveira. 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

EBÓ BARÁ LANÃ


Ebó para Exú LonanAbrir Seus Caminhos, para tirar feitiço, olho-grande, inveja1 metro de pano vermelho, 1 alguidar médio, 7 velas brancas, 1 bife de boi cru, 7 moedas actuais, 7 búzios abertos, 1 farofa de dendê, com uma pitada de sal, 7 limões, 7 acaçás vermelhos, 7 ovos vermelhos, 1 obi.
Como Preparar: Abra o pano em sua frente. Acenda as velas. Passe o alguidar pelo seu corpo e coloque-o em cima do pano. Passe os ingredientes no corpo, pela ordem acima. Por último, abra o obi, e leve-o até a sua boca, fazendo seus pedidos. Deixe-o em cima do Ebó. Feche o pano. Este Ebó tem que ser despachado numa rua de muito movimento, onde tenha muitas casas comerciais.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

CONHEÇA-TE A TI MESMO


 Conheça-te a ti mesmo

Congá firmado, corrente mediúnica a postos e na consulência consulentes pegavam suas senhas e se acomodavam como podiam, pois toda última sexta feira do mês é sempre assim, gira de Exu e o terreiro enche tanto que muitos ficam de pé e formam fila até o portão.
Na expectativa de milagres fáceis ou mesmo por achar que exu seja uma espécie de “Office-boy do além”, muitos recorrem aos terreiros solicitando soluções emergenciais às suas tormentas.
O dirigente abre a gira e após todo ritual pertinente os exus e pomba giras incorporam nos médiuns e aguardam o atendimento que acontece adiante...
- Salve tu moça!
- O ... oi... Bo...boa noite...
- Boa noite moça, é sua primeira vez por estas bandas?
- Sim.
- Seja bem vinda.
- Obrigada!
- O que lhe traz aqui?,
- Então Exu, é que meu irmão precisa separar da noiva...
- ...
- Pois é, ela só faz inferno na minha vida e sei que ele não é feliz, ele abandonou a família, eu moro com ele e ela está tirando-o do seio familiar...
- ...
- Bem, pensando nisso é que trouxe o RG dele, uma foto dela, uma roupa dela e endereço dele...
- “Mais uma serpente revestida de santa” – meditou o exu.
- Então Exu? O que fará para livra-lo desta piranha?
Esta afirmação bastou para que o Exu se manifestasse.
- Certo moça vamos ler o que vejo aqui, primeiro saiba que esta mulher que está com seu irmão o ama verdadeiramente sendo igualmente correspondida, ele jamais imaginou viver tamanho sentimento e nela encontrou o sentido de liberdade e crescimento. Liberdade porque finalmente se livrará de você, uma mulher encalhada e ressequida no coração, que não acredita no amor, não se movimenta para mudar sua realidade, vive do dinheiro que ele lhe dá e acomodada com esta vidinha e medo de perder tudo isto, sente-se no direito de ter o seu irmão como posse para que nada mude na sua vida a ponto de se propor a encomendar um “feitiço” para desgraçar a vida dele e por fim amarra-lo em você.
- Moça, esta é sinceramente uma das situações mais inusitadas que vivencio, uma irmã querendo amarrar o irmão, enquanto que o normal seria uma apaixonada querendo prender o apaixonado. Pior é este sentimento que te move, covarde e inescrupuloso...
A mulher já em prantos, reconhecendo o erro que cometera não consegue pronunciar uma palavra ao que o exu finaliza.
- Sendo assim, pegue esta roupa, fotos e demais elementos, volte pra sua casa, olhe no espelho e se envergonhe de ser o que está sendo, se proponha a mudar e trate bem esta mulher que será a companheira do seu irmão, tenha nela sua amiga que jamais irá te desamparar, antes de dormir ore ao Criador pedindo perdão por envergonha-lo.
- Desculpe Exu....
- Leve esta vela, acenda quando sentir vontade e lembre-se que neste dia se deparou com um Exu...tenha uma boa noite...
- Desculpe Exu...
Pois é leitor, estas situações são mais comuns do que parecem. Acredite, esta é uma história verídica e bem resumida que narra o egoísmo humano, a covardia e o julgo inversor de valores. Por vezes nos deparamos com situações que não nos pertencem, avaliamos atitudes, alegrias, tristezas e decisões das pessoas no nosso convívio sem que sejamos interpelados para isso, tomamos em nossas mãos o papel de juiz da vida alheia, promotor e executor de tudo aquilo que não nos compete.
Não vou me ater em delongas e proponho a você leitor, por algum momento se sentiu na história? Sobre quem e o que falaste nos últimos dias? Você fala ou escuta mais?
Responda sinceramente estas questões e ao se olhar no espelho lembre-se da frase tão preconizada pelo pensador Sócrates:
- Conheça-te a ti mesmo. Perceba como deve agir e seja feliz. 


Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo email buzionline@hotmail.com

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O GUARDIÃO DAS MORADAS AJUDARÁ NAS PENDÊNCIAS



Regência da Semana: VODUN SORÓKE (XOROKÊ) 14/10/2012
O Guardião das moradas te deixará ágil e extrovertido. Ajudará em acordos e pendências. Controle suas críticas.
Simbologia:
Vodun Soróke é representado pela gubasa (facão). Dia: segunda-feira, ótimo para contratos.
Oferenda:
Arekun re goho he: feijão de corda com obí vermelho.
Cores:
Azul-violeta que simboliza lealdade e respeito e atrai vitalidade.
Características do Orixá:
A palavra Soróke é de origem ewe e fon. Soho significa: defensor, guardião e kwe: casa. Estas línguas "ewe e fon" são faladas em Gana, Togo, Nigéria e Benim (antigo Dahomé). Soróke (Em português Xorokê ou Xoroquê) é um Vodun (Dinvidade Jeje) assentado do lado direito do Kwe ao Be Vodun (Casa ou Templo Sagrado). Do lado esquerdo, ficam os assentamentos de Legba Agha Massa (Mensageiro dos Voduns) e de Ayizan (Vodun dona da terra, guardiã da sorte).
Magia do Vodun Soróke para a pessoa voltar:
Forre um prato de papelão com folhas de eucalipto e colônia, escreva o nome da pessoa 7 vezes a lápis em um papel, com o endereço desejado para a volta. Cozinhe meio quilo de feijão de corda e tempere com azeite doce e cravo da índia moído. Deixe esfriar e coloque por cima do nome. Cozinhe um peito de frango, coloque por cima e regue com o azeite doce. Arrie esta magia no começo de um caminho, pedindo com fé ao Vodun Soróke.
SIMPATIA DA SEMANA : PARA ACABAR COM VÍCIOS
Para ajudar na recuperação de uma pessoa viciada, escreva em um papel o nome da pessoa e coloque no meio de um limão partido ao meio dizendo: "Que o azedo do limão tire o vicio de (diga o nome da pessoa)". Depois feche o limão e enterre-o longe de casa. Faça com fé e tenha vitória!


