Em um livro que eu li há algum tempo, uma frase marcou e me faz refletir cada vez que as coisas vão saindo do esquadro:
“Orixa quer culto, apenas.”
E culto vai além de funções. Culto é sobretudo Fé.
Isso é tão profundo que chega ser difícil de entender.
Por vezes deixamos minuciosidades atrapalharem nossa trajetória espiritual, detalhes que cobrem o verdadeiro sentido de fé e acreditar, e quando nos damos conta estamos cercados e muitas vezes sendo coniventes com a vaidade e superficialidades que tomam contam do Africanismo.
Fé é despir-se de qualquer vergonha e caminhar sobre os rastros de humildade de nossos ancestrais. É gritar a saudação do Orixa sem pudor, é fechar os olhos para dançar sem se apoquentar com quem vai te olhar, é por o ory no chão para o Orixa do yawo mais novo ao Babá mais antigo, é se apegar no detalhe!
Com o Orixa sempre podemos mais, não nos apequenar é praticar Orixa.
Honrar nossa religião é praticar Orixa.
Dignificar nosso pai/mãe de santo é praticar Orixa.
Respeitar nossa família consanguínea e espiritual é praticar Orixa.
Ser honesto e correto é praticar Orixa.
Isso é cultuar a ancestralidade que habita em nós. E, basta.