domingo, 14 de outubro de 2012

A RELIGIÃO DO ORIXÁ


Muito são as publicações referente a verdadeira origem da religião dos orixás na África.
Alguns historiadores, associam Odudwua o "conquistador", com Nimrod; também citam a semelhança do método de consulta a Ifá (oráculo), com a kaballah judaica; dan a serpente telúrica representando a eternidade, com a dan serpente referente a umas das doze tribos de Israel e outras. Ou seja, muitos historiadores afirmam que os yorubás possuem descendência judaica. Outros defendem somente a tese que: os Orixás são antepassados divinizados de antigos reis africanos, assim como generais e sacerdotes; que tiveram suas façanhas eternizadas nas histórias dos antigos. Lendas repassadas de geração em geração aos descendentes dos reinos e tribos africanas e posteriormente difundida em novas culturas readaptadas como as Egipcias, Gregas, Celtas, etc... Em suas pesquisas, constataram  a presença de influencias egípcias e fenícias na cultura yorubana e, vice-verso.
Verger mostrou em suas obras, que nossa origem é remota a muitas outras conhecidas, como gregas e romanas. Pois temos orixás em nosso culto que são anteriores a conquista e conhecimento do metal.
Verger também tratou de mostrar a semelhança existente entre nossos deuses e deuses gregos, como por exemplo:
Zeus: deus grego do trovão e dos raios, tem como símbolo  um machado duplo.
Xangô: deus yorubá dos raios e trovões, tem como símbolo um oxé (machado de duas lâminas).
Certamente em meio a tantos  estudos, podemos afirmar que em um vasto continente como o africano, é certo que todas as teses são corretas.
Aos poucos, todas estas origens regionais, fundiram-se formando uma cultura sólida e única, que conhecemos hoje como a cultura dos orixás; verificadas em todos os povos yorubanos e africanos, com seu Sango, Oduduá, Obatalá e demais reis, guerreiros e sacerdotes, eternizados e associados com as energias da natureza (florestas, animais, rios, oceanos, etc.) Onde em diversos países descendentes, são louvados e suas histórias narradas aos iniciados, afim de servir de exemplo de conduta e fé, associada a natureza e bem estar da sociedade.
Tal como em livros seculares, editados como por exemplo: a arte da guerra do general chinês "sun tzu" vendido no mundo todo, narrando suas condutas e táticas de batalhas, transformadas em auto-ajuda, associada a negócios e condutas para os dias atuais. Nós também ensinamos a nossos seguidores, as histórias de nossos reis (Sango) de nossos generais milenares (Ogun) etc. Com suas táticas, seus erros, suas virtudes e glórias; afim que possam ter como princípio de vida, o equilíbrio associado a normas e condutas culturais de nossos antepassados.
E com simbologias e danças em louvor a nossos antigos mestres saudamos nossos Orixás e antepassados, que em energia nos lega seu axé.
Sincretismo
Nos referimos a sincretismo, quando são associadas duas religiões em um único culto, com suas simbologias e doutrinas mescladas. No caso do candomblé, foram associados imagens de santos católicos a nossos orixás. O que existe uma explicação inconteste e única para tal associação.
O sincretismo religioso, nasceu também nas senzalas. Hoje há uma grande diferença de sincretismo de orixás nas nações de candomblé.
Na Bahia, Ogun é sincretizado por São Sebastião, no Rio Grande do Sul por São Jjorge, e assim por diante.
Na época quando ouve a troca de informações culturais entre os habitantes das senzalas, os negros continuaram a cultuar seus orixás, mesmo após os brancos com sua santa inquisição católica, obrigarem os negros a converterem-se ao cristianismo e trocarem seus nomes originais por nomes portugueses.
Quando os negros dançavam para seus orixás, eles colocavam sobre o "assentamento", estátuas de santos católicos para enganar os inquisidores.
Como eles cantavam aos seus orixás em seu dialeto primitivo, os padres e fazendeiros, tinham a ilusão que os escravos louvavam os santos católicos na linguagem yorubá. Mas na verdade, estavam usando as imagens destes santos para esconder em seu interior, suas obrigações e verdadeiras simbologias dos orixás.
Certamente, os negros assimilaram muito bem os ensinamentos dos senhores brancos, utilizavam as imagens católicas comparando-as aos orixás por aparência ou feitos. Como exemplo: Oxalá com Jesus, oxum e yemanjá com as aparições da virgem maria, oyá/yansan com santa bárbara e assim por diante.
Mas cabe lembrar: os negros só usavam as imagens católicas no propósito de esconder suas obrigações, em hipótese alguma, os negros cultuavam os santos católicos como orixás.Mais tarde, algumas casas começaram a surgir, são os primeiros terreiros de candomblé, cujo muitos, dirigidos por mulheres  que independente de todo preconceito e perseguição sofridos, conseguiram solidificar no Brasil as primeiras comunidades organizadas, com culto e liturgia próprios aos seus Orixás mantendo muito a semelhança com a matriz africana.

sábado, 13 de outubro de 2012

CULTURA ORIXÁ


A Cultura Brasileira Agradece, Negro Raça, Negro Fé, Negro Orixá...
Negro Brasileiro, sinônimo de raça, de fé, de força ,e sobrevivência. Podemos afirmar que a cultura do candomblé no brasil, nasceu nas senzalas com a junção de povos(africanos) com seus costumes e crenças (orixás), provenientes de milhões de negros de diversos países e cidades africanas, trazidos (arrancados) de seus lares e de suas famílias para trabalharem nas plantações de cana e café das cidades baianas, cariocas e paulistanas, e posteriormente nos exércitos e fazendas de fronteiras do Rio Grande do Sul.
A escravidão existe a milhares de anos, mas a destinada as colônias americanias se deu graças aos conquistadores Portugueses, franceses, ingleses e de padres e bispos da época;(que legaram aos brancos poder de maltratar e até mesmo matar os negros e índios, afirmando que os mesmos eram sub-humanos e portanto não haveria pecado); milhões de negros foram massacrados nas colônias e em navios negreiros.

Porém, ironicamente podemos afirmar que: se não fosse essa catástrofe ou atrocidade animalesca; provocadas por animais considerados humanos, contra humanos considerados animais; hoje o brasil não teria o prazer de conhecer esta maravilhosa cultura, sem mencionar nos orixás e seus axés. (Nada é por acaso!)
Ao contrário que muitos acreditam, na áfrica não existia somente tribos de índios semi-culturados, a mesma possuía (ainda permanece alguns reinados) reinos com suas hierarquias (reis, rainhas, sacerdotes, príncipes, generais, exércitos, etc.); assim como, havia uma cultura avançada relacionada a religião e comércio em todo continente, inclusive possuindo muitas heranças culturais egípcias, gregas e persas.

No continente africano, muitos reinos com suas  milenares cidades, foram extintos graças  às influências e dominações cristãs e mulçumanas. aniquilando o resto da cultura existente nos países enfraquecidos pela escravidão, tornando muitos povos órfãos de orixás (cultura).

È fácil de se verificar que em muitas regiões africanas o povo carece de energia (axé).

Pois as principais fontes de energia foram saqueadas, assim: sem oxum (água potável); sem ogum (trabalho/ferramentas); sem xangô (justiça); sem oxalá (paz); sem iemanjá(nutrição mental/psicologia,estudo); sem nanã (origem,família); sem odé/oxossi (comida/caça); sem ossain (folhas,remédio); etc., felizmente essa regra não se aplica a todo continente africano, pois em muitas regiões podemos ainda desfrutar de fundamentos e cultura.

Quanto a escravidão...Em várias senzalas brasileiras, foram aglomerados negros de diversas raízes que uniram-se culturalmente; trocando, dividindo fundamentos  de cultuação e prática religiosa (juntos criaram a capoeira, o candomblé e diversas outras formas culturais existentes).

Como ocorreu ...Sabendo-se que:  era costume em muitas cortes e tribos africanas,  escravizarem os  presos de guerra (principalmente os guerreiros) ao mesmo tempo que não haviam exércitos europeus capazes de vencer uma guerra ou confronto direto com povos africanos (unidos). Os europeus mercenários uniam-se a reis africanos, oferecendo armas e títulos da nobreza européia em troca dos prisioneiros de guerra, desencadeando um grande conflito inter-continental, apenas levantando calúnias e difamações entre os povos vizinhos.

Após deenas e centenas de anos de guerras e conflitos, muitos reinos enfraqueceram seus sistemas de defesa e muitos soldados já estavam trabalhando nas colônias como escravos. Os europeus deram o golpe final invadindo e conquistando os reinos dos próprios aliados enfraquecidos. arrastando para as senzalas também as mulheres, crianças e nobres das cortes e roubando as principais riquezas africanas (ouro, diamantes e pedras preciosas). Não foi tão fácil como a conquista espanhola na américa do sul, mas independênte da eficiencia nos processos, ao longo dos séculos, foram eficazes em seus propósitos aniquiladores.

Assim prosseguiu a barbárie tarefa européia de comércio humano. até o final da segunda guerra mundial. onde ainda existia nas colônias africanas do império britânico, trabalho escravo e apartheid, em pleno século "XX". Mas a participação de muitos negros mercadantes e negociantes na compra e venda de escravos era  bastante forte.

Na própria terra dos orixás a pobreza e as doenças, assistidas  e divulgadas em meios de comunicação, como ex: em angola (ex-colônia portuguesa); tiveram como principal foco inicialisador:  a extinção da cultura dos povos por seus opressores. onde muitos habitantes,  não reconhecem mais seus antepassados. perdendo o elo com seus orixás (cultura).

Porém, assim como ocorreu na escravidão no Brasil, sabemos que na áfrica  existem bravos sobreviventes, que lutam para que seus paises resgatem sua cultura e prestígio.

E torçamos para que a cultura dos orixás permaneçam vivas e fortes em muitos corações e povos, sobrevivendo inclusive de ataques das religiões que se dizem únicos donos da "palavra de Deus"; induzindo inclusive a separação de negros e brancos como nos EUA  por exemplo, onde o negro abdicou totalmente de sua cultura ancestral, absorvendo a religião e os costumes (cultura) dos brancos. Pior, ainda mesmo assim, não sendo aceitos igualmente pela sociedade branca.

Em sua religião os mesmos  pregam em suas liturgias a fraternidade, a paz, o amor  e principalmente a igualdade entre os homens. mas mesmo assim, os negros foram humilhados e separados dos demais brancos. onde reza um negro, não reza um branco e cada qual possui sua igreja de mesmo Deus  (para brancos e negros), perdendo assim sua identidade, seu orgulho e sua cultura.

E aqui no Brasil, quando não mais houver crianças chorando com fome  e pessoas somente criticando os atos das pessoas de boa vontade ao invés de contribuir ou ajudar. certamente este país mais fértil, mais cultural e com o povo mais nobre e humano do mundo, terá seu lugar de destaque, respeito e reconhecimento em todo o planeta.

Hoje conhecemos a religião africana no continente americano como:
-candomblé, batuque, xangô, santeria, vodoo e outras, porém todas fazem parte da descendência africana e merecem seus respeito, desde que estejam enquadradas dendo dos princípios éticos e sociais.
Em muitos reinos/cidades, cultuava-se diferentes orixás em cada raiz(família). como em muitos locais, eles conheciam orixás por diferentes nomes. ex: obaluaie e omulu em ketu(nagô); xapanã e sapakta em jêje, (que são os mesmos orixás em qualidades diferentes), em muitas nações (raízes), orixás distintos e não mais cultuados foram associados a outros orixás, tornando-se "qualidades". ex: no oyó (batuque) otin é um orixá feminino que se cultua junto a odé. em outras nações de candomblé, a mesma é uma "qualidade" de oxossi/odé.

Seus fundadores ou reis, eram cultuados especificamente em suas próprias cidades conquistadas ou fundadas. ex: xangô em oyó, logun-edé em efon, oxossi em ketu, etc. sendo até hoje reverenciados, servindo de pilar na identificação da origem de cada casa de culto a Orisá existente no Brasil.
Temos como principal objetivo, resgatar a cultura e apresentar a filosofia da religião africana inserida nos bons costumes, na fraternidade e no respeito a comunidade em geral

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

EBÓ PARA EXÚ


Oferenda a Exú Material: Farinha; Azeite de dendê; Mel de abelhas; Farinha de milho branco; Fígado, coração e bofe de boi; Cebola; Camarão seco socado; Um alguidar.
Modo de fazer: Faça uma farofa com dendê, uma com mel e uma com água, separadamente. Faça o acaçá branco cozinhando a farinha de milho em água, deixe a massa bem consistente, depois coloque em um pedaço de folha de bananeira e enrole. Deixe esfriar. Corte os miúdos de boi em pedaços pequenos e coloque para refogar com dendê, cebola, um pouco de sal, o camarão e rodelas de cebolas. Coloque as farofas no alguidar sem misturar muito, ponha o refogado de miúdos sobre a farofa e coloque o acaçá no centro. Oferece-se para Exú pedindo o que se quer. Coloque numa praça bem movimentada.